quinta-feira, 9 de maio de 2013

Portugal capta mais 1,3 mil milhões em investimentos - Economia - Sol

Portugal capta mais 1,3 mil milhões em investimentos - Economia - Sol

A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) espera captar este ano 1,3 mil milhões de euros em investimentos para a economia portuguesa em sectores como a agro-pecuária, aeronáutica ou turismo, estando também a estudar a entrada em novos mercados como Azerbaijão, Panamá e Namíbia.
Em declarações ao SOL, o presidente da AICEP, Pedro Reis, revela ter em carteira intenções de investimento em Portugal no valor de 1,3 mil milhões de euros para este ano. Na sua grande maioria, estes projectos em pipeline são ainda de média dimensão, mas o responsável espera atrair ao longo do ano «mais investimento e de maior vulto».
Para já, as empresas que mostraram interesse em apostar em Portugal são dos sectores dos serviços, agro-pecuária, agro-alimentar, turismo, automóvel e aeronáutica, acrescenta.
Em 2012, a AICEP – organismo responsável por atrair investimento directo estrangeiro (IDE) e promover as exportações nacionais – fechou contratos de investimento na ordem dos 1,3 mil milhões de euros em Portugal, o mesmo montante projectado para 2013. Nestes dois anos, a AICEP espera assim captar 2,6 mil milhões de euros.
Pedro Reis sublinha que os números provam que a crise e a austeridade não têm afugentado os investidores do país. Os promotores, afirma, procuram em Portugal sobretudo o acesso que o país proporciona a novos mercados. «O caminho da austeridade, até certo ponto, é compreendido pelos investidores como prova de sustentabilidade futura», explica.
Do Cáucaso à América Central
A diversificação de mercados para as empresas exportadoras portuguesas ou da origem dos investidores externos vai continuar a ser prioridade em 2013.
O presidente da agência diz que está a monitorizar mercados «ainda pouco visíveis» como Azerbaijão, Botswana, Namíbia e Panamá. Estes destinos serão acompanhados através dos postos da AICEP da Turquia, África do Sul e Venezuela, respectivamente.
Além destes, o organismo quer também reforçar os contactos com os países do Golfo (Arábia Saudita, Omã, Emirados Árabes Unidos, Dubai e Kuwait). Mas não só. «Em termos de missões empresariais associadas a visitas oficiais, iremos nos próximos meses levar empresários ao México, Estados Unidos da América e a um conjunto de países da costa ocidental de África», adianta Pedro Reis ao SOL.
90% do investimento é da UE
Segundo dados da AICEP, o mercado comunitário absorve mais de 70% das exportações portuguesas e 91% do IDE. Estes valores revelam a elevada exposição de Portugal à Europa, que torna a sua economia mais vulnerável em épocas de crise na região, como é a actual.
Nos últimos cinco anos, o fluxo de IDE bruto para Portugal registou uma média anual de 40 mil milhões de euros – oscilando entre 32 mil milhões em 2009 e 43 mil milhões de euros em 2011.
Já o IDE líquido atingiu 6,9 mil milhões de euros em 2012, uma quebra de cerca de 12% face ao ano anterior (8 mil milhões de euros), mas ainda assim mais do dobro da média verificada no período entre 2008 e 2010 (2,3 mil milhões).
O comércio por grosso e a retalho continua a ser o sector que mais investimento externo capta em Portugal. Em 2012, foi responsável por um terço do total do IDEcanalizado para o país, seguido do sector financeiro e seguros, com 22%, e da indústria transformadora, com 19%.

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