sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Ex-gestores da Cimpor vão receber 4,5 milhões - JORNAL DE NEGÓCIOS

Administradores da cimenteira que foram substituídos após a OPA da Camargo com compensações de 4,53 milhões.
 
Os administradores da Cimpor que cessaram funções em Julho passado, na sequência da alteração accionista da cimenteira em resultado da OPA lançada pela Camargo Corrêa, vão receber indemnizações de mais de 4,5 milhões de euros, pela saída antes do final do mandato.

Aquário Vasco da Gama vence Prémio Defesa Nacional e Ambiente 2011 - PÚBLICO

Um projecto de reprodução em cativeiro do ruivaco-do-oeste, uma espécie em vias de extinção existente apenas em Portugal, valeu ao Aquário Vasco da Gama, em Lisboa, o Prémio Defesa Nacional e Ambiente 2011, anunciou nesta quinta-feira a Marinha Portuguesa.
Designado ‘Conservação ex-situ de organismos fluviais --- reprodução em cativeiro e reintrodução do ruivaco-do-oeste, o projecto permitiu reintroduzir no habitat natural 400 “exemplares desta espécie, em vias de extinção, que é um peixe de água doce que só existe em Portugal”, informa a Marinha em comunicado.

A reprodução em cativeiro foi realizada no Aquário Vasco da Gama, em Algés (concelho de Oeiras), em tanques no exterior que “simularam as condições naturais de ambiente e alimentação”, tendo os ruivacos sido, em Abril do ano passado, libertados no rio Alcabrichel, “onde tinham sido capturados os progenitores”.

Considerado pelo júri “um contributo exemplar para a preservação da biodiversidade e integração das preocupações ambientais na actividade militar”, o projecto foi escolhido por unanimidade.

A “atribuição do prémio Defesa Nacional e Ambiente 2011 reveste-se de especial importância para todos os que servem no Aquário Vasco da Gama pelo reconhecimento de um trabalho que requer rigor, conhecimento e dedicação, constituindo-se como um estímulo para um cada vez maior contributo em prol da conservação da biodiversidade do património natural português”, afirma o director do equipamento, o capitão-de-mar-e-guerra José Jaime Gonçalves Ribeiro, citado no comunicado.

O Prémio Defesa Nacional e Ambiente destina-se a galardoar a unidade, estabelecimento ou órgão das Forças Armadas que, de acordo com os princípios da Defesa Nacional, melhor contributo preste, em Portugal, para a qualidade do ambiente, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável, através da utilização eficiente dos recursos naturais, da promoção de boas práticas de gestão de ordenamento do território e da protecção e valorização do património natural e paisagístico e da biodiversidade.

Manto de algas verdes no Rio Tâmega - JN

Manto de algas verdes no Rio Tâmega - JN

Carlos Moura
 
 
foto Carlos Moura
Manto de algas verdes no Rio Tâmega
 
Bastaram uns dias de calor para que o Rio Tâmega, em Amarante, ficasse coberto por um manto de algas verdes.
A ausência de corrente devida à barragem do Torrão, aliada à poluição do rio - que em muitos locais recebe esgoto sem tratamento, potencia o fenómeno quando se registam temperaturas elevadas.


 
foto Carlos Moura
Manto de algas verdes no Rio Tâmega
 
Além de conspurcar a água, acabam por apodrecer, libertando um cheiro nauseabundo.

Os impostos mais bizarros do mundo

Os impostos mais bizarros do mundo

BCE quer supervisionar todos os bancos da zona euro - Dinheiro Vivo

BCE quer supervisionar todos os bancos da zona euro - Dinheiro Vivo

As cerca de seis mil instituições bancárias da zona euro poderão ficar sob supervisão do Banco Central Europeu (BCE) já a partir do próximo ano. Pelo menos essa é a ideia deixada por Michel Barnier, comissário europeu do Mercado Interior e Serviços Financeiros. 
Segundo Barnier, o BCE irá dotar-se de todos os instrumentos necessários ao controlo eficaz dos bancos, numa proposta que deverá ser apresentada oficialmente no próximo dia 12 de Setembro e que visa o controlo central de todos os bancos do países que fazem parte da zona euro.
Já no próximo ano serão supervisionados os bancos que têm sido apoiados pelos fundos de resgate. Esta proposta é ainda facilitadora para que os bancos em dificuldades possam financiar-se directamente no Mecanismo Europeu de Estabilidade a partir de 2013.

Descoberto um peixe que tem o pénis na cabeça - Ciências - PUBLICO.PT

Descoberto um peixe que tem o pénis na cabeça - Ciências - PUBLICO.PT

Durante uma saída de campo ao delta de Mekong, no Vietname, um grupo de cientistas reparou num pequeno peixe a nadar à superfície da água numa zona de pouca corrente. Viram que tinha uma mancha branca e brilhante na cabeça e por isso decidiram apanhá-lo. Já no laboratório, perceberam que tinham em mãos um peixe estranho: o pénis era na cabeça, por baixo da garganta.

O órgão copulatório parece um canivete suíço pela quantidade de funções que desempenha
O órgão copulatório parece um canivete suíço pela quantidade de funções que desempenha (Tran Xuan Loi/AFP)

Agora revelaram imagens que mostram um peixe com cerca de 2,5 centímetros de comprimento, alongado e translúcido. Apesar de não ser único, é curioso devido à localização do órgão sexual. "Este peixe é a 22.ª espécie de uma família em que todos os machos têm o pénis na cabeça", explicou ao PÚBLICO Koichi Shibukawa (da Fundação Nagao para o Ambiente Natural), um dos autores do artigo na revista Zootaxa, que em Julho revelou este peixe ao mundo. Chamaram-lhe Phallostethus cuulong, o que remete para o local onde foi encontrado: Cuu Long é o nome vietnamita para o delta de Mekong.

O priápio, nome dado ao órgão copulatório em homenagem a Príapo, o deus grego da fertilidade, parece um canivete suíço pela quantidade de funções que desempenha. Além do orifício genital, tem uma bolsa semelhante aos testículos, o ânus e ainda umas "serras" que servem para prender a fêmea durante o acto sexual.

Ainda não foi possível observar o acasalamento destes peixes, mas os cientistas pensam que adoptam uma posição de cópula invulgar: ambos juntam as cabeças, porque o órgão genital feminino também fica aí.

Ao contrário do que é comum nos peixes, em que é a fêmea liberta os ovos e espera que sejam fecundados pelos espermatozóides também largados, a fecundação no Phallostethus cuulong é interna, para garantir que não se desperdiça esperma.

Foi em 2009 que os cientistas viram pela primeira vez um peixe destes e, desde essa altura, já apanharam nove exemplares, que só este anos foram descritos.



Eurostat aponta desemprego recorde de 15,7% em Portugal - Economia - PUBLICO.PT

Eurostat aponta desemprego recorde de 15,7% em Portugal - Economia - PUBLICO.PT

A taxa de desemprego em Portugal terá sido de 15,7% em Julho e Junho, segundo o Eurostat, que divulgou hoje os valores mais elevados alguma vez registados para o desemprego no país.

O serviço estatístico da União Europeia reviu em alta as taxas de desemprego que já tinha divulgado para Portugal no segundo trimestre do ano, na sequência da divulgação pelo INE, em meados deste mês, da taxa de desempego relativa ao segundo semestre, que atingiu um novo recorde de 15,1%.

O desemprego em Abril, Maio e Junho é agora estimado em respectivamente 15,4%, 15,5% e 15,7%, face aos 15,2%, 15,2% e 15,4% divulgados no final de Julho.

Os valores hoje divulgados colocam Portugal com a terceira mais elevada taxa de desemprego da zona euro, após os 25,1% da Espanha e 23,1% da Grécia (valor de Maio), e não muito acima dos 14,9% da Irlanda.
Os 15,7% de Junho e Julho constituem um novo recorde desde o início da divulgação destes dados pelo Eurostat e pelo INE (no segundo trimestre de 1983) e desde o início as séries longas do Banco de Portugal, que no caso do desemprego remonta a 1953 e utiliza um conceito mais lato do que o actual.

Os dados do Eurostat para Portugal são calculados com base na informação do INE, calibrados com informação do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). E, enquanto o INE calcula apenas taxas trimestrais, o Eurostat avança com valores mês a mês – que são por isso frequentemente sujeitos a revisão em função dos dados que o INE depois divulga, como hoje aconteceu. Por isso, o valor agora divulgado para Julho poderá ainda vir a ser alterado.

Novo recorde na zona euro
A taxa de desemprego nos 17 países da zona euro alcançou também um novo recorde de 11,3% em Julho e Junho (cujo valor foi hoje revisto em alta, face aos 11,2% divulgados no final do ano passado). No conjunto da UE, está um pouco mais baixo, em 10,4%, o mesmo valor de Junho.

As taxas de desemprego mais baixas em Julho registaram-se na Áustria (4,5%), Países Baixos (5,3%), Luxemburgo (5,5%) e Alemanha (5,5%), neste última caso mantendo-se estável desde o início do ano.

No mês passado o desemprego continuou a aumentar em Espanha e também em França, cuja taxa está agora em 10,3% (mais 0,1 pontos percentuais). Em Itália estabilizou em 10,7%, após um ano de forte subida, e no Reino Unido o último valor é de 8%, referente a Maio. Na Polónia é de 10%.




Morte de Bin Laden. Afinal o que aconteceu na mansão em Abbottabad? | iOnline

Morte de Bin Laden. Afinal o que aconteceu na mansão em Abbottabad? | iOnline

Se o homem por trás do pseudónimo Mark Owen tem alguma coisa que o Pentágono não tem são memórias próprias do que aconteceu a 1 de Março de 2011 num complexo residencial em Abbottabad (Paquistão), onde a missão de um grupo de 25 marines culminou na morte de Osama bin Laden.
Ano e meio depois de Barack Obama ter aparecido, já fora do horário nobre, na televisão americana para anunciar a morte do homem mais procurado pelos Estados Unidos, um dos militares envolvidos na operação publica agora um livro com o relato do que, diz, realmente aconteceu: ao contrário da versão apresentada pelo Pentágono, o líder da Al-Qaeda não só não estava armado como estava já morto quando o grupo de militares escolhidos a dedo para o Special Warfare Development Group da Marinha (SEAL) entrou no quarto onde Bin Laden se escondia.
Em “No Easy Day”, cuja publicação estava inicialmente prevista para 11 de Setembro mas que foi agora adiantada para terça-feira, o homem por trás do pseudónimo, Matt Bissonette, Bin Laden foi morto com um silenciador ainda o marine subia as escadas.
“A menos de cinco degraus” do topo das escadas, avança a AP que teve acesso a uma cópia do livro, Bissonette ouviu “tiros de silenciador”: “BOP. BOP.” O militar tinha avistado “um homem a espreitar pela porta” do quarto, do lado direito do corredor ao cima das escadas.
Bin Laden terá voltado a esconder-se no quarto, seguido dos SEAL, que o encontrariam deitado numa poça de sangue no chão com um buraco visível no lado direito da cabeça e duas mulheres debruçadas sobre ele. As mulheres terão sido afastadas pelos marines, que então dispararam uma série de tiros contra Bin Laden até este parar de se mexer. Momentos depois seriam encontradas duas armas por usar ao pé da porta.
A versão avançada pelo militar – cuja verdadeira identidade foi revelada pela Fox News – contradiz a versão oficial avançada pelo Pentágono no rescaldo da operação em Abbottabad.
Segundo o departamento de Defesa dos EUA, Bin Laden foi morto com apenas um tiro por um dos marines assim que se escondeu no quarto e apenas porque pareceu que ia agarrar numa arma. A versão de que o corpo do responsável pelos atentados de 11 de Setembro foi respeitado até ser deitado ao mar também é excluída, com Bissonette a dizer que um dos SEAL se sentou em cima do corpo no helicóptero em que seguiam.
O Pentágono já veio criticar a editora Dutton Adult, da Penguin US, por não ter submetido o livro à sua apreciação antes da publicação, não permitindo que o “protocolo normal” fosse seguido para evitar a revelação de informações secretas.
Fontes do Pentágono, da CIA e da Casa Branca já falaram em anonimato sobre possíveis acusações criminais ao militar por “revelação imprópria de material secreto”. Este, por sua vez, já veio explicar que decidiu avançar com a publicação “por honra e não por política”, numa entrevista à CBS News que vai para o ar a 9 de Setembro. E ainda o livro não está nas bancas, já se fala em Steven Spielberge para dirigir a sua adaptação ao cinema.

Segurança: O fim das passwords - Dinheiro Vivo

Segurança: O fim das passwords - Dinheiro Vivo


Até podem descobrir o nome de utilizador, a palavra-passe e o código alfa numérico de entrada. Mas serão incapazes de imitar a forma como pressiona as teclas. Ninguém consegue. É como uma impressão digital, e isto é o futuro da segurança online: reconhecer se quem está a fazer login é realmente a pessoa certa ou um intruso, usando a sua forma de teclar.
À partida parece pouco credível, mas a equipa de investigação de Roy Maxion, professor de Ciências da Computação na universidade de Carnegie Mellon, consegue provar o contrário. “É possível reconhecer uma pessoa pela maneira como anda. Nós fazemos o mesmo com o tempo e a forma como tecla”, explica o professor, sentado no topo de uma mesa gigante numa sala de reuniões da Carnegie Mellon.
Uma dúzia de jornalistas e especialistas em tecnologia olham para os slides que ele tem na mão, de boca aberta. Provavelmente, as pessoas que mais percebem disto são as que estão nesta equipa.
“Podemos não saber quem é a pessoa que está a escrever no computador, mas percebemos a maneira única como escreve”, diz Roy Maxion. “Podemos usá-lo para seguir um pedófilo do Cabo até Londres” exemplifica.
Os testes intensivos feitos pela equipa mostram padrões quase assustadores na forma como uma pessoa escreve. Seja um computador, uma máquina de escrever ou um iPad – existe uma assinatura física neste meio – tal como na escrita à mão. É por isso que este ramo de investigação se chama “biometria comportamental”. Em vez de identificar a pessoa pelos marcadores biométricos físicos, tais como a íris, a voz ou a impressão digital, a tecnologia identifica marcadores de comportamento. Se alguém quiser imitar a sua forma de dactilografar, isso será descoberto. Na Segunda Guerra Mundial, os operadores de rádio eram reconhecidos pelo timbre e ritmo dos punhos no código Morse.
“Isto é autenticação em dois passos, uma palavra-passe e o ritmo da dactilografia”, explica Roy Maxion. “A precisão é de 99,97%”, informa. É melhor acreditar, porque este é um dos maiores especialistas do mundo na matéria: começou há 32 anos, quando trabalhava em deteção de intrusão. E o trabalho tornou-se tão interessante que a Fundação Nacional para a Ciência norte-americana injetou 1,5 milhões de dólares na investigação.
A equipa está a testar o software num smartphone e num iPad e a recolher informação nos novos ecrãs táteis. “É como a escrita manual, só que melhor”, resume o especialista, sorrindo e abanando os papéis que tem na mão.
A base de dados já está desenvolvida, e a equipa é visitada por vários governos que acham o trabalho interessante. O professor calcula que são precisos mais dois anos de trabalho. Os militares da Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA) começaram a explorar este campo recentemente, tal é o seu potencial; e há pelo menos uma dúzia de serviços na internet que alegam fornecer algum tipo de reconhecimento de "keystrokes", como o PsyLock e o BehavioSec.
O que ainda não há é a massificação. Mas num futuro próximo, todos os teclados e todos os computadores deverão permitir esta autenticação.

Centros comerciais lisboetas. Da glória ao desencanto | iOnline

Centros comerciais lisboetas. Da glória ao desencanto | iOnline

Em tempos foram considerados espaços de referência e de prestígio no centro de Lisboa, hoje não passam de grandes edifícios sem vida, abandonados na capital. Alguns falam em “tristeza”, outros responsabilizam a “crise” pelo estado a que chegaram muitos dos centros comerciais instalados no coração de Lisboa.
Corredores vazios, luzes apagadas, lojas--fantasma e muito poucas pessoas são o cenário mais comum em grande parte destes espaços. Uma imagem desoladora quando comparada com aquela que caracteriza os grandes centros comerciais da moda.
Situado mesmo ao lado da estação de comboios de Entrecampos, o Centro Comercial Gemini deixa apenas saudades a quem ali trabalhou. O espaço encerrou as portas, em definitivo, em 2009, depois de mais de 20 anos a servir quem por ali parou.
Hoje, o Bairro de Santos vive sem o centro comercial. Em volta apenas existe um estabelecimento aberto há pouco menos de 15 dias. Maria Figueiredo (nome fictício), proprietária do espaço, recorda com alguma tristeza a forma como aconteceu o encerramento do espaço comercial: “Foi de repente”, disse.
Embora os trabalhadores das lojas já estivessem à espera daquele fim, mesmo até porque nos meses anteriores ao fecho “havia muito poucas pessoas”, a situação não deixou de ser uma surpresa para todos. “Saí muito magoada. Estragaram-me a vida e a de muita gente que vivia daquilo ”, lamentou Maria Figueiredo, acrescentando que ainda hoje, três anos depois, “as pessoas não foram indemnizadas”.
O facto de haver situações muito específicas dificulta a resolução dos problemas. Como referiu a comerciante, “há inquilinos e proprietários” com interesses diferentes que têm contribuído para a demora em solucionar o caso.
Quando questionada sobre a causa que poderá ter levado ao encerramento do espaço, Maria Figueiredo fala em “má gestão”, sublinhando que “a última administradora do centro comercial foi uma desgraça”. Desde a abertura até aos últimos dias, refere que a “quebra foi muito significativa” e que, de ano para ano, foram sendo cada vez menos as pessoas a frequentar o espaço.
A comerciante diz que foi com a saída do Pingo Doce do centro comercial, em 2007, que teve início o declínio do Gemini, e que também a inauguração de novos centros comerciais foi má para o negócio. O afastamento das pessoas tornou--se inevitável.
“Recordo-me de ver, no início, o parque de estacionamento cheio de carros. Até mesmo a meio da manhã era difícil de estacionar. Nos últimos tempos tínhamos a oportunidade de escolher um lugar à vontade”, conta Maria Figueiredo.
Apesar de os colaboradores e lojistas terem mantido uma “boa relação” até ao fim, a insustentabilidade financeira dos empresários acabou por ditar o encerramento do Gemini. “As rendas mensais rondavam os 500 euros”, recorda a comerciante.
O caso do Centro Comercial Nevada, em Benfica, não é muito diferente do Gemini, com a única diferença de que o primeiro ainda mantém as portas abertas. No entanto, o número de lojas abertas conta-se pelos dedos das mãos. Os trabalhadores mostram-se reticentes. Ana Baía (nome fictício), colaboradora de uma loja de atoalhados do espaço, refere: “Até agora, o centro tem conseguido manter-se, mas não sei se vai aguentar-se muito mais tempo.”
A funcionária afirma que “nos últimos quatros anos, a quebra situou-se na ordem dos 80%”. Apesar de a loja ter clientes fidelizados, Ana diz que a crise tem “uma grande influência” sobre os consumidores.
“Foi essencialmente desde a chegada deste governo ao poder, sobretudo com as medidas impostas pela troika e o corte de subsídios, que as coisas se tornaram mais difíceis”, admite. Clientes a visitar o centro são quase nenhuns. Em pouco mais de 20 minutos de permanência no centro, apenas funcionários do espaço atravessaram os corredores do Nevada. Pouco passavam das 19 horas de um dia de semana de Agosto.
A poucos metros de distância, mais um centro comercial literalmente “às moscas” em Benfica. Nem mesmo as obras de remodelação que serviram para transformar o cinema em Teatro Turim atraíram mais clientes para o espaço. Contrastando com o interior, a parte exterior tem um aspecto muito mais moderno. O senhor Martins, como gosta de ser tratado, vigilante do centro comercial há dez anos, diz que têm ido “cada vez menos pessoas ao Turim” e o que ainda traz vida ao espaço é o teatro, o único espaço do centro que “ainda se consegue encher de gente”.
Uma boa notícia para quem gere o espaço, mas que não chega para afastar o fantasma da crise. “Os lojistas estão preocupados com a quebra das vendas”, afirma, acrescentando: “Desde que trabalho aqui no centro, nunca fechámos ao domingo, e este ano, pela primeira vez, fechámos as portas.”
O colaborador diz que “é um reflexo da crise” e que as dificuldades financeiras têm levado muitos lojistas a mudar-se dali. Das 15 lojas do centro comercial, estão abertas menos de dez.
“Alguns colaboradores saíram daqui para o Nevada. Na altura falaram mal do Turim e disseram que aquele era melhor do que este. Depois voltaram. Há muitos que cortam daqui e dali, falam muito mal, mas depois voltam ao centro”, conta.
Já o Centro Comercial Alvalade, situado numa das zonas mais nobres da capital, encontra-se numa situação mais complicada. Neste momento está em obras e tem apenas duas lojas abertas. Isabel Ribeiro, que tinha o hábito de visitar o centro por morar nas redondezas, refere que há uns anos “o espaço tinha todas as lojas preenchidas e duravam anos”. Contrastando com o cenário actual, na altura o centro “foi-se expandindo ao longo do tempo com a abertura de novos espaços e novos corredores”, relembra Isabel.
A farmacêutica aponta o surgimento de novos centros comerciais como o Colombo e o Vasco da Gama como principal responsável pelo declínio do centro. “A redução das visitas e, consequentemente, das compras não compensava certamente a renda que os lojistas teriam de pagar todos os meses. As lojas foram fechando e outras mudaram de sítio para não ficarem em corredores vazios”, explica. O i ligou para o centro comercial para obter mais informações sobre a actual situação do Alvalade, mas pouco nos foi adiantado. Um colaborador (que não se quis identificar) disse apenas que o centro se encontrava em obras “sem data prevista para finalização”. Depois de alguma insistência foi-nos dada a indicação para contactarmos com a Alves Ribeiro, suposta responsável pelo espaço. Sem qualquer resposta, mandaram-nos ligar para a Alrisa, que também disse não estar ligada ao centro comercial, passando a ligação para a Mundicenter, que afirmou desconhecer que a empresa estivesse envolvida na gestão do centro. Chegámos ao fim sem qualquer esclarecimento e apenas com a certeza de que não há ninguém que dê a cara pelo centro. Sobre a forma como se encontra o centro comercial Alvalade, Isabel Ribeiro apenas disse sentir “alguma tristeza por ver um espaço amplo e alegre ter sido deixado quase ao abandono”.
Poucos metros adiante, na Avenida de Roma, uma das zonas privilegiadas de Lisboa, o cenário repete-se. O Centro Comercial Roma é mais um dos espaços votados ao declínio. Teresa Mendes, reformada, recorda os tempos em que trabalhava numa galeria que ficava mesmo ao lado do centro. “O centro Roma era bastante elegante quando abriu, nos anos 60”, admite. Logo no início tinha três pisos e agora tem “um piso todo fechado”, diz Teresa, acrescentando: “Está um bocado triste.”
O envelhecimento da população, a diminuição do poder de compra e a abertura de novos centros comerciais são algumas das razões destacadas por Teresa que explicam o declínio de centros comerciais como este. “Antigamente havia lojas muitos boas no centro, dirigidas para a classe mais alta da sociedade, mas há uns cinco anos começou a ficar mais decadente”, lamentou a antiga galerista.
 No caso do primeiro centro comercial a surgir em Lisboa, o Apolo 70, no Campo Pequeno, o caso é diferente. Apesar da crise, Margarida Torrão, que trabalhou numa das lojas do espaço, refere que o centro “vai-se mantendo”, embora o negócio “esteja agora mais fraco”. Mesmo com a reabertura do Centro Comercial Campo Pequeno, não se “registaram grandes quebras”, afirma.
A ex-colaboradora do centro afirma que sempre que lá vai “vê muita gente” e que à hora do almoço é que se nota mais o movimento, pois “os restaurantes do espaço servem dezenas de refeições” – uma boa notícia entre tantas as que dão conta de encerramentos por falência.
Para ela, a morte deste centro não está para breve, apesar das “dificuldades de muitos lojistas em manter o negócio”.

Governo aprova venda de 100% da ANA e novas regras | iOnline

Governo aprova venda de 100% da ANA e novas regras | iOnline

O governo aprovou ontem em Conselho de Ministros (CM) o processo de privatização da ANA – Aeroportos, operação que vai levar à alienação de “acções representativas de até 100%” do capital da empresa, com uma fatia (5% das acções) reservada para os trabalhadores da ANA.
Maria Luís Albuquerque, secretária de Estado do Tesouro, salientou na conferência de imprensa após o CM que o executivo “sabe que há diversos investidores interessados” na gestora dos aeroportos, embora as “intenções” não tenham sido ainda formalizadas.
O governo ainda não recebeu o contributo da nova administração da ANA para o processo de privatização da empresa. “Houve uma alteração do Conselho de Administração (CA) da ANA. Obviamente que o governo pediu ao novo CA que fizesse a revisão de toda a documentação que lhe tinha sido passada pelo CA anterior e que pudesse dar o seu contributo para a reflexão que está a ser feita dentro do grupo de trabalho que lidera a privatização”, conforme apontou Sérgio Monteiro, a 21 de Agosto. “Estamos a aguardar esse contributo”, acrescentou ainda o secretário de Estado. Jorge Ponce Leão assumiu, a 10 de Agosto, a presidência da administração da ANA.
Segundo a decisão de ontem do CM, a alienação da empresa “efectuar-se-á através de uma operação de venda, por negociação particular, a um ou mais investidores, nacionais ou estrangeiros, individualmente ou em agrupamento (...) e através de uma operação de oferta pública de venda dirigida exclusivamente a trabalhadores da ANA e de sociedades directa ou indirectamente detidas pela ANA”. O Barclays Capital, o BES, o Citibank e o Crédit Suisse serão os assessores financeiros neste processo.
Como critérios de selecção, o executivo refere “o preço”, “o conhecimento e experiência” na “gestão de infra-estruturas, nomeadamente aeroportuárias, e a qualidade do projecto, a ausência de condicionantes jurídicas, laborais ou económico-financeiras do interessado”.
mais regras para empresas públicas Ontem governo aprovou ainda uma “alteração do regime jurídico aplicável às empresas públicas, tendo em vista implementar um modelo de governação reforçada”, algo exigido pela troika e que deveria ter sido fechado em Julho. As empresas públicas, que segundo a Direcção Geral do Tesouro e Finanças acumulavam em Março mais de 30 mil milhões de dívidas, vão ter que adoptar “modelos e regras claras e transparentes na criação, constituição, funcionamento e organização”, de acordo com as melhores práticas internacionais, procurar reforçar as condições de eficiência operacional e financeira e criar mecanismos que sirvam para “o controlo do endividamento do sector público”.

Esta sexta-feira a Lua vai ser azul, ou quase - Ciências - PUBLICO.PT

Esta sexta-feira a Lua vai ser azul, ou quase - Ciências - PUBLICO.PT

O que é uma “lua azul”? É um belo olho azul no meio do céu estrelado? Um astro triste? Elvis Presley cantou a “lua azul” para todos os corações solitários: "Blue moon, you saw me standing alone, without a dream in my heart, without a love of my own." Na língua inglesa também se usa o termo como expressão para um acontecimento muito raro: Once, in a blue moon. Mas esta sexta-feira vai haver outro tipo de “lua azul”: uma Lua Cheia pela segunda vez no mês.

Conceito ligado à Lua tem tido diferentes roupagens ao longo dos tempos
Conceito ligado à Lua tem tido diferentes roupagens ao longo dos tempos (Said Khatib/AFP)

É raro haver duas Luas Cheias durante um mês e o nome deste fenómeno até teve uma pergunta no jogo Trivial Pursuit em 1986. Quem respondeu correctamente nessa altura, já tinha abraçado o termo que tinha acabado de entrar na cultura popular.

Por vezes, a Lua fica mesmo azulada, explica a NASA. Durante a explosão do Krakatoa, em 1883, a Lua ficou desta cor por causa das cinzas lançada pelo vulcão da Indonésia. As partículas eram tão grandes que desviavam as ondas luminosas que dão a cor do vermelho, e o efeito funcionou como um grande filtro azul que mudou a cor da Lua.

A NASA explica que nesta sexta-feira a “lua azul” poderá mesmo mudar de cor. “Neste mês seco e quente, tem havido bastantes incêndios florestais nos Estados Unidos. Se algum deles produzir uma dose extra de partículas com um micrómetro de tamanho, a Lua Cheia pode realmente tornar-se azul”, explica a agência espacial norte-americana.

O ciclo lunar é de 29 dias e meio, está fora do compasso das 12 divisões mensais do ano. Por isso, muito raramente, calha há duas Luas Cheias num único mês. A primeira ocorreu a 2 de Agosto, a próxima é esta sexta-feira, mas só se vai ver depois de a Lua nascer, por volta das 19h47.

Desde 2000, só houve sete “luas azuis”, a última foi em Dezembro de 2009 e, depois desta sexta-feira, a próxima será em Julho de 2015.

Mas qual é a origem desta designação? “O termo ‘lua azul’ já anda por aí há muito tempo, há bem mais do que 400 anos, mas o seu significado associado a um fenómeno de calendário só se espalhou nos últimos 25 anos”, explica Philip Hiscock na revista norte-americana Sky & Telescope. Hiscock, especialista em cultura popular e lendas, trabalha na Universidade da Terra Nova, no Canadá, e foi à procura da origem deste novo significado.

No século XVI, conta o especialista, quando alguém dizia um disparate afirmava-se que tinha dito que a Lua era azul, já que, obviamente, não é. Mais tarde, depois de se ter realmente observado Luas azuis durante a erupção do Krakatoa, esta expressão passou a estar associada a acontecimentos muito raros. No século XIX, a expressão once, in a blue moon, que pode ser traduzida como “quando a Lua for azul...”, já tinha o significado de hoje de um fenómeno muito raro.

Hiscock associa ainda o termo blue moon a uma bebida alcoólica e ao sentimento de nostalgia, tristeza e solidão eternizado por Elvis Presley (e outros), na canção Blue moon.

Em 1988, quando houve “luas azuis” em dois meses diferentes e depois em 1990, quando o fenómeno astronómico voltou acontecer, começou-se a ouvir essa designação para as duas Luas Cheias num único mês. Mas para Hiscock, a “lua azul” “parecia ser cultura popular actual mascarada como algo antigo”.

A origem do erro

Como é que surgiu este termo na década de 1980, como se fosse uma tradição antiga? Deveu-se a um erro de interpretação da própria Sky & Telescope.

O termo “lua azul” apareceu pela primeira vez no famoso almanaque anual norte-americano Maine Farmers Almanac, editado desde 1818, que tem várias informações para os agricultores sobre meteorologia, calendário, entre outras. Estava também associado ao calendário e a um fenómeno astronómico, mas com um significado completamente diferente do de hoje. Entre um Solstício de Inverno e o do ano seguinte, há normalmente três Luas Cheias por estação e 12 ao final do ano. Mas, de vez em quando, pode haver 13 Luas Cheias, por isso uma das estações tem de quatro Luas Cheias. Era à terceira Lua Cheia dessa estação que o Almanaque chamava “lua azul”.

Só que numa edição de 1946 da Sky & Telescope houve uma interpretação errada do conceito usado no almanaque: considerou-se, que num ano com 13 Luas Cheias, tinha de haver um mês com duas Luas Cheias. E essa Lua Cheia a mais é que era, erradamente, a “lua azul”.

Deste erro de 1946 até ao folclore moderno da década de 80 foi um pequeno salto. Em 1980, a jornalista de ciência Deborah Byrd citou a edição antiga da Sky & Telescope num programa de rádio e assim renascia este novo conceito de “lua azul”. Philip Hiscock voltou a encontrá-lo num livro para crianças de 1985, que serviu de base, um ano depois, para uma pergunta da categoria de Ciências e Natureza do Trivial Pursuit.

“A nossa nova ‘lua azul’ tem algo dos tempos modernos, tem um cariz técnico que a maioria dos seus significados anteriores não tinha. Talvez por isso tenha sido apreendida tão rapidamente. Apela à nossa sensibilidade moderna de procurar origens plausíveis para as coisas”, explica Hiscock. “Mas qualquer especialista sabe que a plausibilidade é o manto de que a cultura popular se reveste para se ir infiltrando na história”, remata. Devido à sua popularidade, acrescenta, é provável que o novo significado – duas Luas Cheias num mês – venha para ficar.

Mesmo assim, muitos astrónomos defendem que esta é uma razão tão boa para olhar para o céu como qualquer outra. Nesse caso, sexta-feira à noite é o momento. A Lua estará Cheia, a música de Elvis pode servir de banda sonora. E, para quem não tiver por perto uma atmosfera carregada de partículas, pode servir-se de um papel celofane transparente, da cor do mar, como filtro. Dessa forma, terá uma Lua realmente azul e o folclore ficará completo.


Estudantes estão mais perto de conseguirem aprender enquanto dormem - Ciências - PUBLICO.PT

Estudantes estão mais perto de conseguirem aprender enquanto dormem - Ciências - PUBLICO.PT

Qual é o estudante que não ia querer deitar-se com uns auscultadores nos ouvidos, fechar os olhos e, na manhã seguinte, já saber tudo sobre o bosão de Higgs, se isso fosse possível. Um estudo publicado nesta semana, na revista científica Nature Neuroscience, comprovou pela primeira vez que as pessoas são capazes de aprender simples “lições”, enquanto dormem.

Muitos estudantes já sonharam pelo menos uma vez na sua vida, como seria se conseguissem aprender enquanto dormiam e sem qualquer esforço. Não se sabe ao certo onde a equipa de investigadores israelitas liderada por Anat Arzi, do Instituto Weizmann de Ciência, se inspirou para a realização desta experiência, mas certamente que a população estudantil vai estar atenta nos próximos anos a esta linha de investigação.

Para tentar ensinar uma lição muito simples, os investigadores andaram a pulverizar os voluntários com cheiros agradáveis e desagradáveis – odores de peixe podre –, enquanto estes dormiam. Tal como acontece quando as pessoas estão acordadas, os voluntários “adormecidos” em contacto com odores agradáveis inspiravam mais longamente e os perfumados com odores desagradáveis limitavam o seu fôlego. A isto, os investigadores ainda adicionaram mais um factor: um som particular associado a cada odor – agudos para os agradáveis e graves para os desagradáveis.

Após diversas exposições, os cientistas deixaram de “regar” os participantes com os cheiros enquanto dormiam, mas mantiveram os dois tipos de sons. Os voluntários, quando ouviam o som agudo, passavam a inspirar mais longamente, e quando ouviam o som grave, reagiam de forma oposta.

Já acordados, foram expostos novamente aos mesmos sons. De alguma forma, no seu subconsciente, estavam à espera de um determinado cheiro e os fôlegos voltaram a alterar-se.

Este fenómeno é conhecido como condicionamento ou aprendizagem condicionada – uma simples forma de aprendizagem que ficou famosa por Ivan Pavlov e o seu cão.

A lição condicionada que tinha sido apreendida durante o sono dos voluntários “ficava” com estes quando acordavam. Todavia, os voluntários não tinham consciência de terem aprendido algo durante a noite.

A co-autora do artigo Ilana Hairston, da Universidade de Ciências Comportamentais de Jafa, afirmou à Rádio Pública Nacional (NPR, sigla em inglês), dos Estados Unidos, que esta investigação pode ser o primeiro passo para “desbloquear os efeitos que o sono tem nos processos cerebrais”. Já em estudos anteriores, tinha sido comprovado o efeito positivo que as sestas podem ter como mecanismo de consolidação de conhecimento no cérebro, mas este foi o primeiro caso em que os indivíduos aprenderam realmente algo enquanto dormiam.

Mais aplicações práticas da técnica condicionante ainda estão longe de se concretizar. No entanto, ao especular sobre o futuro potencial desta técnica, Hairton declarou à NPR que “ um estudante de medicina pode vir a aprender quais são os órgãos do corpo”, por exemplo.




Bancos alteraram cartões Multibanco para poderem receber mais comissões - Economia - PUBLICO.PT

Bancos alteraram cartões Multibanco para poderem receber mais comissões - Economia - PUBLICO.PT

<p>Moda dos cartões híbridos em Portugal gera dúvidas e mais retorno para alguns bancos</p>
Moda dos cartões híbridos em Portugal gera dúvidas e mais retorno para alguns bancos
 (Foto: Pedro Cunha)
 
Alguns bancos portugueses (BES, Santander e CGD) começaram este ano a distribuir aos seus clientes cartões que são um misto entre o vulgar cartão Multibanco (de débito directo) e o cartão de crédito. Esta prática permite-lhes receber comissões mais elevadas quando são utilizados no pagamento de compras ou serviços.
Em alguns casos, designadamente na CGD, a alteração das características de milhares de cartões foi feita sem substituição física dos cartões em circulação, situação que não passou no crivo do Banco de Portugal e que obrigou à alteração de procedimentos.

Portas foi escutado no processo dos submarinos - Politica - DN

Portas foi escutado no processo dos submarinos - Politica - DN

Paulo Portas foi ministro da Defesa e atualmente é ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal
Paulo Portas foi ministro da

Em 2009, o Ministério Público apanhou uma conversa entre o antigo ministro e o ex-deputado do CDS Pedro Brandão Rodrigues (alvo da escuta). Portas só queria falar por um telefone fixo ou em conversa presencial.
Submarinos só por telefone fixo e encontros presenciais. Foram estas as duas mensagens passadas por Paulo Portas, em outubro de 2009, em conversas telefónicas com Pedro Brandão Rodrigues (ex-deputado do CDS e antigo presidente da Comissão de Contrapartidas) e que foram intercetadas pelo Ministério Público. As conversas ocorreram numa fase posterior a uma busca a Brandão Rodrigues e foram consideradas relevantes pelo juiz Carlos Alexandre, que as mandou transcrever.

Produção de minério vai subir 300% até 2025 - Dinheiro Vivo

Produção de minério vai subir 300% até 2025 - Dinheiro Vivo

Portugal poderá produzir mais 300% de minérios metálicos até 2025, passando dos 600 milhões de euros extraídos este ano para os 2,5 mil milhões. Este valor poderá ascender aos três mil milhões nesse mesmo ano, se for contabilizada a produção de rochas ornamentais, o que somando implica um aumento de 400% na produção mineira em Portugal em apenas 13 anos.Esta é a principal razão pela qual foi ontem aprovada em Conselho de Ministros a Estratégia Nacional para os Recursos Geológicos - Recursos Minerais, a nova estratégia do Governo para as minas portuguesas, que pretende "dinamizar o sector" de forma a "adaptar a ação do país a esta realidade", de acordo com o secretário de Estado da Energia, Artur Trindade.
A Europa é essencialmente uma região importadora de minério e esta poderá ser uma das principais razões para o sucesso da exploração mineira no País, conforme explicou: "A Europa tem défice de minérios, é uma região importadora e o custo de transporte no sector é muito significativo. Assim, existe um interesse estratégico no aumento da produção em Portugal que geograficamente ocupa uma posição de destaque no mundo."
Atualmente, o cobre é o rei da produção nacional, mas até 2030 vai ser destronado pelo ferro, a que se juntam o zinco, o ouro e o tungsténio. Com o aumento da produção em Portugal, o sector vai passar a ter mais peso no produto interno bruto (PIB): em 2010 valia 0,25%, este ano passou para os 0,4% e o Ministério da Economia prevê que alcance 1% do PIB em 2025. A maioria da produção de minérios é para exportação e a tutela prevê um aumento dos atuais 1,6% para os 3% na balança comercial em 13 anos.
"Este sector tem um impacte direto na economia e no PIB, assim como nas exportações. Olhando para os últimos anos, a produção mundial tem-se mantido estável, mas o mercado tem crescido em força", explica o secretário de Estado. A última década foi um exemplo do crescimento do sector no país: Dos 340 milhões de euros de minério exportado em 2001, registou-se um aumento de 8,9% até 2010 para os 735 milhões.
O secretário de Estado destacou que apesar da reforma do sector mineiro só ter sido concretizada formalmente ontem, o Governo tem apostado numa estratégia de expansão desde que tomou posse, tendo aprovado 86 projetos de pesquisa e prospeção no espaço de apenas um ano, sendo que oito deles foram aprovados, precisamente, durante o mês de Agosto. "É um sector que pesa no PIB e que pode representar facilmente um euro em cada 100 euros produzidos pela economia nacional. O sector está de alguma forma adormecido, parado e não pode continuar assim", afirmou Artur Trindade.

Governo vai lançar novos produtos de poupança para as famílias | iOnline

Governo vai lançar novos produtos de poupança para as famílias | iOnline

O Ministério das Finanças anunciou ontem que o IGCP está “a estudar a criação de novos produtos de poupança a colocar à subscrição oportunamente”. A intenção segue-se ao anúncio da “suspensão das subscrições de certificados do Tesouro a partir de 1 de Setembro de 2012, inclusive”.
O Ministério das Finanças justificou a suspensão com “o reduzido sucesso do produto”, numa altura em que o “governo tem vindo a constatar o desinteresse gradual dos aforradores relativamente aos instrumentos de poupança de retalho emitidos pelo Estado”.
O peso das famílias no financiamento da República nunca foi tão baixo como este ano. Além disso, “o sucesso do Programa de Assistência Económica e Financeira pressupõe a capacidade de restabelecer o acesso a financiamento de mercado, sendo a captação de poupança gerada no país uma componente importante da estratégia a implementar”. Estas razões obrigam o governo a rever também as condições de remuneração dos certificados de aforro das séries B e C, “aumentando a sua atractividade face a outras alternativas de investimento disponíveis no mesmo segmento”.
Os certificados de aforro deixam de ter um prémio progressivo e passam a ter um prémio fixo. Assim, na série B, fechada desde 2008, os certificados de aforro vão pagar 3,28%, um acréscimo de um prémio fixo de 1% (100 pontos base). “Para a série C, de subscrição aberta, suspende-se o prémio actual e substitui-se por um prémio fixo de 2,75% (275 pontos base), obtendo-se uma remuneração de 3,268%.” Ambas as séries são indexadas a taxas de juro de curto prazo.
“Estas condições excepcionais de remuneração estarão em vigor de 1 de Setembro de 2012 até 31 de Dezembro de 2016, data após a qual serão retomadas as condições originais, e estabelece-se um limite máximo de remuneração de 5%.”
João Duque, presidente do ISEG, defende “o lançamento de novos produtos de poupança mais atractivos” e recorda o sucesso das emissões obrigacionistas lançadas por algumas das empresas do PSI 20. “Só uma emissão dessas empresas supera o montante de subscrições registado em sete meses pelos certificados do Tesouro.”
Com esta suspensão, o governo será forçado a alterar a composição do financiamento do Estado até ao final do ano, a qual poderá passar pelo reforço da emissão de bilhetes do Tesouro, considera João Duque, tal como já referiram os especialistas da UTAO.
De Janeiro a Julho, o total dos resgates líquidos (diferença entre emissões e amortizações) dos certificados de aforro e do Tesouro ascende a 1353 milhões de euros, um desvio de 453 milhões de euros acima do previsto pelo executivo de Passos Coelho no OE para este ano (900 milhões de euros).
Este desvio só não é mais elevado graças aos certificados do Tesouro, o único produto de dívida do Estado que até agora suscitava o interesse das famílias, embora com uma procura muito aquém da altura em que foram lançados (Julho de 2010). Este instrumento de poupança contabilizou, até Julho, uma subscrição líquida positiva de 90 milhões de euros, enquanto os certificados de aforro somam perdas líquidas de 1443 milhões.

Maçons desconfiam de infiltração no sistema informático | iOnline

Maçons desconfiam de infiltração no sistema informático | iOnline

1500 nomes tornados públicos. “Alguém se infiltrou”, admite António Arnaut

A divulgação de quase 1500 nomes de maçons na internet é caso inédito na história da maçonaria em Portugal. Ex-grão-mestres e maçons do Grande Oriente Lusitano (GOL) contactados pelo i desconfiam de uma infiltração no sistema informático.
“Houve, porventura, uma intrusão e uma infiltração no GOL para ter acesso a dados com objectivos censuráveis”, afirma ao i António Arnaut, ex-grão-mestre. A opinião é partilhada por António Reis, outro ex-grão-mestre do GOL: “Houve alguma intrusão no sistema informático. Há sempre gente que não respeita os outros e as regras e pode ter tido um acesso ilegítimo a dados.”
Vasco Lourenço, capitão de Abril e maçon assumido, acredita que poderá ter sido uma “tentativa de vingança mesquinha”. “A lista é antiga e provavelmente quem a difundiu já não é maçon”, refere.
Arnaut e António Reis também confirmam que a lista “está incompleta”. A lista onde constam 1438 nomes, até à letra M – que inclui políticos, banqueiros, jornalistas, académicos e advogados –, revela a relação entre os maçons e as lojas a que pertencem, mas está desactualizada. Nela ainda constam nomes de pessoas que já faleceram há vários anos e “alguns nomes que já não pertencem à maçonaria”, diz um membro do GOL. A divulgação na internet foi feita através de um comentário no blogue “Casa das Aranhas” (ver caixa). O i tentou contactar o actual grão-mestre sem sucesso até ao fecho desta edição.
acesso restrito Não são todos os maçons que têm acesso à lista com os nomes que pertencem à organização. “ Só o grão-mestre”, diz ao i um membro do GOL, lembrando, porém, que na altura das eleições internas todos os candidatos a grão-mestre podem ter acesso aos ficheiros com os membros da organização.
No GOL existe um cofre com documentos secretos como, por exemplo, a “lista negra” dos maçons que foram irradiados. Um dos princípios desta organização é que nenhum maçon pode revelar o nome de outro. Em regra, os membros do GOL têm facilmente conhecimento dos “irmãos” que pertencem à organização. Por exemplo, quando alguém entra para a maçonaria, o seu nome é afixado em todas as lojas para saber se há alguma objecção.
António Reis não tem dúvidas: houve uma “violação da privacidade” com a divulgação desta lista. Já António Arnaut fala em “intromissão condenável na vida interna da maçonaria”, enquanto Vasco Lourenço lembra que “a Maçonaria também tem pessoas que não deveriam estar lá dentro”. “Não têm perfil”, garante.
PGR desconhece O i contactou a Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a eventual abertura de um inquérito, mas a PGR respondeu que “não tem conhecimento oficial do teor da notícia” e, portanto, “não se pode pronunciar”.
A lista divulga nomes de vários políticos, incluindo o líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho. Questionado pelo i, o socialista afirma apenas que sempre tem dito e mantém que “quem desempenha cargos públicos deve fazer um registo de interesses, mas não de crenças e valores”. Opinião diferente tem a vice-presidente da bancada do PSD, Teresa Leal Coelho, que considera que quem desempenha cargos políticos “deve, voluntariamente, fazer um registo de interesses”. Esse é também o entendimento já manifestado publicamente pela ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz.

Divulgada lista com nomes verdadeiro​s ("profano"​) de 1438 maçons do Grande Oriente Lusitano.

http://casadasaranhas.wordpress.com/2012/07/19/a-maconaria-em-portugal-uma-historia-de-corrupcao-e-conspiracao/

Recuperação de área ardida no Algarve deve custar mais de 3,7 milhões de euros - Sociedade - PUBLICO.PT

Recuperação de área ardida no Algarve deve custar mais de 3,7 milhões de euros - Sociedade - PUBLICO.PT

Mais de 3,7 milhões é a estimativa de custos só da estabilização do solo e remoção do material ardido do incêndio da serra do Caldeirão. O valor é avançado num relatório elaborado pela Unidade de Defesa Florestal, do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, destinado a minimizar os efeitos da erosão com a queda das primeiras chuvas.

Populações viram arder os seus haveres enquanto os meios aguardavam por ordens para avançar
Populações viram arder os seus haveres enquanto os meios aguardavam por ordens para avançar (Foto: Adriano Miranda)

No entanto, contando com a recuperação do potencial agrícola e apoio social às famílias afectadas, os prejuízos atingirão os 12 milhões de euros no concelho de Tavira, mais 13 milhões no município de São Brás de Alportel.

O fogo, que teve início em 18 de Julho na Catraia, alastrou ao concelho vizinho de São Brás de Alportel. O presidente da Câmara de Tavira, Jorge Botelho, lembra que o levantamento feito pelas entidades responsáveis pela área das florestas "fica-se apenas pela estabilização do solo, para evitar que se dê contaminação dos aquíferos, logo que se verifiquem as primeiras chuvadas".

Além dos prejuízos agrícolas, o incêndio, que queimou 24.843 hectares de mato, sobreiros e pinheiro-manso, "afectou ainda cerca de 17% da zona especial de conservação e zona de protecção especial do Caldeirão", registando-se ainda um "impacto negativo considerável na actividade apícola".

A nível social, o Governo disponibilizou 600 mil euros, a dividir pelos dois concelhos atingidos pelo incêndio, para recuperar as casas ardidas e garantir as necessidades básicas das famílias mais carenciadas. O apoio, de 400 euros por pessoa do agregado familiar, em prestação única, começou a ser pago. As candidaturas estão abertas até 2 de Outubro.

Quanto aos milhões que serão necessários para repor, dentro do possível, o que foi destruído, Jorge Botelho aguarda pelo cumprimento das promessas governamentais. "Espero que haja a possibilidade de apresentar, em breve, candidaturas no sector agrícola, com 75% a fundo perdido, através do Proder [Programa de Desenvolvimento Rural]". As pessoas que viram desaparecer pomares, motores de rega e árvores de cultivo, sublinha, "têm expectativas de que serão ajudadas".

O relatório sobre a avaliação dos impactos nos espaços florestais, diz o autarca, refere valores "abaixo dos preços de mercado". A título de exemplo, exemplifica, cinco euros para corte e remoção de cada árvore ardida parece-lhe "baixo". Situação idêntica verifica-se na limpeza de valetas: 15 mil euros para intervir em 100 quilómetros de rede viária está abaixo do que a câmara tem pago para esse tipo de trabalho. Porém, interpreta os valores como "referência" e "uma estimativa".

O perigo de contaminação das linhas de água surge como uma das primeiras preocupações ambientais. O fogo afectou a bacia hidrográfica do rio Gilão, que desagua na ria Formosa, e as sub-bacias da Foupana e de Odeleite, afluentes do rio Guadiana. Os efeitos dos primeiros chuvas, salienta o relatório do director da Unidade de Defesa da Floresta, Rui Almeida, "poderão provocar a erosão dos solos, arrastando-os e transportando-os para as zonas de vales e linhas de água, assoreando campos e poços".

Proteger origem da água

A área afectada pelo incêndio, acrescenta o documento, apresenta "condições propícias à erosão por ravinamento". Por outro lado, o facto de a albufeira de Odeleite ser a origem do abastecimento público de água do Sotavento algarvio, "exige uma atenção redobrada" nas acções a desenvolver "como forma de salvaguardar a origem da água". O fogo atingiu também a zona de protecção especial da serra do Caldeirão, que abriga algumas espécies protegidas e em risco, destacando-se o lince ibérico, a águia de Bonelli, águia cobreira e o bufo real. Ao nível do património cinegético, o incêndio atingiu 33 zonas de caça.

No âmbito do Proder deverão ser apoiados projectos, entre 50 a 100%, para "estabilização de emergência"; "restabelecimento do potencial silvícola"; "controlo de pragas e doenças em espécies florestais", e "controlo de espécies invasoras".

Por seu lado, António Eusébio, presidente da Câmara de São Brás de Alportel, defende um "novo ordenamento florestal" para que uma catástrofe semelhante não se repita. A serra da Caldeirão, recorda, de tempos a tempos - em períodos inferiores a dez anos - é fustigada pelas chamas. "Um sobreiro leva 50 anos a dar a primeira cortiça". Por isso, acrescenta o autarca, se não existir uma "outra visão" na forma com se olha o interior do Algarve, "de nada valerão os planos de defesa da floresta, onde as câmaras têm investido muito dinheiro".Falhas no combate

Apesar de mais de mil bombeiros e meios aéreos para combater as chamas que tiveram início na Catraia (Tavira), as populações viram arder os seus bens, com os bombeiros parados nas estradas, a aguardar ordens para entrar em acção. O comandante da Autoridade Nacional de Protecção Civil assumiu "falhas de coordenação", mas o Governo pediu uma segunda avaliação para apurar eventuais responsabilidades.



Abastecimento de combustível: coloque o número de contribuinte

Esta não sabia eu, mas a partir de agora vou sempre EXIGIR RECIBO com
nº de contribuinte!
Cada vez que abastecemos o automóvel de combustível e não pedimos
factura/ recibo com o número de contribuinte, as gasolineiras não
pagam impostos !!!!!
Nós pagamos os combustíveis com os preços mais caros da Europa.
Guardem uma cópia do cartão de contribuinte no bolso ou decorem o
número - são só nove dígitos. Quando pagarem o combustível por
Multibanco ou a dinheiro... peçam sempre recibo com o vosso nº de
contribuinte (menos uma fuga aos impostos).
Mas atenção ao recibo que lhe passam, não aceitem aquele que diz
CLIENTE FINAL ou RECIBO EM APROVAÇÃO, pois que é mais uma esperteza
das gasolineiras e esses não tem qualquer valor para as finanças...
Sensibilize toda a família e amigos .... ponha-os ao corrente disto !!!
Quantos mais tubarões destes pagarem impostos, talvez os "outros"
tenham menos necessidade de nos virem anual e religiosamente aos
bolsos!...

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

País terá de superar "outros desafios orçamentais" - Politica - DN

País terá de superar "outros desafios orçamentais" - Politica - DN

País terá de superar "outros desafios orçamentais"
Fotografia © Leonardo Negrão/Global Imagens

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, alertou hoje para os "desafios orçamentais" que o país vai ter de saber superar, a propósito da quinta revisão do programa de assistência a Portugal iniciada pela "troika" na terça-feira.
Embora tenha invocado o "dever de reserva e silêncio durante o período do exame", Passos Coelho admitiu, em declarações à chegada à embaixada de Portugal na capital britânica, onde assistirá esta noite à sessão de abertura dos Jogos Paralímpicos Londres2012, que "nem tudo aconteceu exatamente como esperado".
"Há comportamentos, sobretudo do lado do desemprego, que são conhecidos que têm reflexos orçamentais quer do lado das receitas fiscais em particular, quer do lado dos subsídios de desemprego", referiu.
Recusando falar sobre um eventual prolongamento do tempo para cumprimento das metas definidas no programa de ajuda externa ou a medidas para compensar o desvio fiscal, Passos Coelho aludiu a "outros desafios orçamentais" que o país vai "ter de saber superar".
"Tenho a certeza de que, quer neste exame regular quer na fase subsequente, que tem a ver com a apresentação do Orçamento do Estado para o próximo ano, o país encontrará uma forma de concluir esta ajuda externa de forma bem sucedida, recuperando a sua autonomia orçamental e construindo uma maior responsabilidade orçamental que, se tivéssemos tido no passado, teria evitado situações como aquela que estamos a viver", concluiu.
Um desvio nas receitas fiscais levou já o Governo a admitir que não será possível cumprir a meta orçamental prevista para este ano (4,5 por cento do PIB).
A equipa da 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) deverá debater com o Governo formas de resolver o problema: aumentando a meta para o défice ou aplicando medidas adicionais (a 'troika' rejeita o recurso a receitas extraordinárias).
A transferência de cada 'tranche' do pacote de ajuda está dependente de um resultado positivo do processo de revisão. Segundo o programa, a próxima 'tranche' deverá ascender a 4.300 milhões de euros.
Para além dos problemas orçamentais deste ano, a 'troika' deverá ainda discutir com o Governo a proposta de Orçamento para o próximo ano, que será apresentado à Assembleia da República a 15 de outubro.
Este processo de revisão é trimestral e está previsto no programa de assistência económica e financeira, através do qual a 'troika' disponibilizou 78 mil milhões de euros para Portugal.
Em todas as quatro revisões anteriores, a equipa da 'troika' manifestou-se satisfeita com os progressos feitos por Portugal na aplicação do programa.

Passos garante que alienação da RTP será estudada "sem tabus" - Política - PUBLICO.PT

Passos garante que alienação da RTP será estudada "sem tabus" - Política - PUBLICO.PT

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, garantiu hoje que o Governo vai estudar “sem tabus” tudo o que se relaciona com “o processo de alienação” da RTP previsto no programa do executivo.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, garantiu hoje que o Governo vai estudar “sem tabus” tudo o que se relaciona com “o processo de alienação” da RTP previsto no programa do executivo.

“Não haverá tabus, quer dizer, tudo será estudado de forma a habilitar o Governo a uma decisão bem informada”, garantiu o primeiro-ministro , à chegada à embaixada de Portugal na capital britânica, onde assistirá esta noite à sessão de abertura dos Jogos Paralímpicos Londres2012.

O consultor do Governo António Borges considerou na semana passada, em entrevista à TVI, que a possibilidade de concessionar a RTP1 a investidores privados era um cenário “muito atraente”, assegurando contudo que nada estava ainda decidido sobre o futuro da empresa.

A RTP2 irá “muito provavelmente” fechar, independentemente do cenário a adoptar para o futuro da empresa, em razão do seu avultado custo, para reduzidas audiências, prosseguiu o consultor do executivo, na entrevista à TVI.

“Há um conjunto de consultores que foram recrutados pela RTP para fazer o estudo do processo de alienação que estava previsto no programa do executivo. No âmbito desse estudo não haverá tabus”, afirmou hoje Pedro Passos Coelho, em declarações aos jornalistas.

Para o líder do executivo, “não há razão para nenhuma histeria nem para nenhuma mobilização excepcional à volta do que deve ser o trabalho técnico que vai decorrer” e, sem emitir a sua opinião pessoal, garantiu que a palavra final pertence “evidentemente” ao governo.

O primeiro-ministro sublinhou que “a hipótese mencionada [de concessão a privados] é uma de várias hipóteses, de vários cenários que estão a ser equacionados”, mas que antes devem ser respondidas outras perguntas, nomeadamente o que se entende por serviço público de rádio e de televisão.
“Não é a ideia de vaga de que deve existir um serviço público, é qual é esse serviço público em concreto”, vincou Passos Coelho, que entende que, em segundo lugar, é preciso saber “quanto estamos dispostos a pagar por ele”.

O chefe do Governo entende que estas questões são independentes da situação financeira do país, mas que são importantes quando “se quer para o futuro construir uma economia com os pés assentes na terra”.
Como ponto de comparação, Passos referiu a área da Cultura, na qual diz que o Governo gasta anualmente 80 milhões de euros “nos museus, na preservação do património, no apoio à criação artística”, enquanto a RTP custa ao Estado “mais de 300 milhões” de euros.

“Isto não pode ser”, argumentou, acrescentando que “o país não pode continuar a financiar a este nível o serviço público de rádio e televisão”.

“Só quando houver respostas para estas perguntas”, enfatizou, será discutida a “fórmula melhor de fazer essa gestão, se é concessionar, se é vender um dos canais e administrar o outro, se é simplesmente fechar um deles e gerir o outro”.

“Isso são soluções finais que ocorrerão quando respondermos a estas primeiras”, disse, desdramatizando a controvérsia que geraram as declarações de António Borges.

Descoberto no México um teatro maia com 1200 anos - Ciências - PUBLICO.PT

Descoberto no México um teatro maia com 1200 anos - Ciências - PUBLICO.PT

Um grupo de arqueólogos mexicanos descobriu um teatro maia com cerca de 1200 anos no complexo arqueológico Plan de Ayutla, em Ocosingo, no estado mexicano de Chiapas. A descoberta foi anunciada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Antropología e Historia (INAH).

Vestígios do teatrp maia com 1200 anos
Vestígios do teatro maia com 1200 anos (DR/INAH)


Vestígios do teatrp maia com 1200 anos
Parte da bancada onde a plateia se sentariaDR/INAH

De acordo com o comunicado do INAH, o teatro, com espaço para cerca de uma centena de pessoas, terá sido usado na altura pela elite da época, que recorria a obras políticas para ganhar poder na cidade.

“Era um teatro exclusivo, tendo em conta que foi encontrado numa acrópole, a 42 metros de altura em relação às praças do complexo”, disse Luis Alberto Martos López, responsável pela investigação, que foi apresentada no VII Colóquio de Arqueologia, que está a acontecer no Museo del Templo Mayor, subordinada ao tema “Abandono y destrucción. El final de las ciudades mesoamericanas”. Ao contrário do que é habitual, este teatro foi encontrado dentro de um complexo que foi há 1200 anos um palácio, e não nas praças pensadas para receber multidões, explica num comunicado Martos López.

Na apresentação, o investigador acrescentou ainda que existem vários teatros maias a descoberto, em cidades como Tikal, Guatemala e Campeche. Este, no entanto, é mais pequeno, sugerindo que pelo tamanho e pela localização, o acesso ao espaço só poderia ser restrito.

Segundo a investigação, nos anos 800-850 d.C. em Plan de Ayutla, vivia “uma nova dinastia que tratava de se legitimar através do teatro político”, usando esse poder sobre as minorias da região, o que significa que apenas frequentava o teatro quem interessava à elite manipular.

“As sociedades maias ficaram conhecidas por Estados teatrais porque os seus governantes utilizavam os teatros para exercerem publicamente o seu poder de forma teatral”, esclarece Martos López, acrescentando que os mesmos propósitos se aplicavam à religião ou a outras questões simbólicas.

O grupo de arqueólogos encontrou ainda nas imediações do teatro ocarinas e apitos, assim como esculturas de estuco com representações de um prisioneiro e de alguns deuses.

As ruínas que provam a ocupação maia, civilização que ficou conhecida pelos seus avanços na área da escrita, matemática e também astronomia, estão espalhadas por vários países, como México, Honduras, Guatemala e El Salvador. Mas segundo alguns investigadores, a civilização nunca desapareceu por completo. E alguns dialectos ainda são falados em países da América Latina.

Dois planetas conseguem sobreviver à volta de dois sóis - Ciências - PUBLICO.PT

Dois planetas conseguem sobreviver à volta de dois sóis - Ciências - PUBLICO.PT

A 5000 anos-luz de nós, qualquer coisa como 300 milhões de vezes a distância da Terra ao Sol, foram descobertos dois planetas que orbitam um par de estrelas. Apesar do caos que isso provoca nos movimentos dos corpos celestes, conseguem sobreviver entre esses dois sóis.

Ilustração científica dos dois sóis ao centro, que se encontram entre os dois planetas
Ilustração científica dos dois sóis ao centro, que se encontram entre os dois planetas (NASA/JPL-Caltech/T. Pyle)

A descoberta, anunciada na reunião da União Astronómica Internacional e publicada esta semana na revista Science, releva a existência do primeiro sistema multi-planetário que tem duas estrelas. “Mostra que se podem formar e sobreviver sistemas planetários até em ambientes caóticos, como o que existe à volta de um sistema binário de estrelas”, diz o principal autor do trabalho, Jerome Orosz, Universidade Estadual de San Diego, nos EUA, citado num comunicado desta instituição.

Esta descoberta estabelece que os planetas circumbinários – que orbitam um sistema binário de estrelas – podem existir, e existem, em zonas habitáveis, refere a nota de imprensa. “Aprendemos que os planetas circumbinários podem ser como os do nosso sistema solar, só que têm dois sóis”, sublinha outro autor da descoberta, Joshua Carter, do Centro de Astrofísica de Harvard-Smithsonian.

Conhecido como Kepler-47, devido ao nome do telescópio que o detectou, o sistema encontra-se na constelação de Cisne. O planeta interior tem um diâmetro que ultrapassa os 38 mil quilómetros, o que é três vezes superior ao da Terra. O período de translação, em torno das duas estrelas, é de 49 dias. Este planeta, em que um ano dura assim pouco mais de um mês e meio, é o mais pequeno detectado em órbita de um sistema binário e os cientistas não descartam a hipótese de ser rochoso como a Terra. “Como a massa do planeta é desconhecida, a sua densidade também é, por isso não é possível distinguir entre uma composição rochosa e uma composição mais volátil”, lê-se no artigo científico.

Já o planeta exterior, com um diâmetro de 4,6 vezes o da Terra, o que o torna ligeiramente maior do que Úrano, demora 303 dias completar uma volta aos dois sóis. Provavelmente, é gasoso, tal como os “nossos” Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno, não reunindo, em princípio, condições para a existência de vida tal como a conhecemos. Apesar disso, a sua órbita coloca-o na “zona habitável”, a região à volta de uma estrela onde um planeta com características terrestres podia ter água líquida, considerada essencial para à existência da vida.

Em relação às estrelas, uma é semelhante ao Sol e a outra tem apenas um terço do seu tamanho e demoram 7,45 dias a dar uma volta completa uma à outra.

Como estes planetas estão demasiado distantes para serem vistos, a sua descoberta só foi possível quando passaram à frente das estrelas, causando-lhes uma ligeira perda de brilho. Foram detectados pelo telescópio espacial Kepler, lançado pela NASA em 2009, com a missão de procurar planetas com características terrestres e com até duas vezes o tamanho da Terra. O primeiro planeta descoberto noutro sistema solar, por uma equipa suíça, remonta a 1995.


Pega ladrão! Portugueses desenvolvem aplicação que protege de furto os computadores - Dinheiro Vivo

Pega ladrão! Portugueses desenvolvem aplicação que protege de furto os computadores - Dinheiro Vivo

Nem sempre é seguro deixar o seu computador num local público. Para evitar eventuais furtos a portuguesa Paradigma desenvolveu uma aplicação que, através de um alerta para o telemóvel, avisa-o se alguém está a mexer no seu computador na sua ausência.Keep an Eye (Debaixo de Olho) está disponível para sistema operativo iOS e está à venda na AppStore da Apple por 0,79 euros. Em breve deverá estar disponível para Android.
A aplicação gera um alerta sempre que alguém mexe no seu computador (no teclado ou rato, por exemplo) na sua ausência, não exigindo configurações especiais. "Abrir um site e apontar a câmara do telefone para o computador é a única coisa que é necessário fazer. A partir desse momento, tudo o que nele acontecer é instantaneamente alertado no telemóvel", diz Miguel Martins de Almeida, co-fundador da Paradigma com Afonso Arriaga e Mariana Pulido.
"Mesmo o mais ínfimo movimento é identificado pelo Keep An Eye, tirando-se proveito dos sensores de movimento (acelerómetros) disponíveis nos computadores modernos», explica Miguel Martins de Almeida em nota de imprensa.

Os jogos das principais ligas de futebol vão passar no You Tube - Dinheiro Vivo

Os jogos das principais ligas de futebol vão passar no You Tube - Dinheiro Vivo

O portal de partilha de vídeos You Tube vai passar a transmitir os jogos das principais ligas de futebol do mundo através de um canal específico, que, por enquanto, não incluirá o campeonato português.A criação deste canal, chamado Love Football, foi possível através de uma parceria com a empresa internacional de media MP & Silva, que detém os direitos de transmissão de alguns dos maiores eventos desportivos do mundo, e a especialista em emissões digitais Rightster.
Entre os direitos de transmissão detidos pela MP & Silva contam-se os da Série A italiana, a Primeira Liga inglesa, a Liga espanhola, a Bundesliga alemã, o campeonato francês, a principal Liga brasileira (Brasileirão) e a Taça de Inglaterra.
A empresa detém ainda direitos dos canais dos clubes Arsenal (Inglaterra) e AC Milan (Itália), da Federação Italiana de Futebol e de várias federações asiáticas.
Entre outros eventos, a empresa detém os direitos de transmissão do torneio de ténis de Roland Garros (França) e de outros oito do ATP Tour, da Liga dos Campeões de andebol, do Campeonato do Mundo de GT1, do Campeonato Alemão de Turismos (DTM), ou da Liga Norte-americana de Basquetebol Profissional (NBA).
O canal Love Football vai funcionar por assinatura, emitindo não só os jogos, mas também entrevistas com os atletas e dirigentes, documentários e cenas de bastidores, refere a MP & Silva no seu site.
De acordo com o contrato estabelecido, o You Tube poderá transmitir os jogos e melhores momentos de quase todos os campeonatos em causa para todo o mundo, exceto os países onde decorre o evento.
No caso da Liga francesa, os encontros estarão disponíveis na Europa (com exceção da França e da Espanha), mas também na Ásia, África e Oceânia, enquanto a Primeira Liga inglesa poderá ser vista em alguns países da Europa (Portugal, Alemanha, Itália, Turquia, Bélgica, Áustria e Suíça) e da Ásia.
O campeonato brasileiro estará disponível na França, Alemanha, Holanda, Bélgica, Suíça, Áustria, Japão, Indonésia, Malásia, Singapura, Tailândia, Vietname e, a partir do próximo ano, no Reino Unido e Irlanda, enquanto os jogos da Liga norte-americana de futebol poderão ser vistos em todo o mundo, exceto Estados Unidos, Canadá e México.

Finanças estão a notificar contribuintes com IRS fraudulentos | iOnline

Finanças estão a notificar contribuintes com IRS fraudulentos | iOnline

O ministério das Finanças está a notificar os contribuintes que entregaram declarações fraudulentas de impostos ao indicarem dependentes fictícios para obtenção de benefícios fiscais, refere a Renascença.
Ao todo são 135 mil as crianças que desapareceram das contas das Finanças, nos últimos dois anos. Durante esse período, o número de dependentes declarados no IRS começou a descer de forma acentuada.
Em 2009, as famílias portuguesas declararam ter a seu cargo 2 173 270 filhos com idades inferiores a 25 anos.
Em comunicado enviado àquele meio, Vítor Gaspar, ministro das Finanças, refere que os contribuintes em causa foram notificados para pagarem o IRS em falta mais os juros associados.
Além disso, foram instaurados processos de infracção tributária e aplicadas as devidas penalidades.

Oito gestores públicos com salário idêntico ao do primeiro-ministro | iOnline

Oito gestores públicos com salário idêntico ao do primeiro-ministro | iOnline

Os presidentes da Agência para a Modernização Administrativa, Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública e Instituto de Turismo de Portugal vão receber, tal como outros cinco já conhecidos, um salário idêntico ao do primeiro-ministro.
A lista com os nove institutos públicos de regime especial sujeitos às regras do Estatuto do Gestor Público (EGP) que faltava classificar foi hoje publicada em Diário da República.
A resolução do conselho de ministros n.º 71/2012 classifica a Agência para a Modernização Administrativa, a Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública e o Instituto de Turismo de Portugal no grupo A, cujo teto salarial é o ordenado de Pedro Passos Coelho (6.850,24 euros brutos por mês).
De acordo com as regras do EGP, este será o valor máximo do ordenado dos respetivos gestores, a não ser que os mesmos tenham direito a optar por solicitar à tutela para ficarem com a remuneração média auferida nos três anos antes da nomeação.
Este teto já está em vigor noutros cinco institutos públicos de regime especial, classificados no passado mês de março: o Instituto Nacional de Estatística, o Instituto Nacional de Aviação Civil, o Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social, o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social e o Instituto de Segurança Social.
Nos termos da resolução agora publicada, entram para o escalão B do EGP mais quatro institutos públicos de regime especial: Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI), Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP), Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) e Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IRHU), cujos presidentes passam a ganhar 5.822,71 euros brutos por mês, a partir de setembro.
Já o Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu foi classificado no grupo C, pelo que o respetivo presidente terá direito a um salário mensal máximo de 5.480,19 euros brutos.
Por classificar fica a Caixa Geral de Aposentações [CGA], o que é justificado na resolução com o facto de “os membros do respetivo conselho diretivo serem designados de entre os membros do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos e não auferirem qualquer remuneração pelo exercício de funções na CGA”.

Portugal tem feito recuperação "nas sombras" - Economia - DN

Portugal tem feito recuperação "nas sombras" - Economia - DN


Portugal tem feito uma recuperação económica "nas sombras", ao contrário da Grécia, que tem merecido "apupos", e da Irlanda, mais aplaudida, nota o Financial Times (FT) num artigo publicado ontem à tarde na sua edição 'online'.
De acordo com o título, existem "algumas razões para um otimismo cauteloso" sobre a situação económica portuguesa, embora existam ainda diversos desafios pela frente.
O FT cita uma declaração de Peter Weiss, da direção-geral de Assuntos Económicos e Monetários da Comissão Europeia, aquando da terceira avaliação da 'troika' ao programa de ajustamento português: "O Governo não pode fazer mais".
CLIQUE AQUI PARA VER O ARTIGO DO 'FINANCIAL TIMES'
Uma delegação da 'troika' começou ontem a quinta revisão do programa de assistência a Portugal, cujos principais temas serão o défice de 2012 e a preparação da proposta de Orçamento do Estado para 2013.
Isso mesmo indicou na segunda-feira à Lusa a Comissão Europeia ao revelar que a equipa da 'troika' "será centrada nos desenvolvimentos orçamentais em 2012 e na preparação do orçamento de 2013", escusando-se a comentar cenários "especulativos".
Questionado sobre uma eventual flexibilização do programa português, face à situação das finanças públicas, o serviço de imprensa do comissário dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, indicou que a Comissão "nada tem a dizer sobre 'flexibilização' ou qualquer outra especulação em torno do desfecho da missão da 'troika'", limitando-se a indicar que as discussões incluirão "as medidas necessárias para alcançar as metas do programa".
Um desvio persistente nas receitas fiscais levou o Governo a reconhecer que não será possível cumprir a meta orçamental para este ano (4,5 por cento do PIB).
A equipa da 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) deverá debater com o Governo formas de resolver o problema: aumentando a meta para o défice ou aplicando medidas adicionais (a 'troika' rejeita o recurso a receitas extraordinárias).
A transferência de cada 'tranche' do pacote de ajuda está dependente de um resultado positivo do processo de revisão. Segundo o programa, a próxima 'tranche' deverá ascender a 4.300 milhões de euros.
Para além dos problemas orçamentais deste ano, a 'troika' deverá ainda discutir com o Governo a proposta de Orçamento para o próximo ano, que será apresentado à Assembleia da República a 15 de outubro.
Este processo de revisão é trimestral e está previsto no programa de assistência económica e financeira, através do qual a 'troika' disponibilizou 78 mil milhões de euros para Portugal.
Em todas as quatro revisões anteriores, a equipa da 'troika' manifestou-se satisfeita com os progressos feitos por Portugal na aplicação do programa.

Moléculas de açúcar essenciais à vida a 400 anos-luz da Terra - JN

Moléculas de açúcar essenciais à vida a 400 anos-luz da Terra - JN

Astrónomos descobriram moléculas de açúcar no gás que circunda uma estrela binária jovem, com massa semelhante ao Sol, a 400 anos-luz da Terra, concluindo que componentes necessários à vida existiam no Sistema Solar durante a formação dos planetas.

 
foto Arquivo Global Imagens
Moléculas de açúcar essenciais à vida a 400 anos-luz da Terra
Detetadas moléculas de glicoaldeído a 400 anos-luz
 















A descoberta, anunciada esta quarta-feira em comunicado pelo Observatório Europeu do Sul (OES), foi feita a partir de um radiotelescópio com antenas de alta precisão, localizado em Llano de Chajnantor, a Norte do Chile, a cinco mil metros de altitude.
O projeto de observações - "Atacama Large Millimeter/Submillimeter Array" (ALMA) - resulta de uma parceria entre a Europa, a América do Norte e o Leste Asiático, em cooperação com o Chile.
Na Europa, o ALMA é financiado pelo OES, do qual Portugal é um dos países-membros.
Uma equipa internacional de astrónomos, liderada pelo dinamarquês Jes Jørgensen, do Instituto Niels Bohr, na Dinamarca, detetou moléculas de glicoaldeído no gás que rodeia uma estrela binária (duas estrelas a orbitarem um centro de massas comum) recém-formada, com massa semelhante ao Sol, chamada IRAS 16293-2422, a cerca de 400 anos-luz de distância, relativamente próxima da Terra.
Há quatro anos, uma outra equipa, do Instituto de Radioastronomia Milimétrica, detetou, com o auxílio de um radiotelescópio com seis antenas de 15 metros de diâmetro, nos Alpes franceses, a mesma molécula, mas a cerca de 26 mil anos-luz da Terra, numa região de formação de estrelas em massa fora do centro da Galáxia.
O glicoaldeído é uma forma simples de açúcar que se distingue da sacarose, molécula maior que existe na comida e na bebida. O açúcar é composto por moléculas que contêm carbono, hidrogénio e oxigénio.
Pela primeira vez, o glicoaldeído foi encontrado "tão perto de uma estrela do tipo solar, a distâncias comparáveis à distância de Urano ao Sol, no Sistema Solar", assinala o Observatório Europeu do Sul, acrescentando que "a descoberta mostra que alguns dos componentes químicos necessários à vida existiam neste sistema na altura da formação planetária".
O astrónomo Jes Jørgensen, autor principal do artigo científico a publicar na revista "Astrophysical Journal Letters", descreve que "no disco de gás e poeira que circunda a estrela recém-formada" foi observada "uma forma de açúcar simples não muito diferente do açúcar" que se põe no café e que constitui "um dos ingredientes na formação do ARN, que, tal como o ADN, ao qual está ligado, é um dos blocos constituintes da vida".
O ADN (ácido desoxirribonucleico) é composto por moléculas que contêm instruções genéticas que coordenam o funcionamento dos seres vivos e contribuem para a construção das proteínas e do ARN (ácido ribonucleico), responsável pela síntese de proteínas da célula, mas com moléculas de dimensões muito inferiores às formadas pelo ADN.
Segundo o Observatório Europeu do Sul, "as medições precisas feitas em laboratório dos comprimentos de onda característicos das ondas rádio emitidas pelo glicoaldeído foram indispensáveis na identificação feita pela equipa da molécula no Espaço".
Além do glicoaldeído, a estrela binária IRAS 16293-2422 é também conhecida por ter uma quantidade de outras moléculas orgânicas complexas, como etilenoglicol, metanoato de metila e etanol, realça o OES.
Para a astrónoma Cécile Favre, da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, que também participou na investigação, o extraordinário nas observações ALMA é que "as moléculas de açúcar estão a cair em direção a uma das estrelas do Sistema" Solar.
"As moléculas de açúcar não só se encontram no local certo para encontrarem o seu caminho até um planeta, estão também a deslocar-se na direção correta", defende.
A questão agora, de acordo com o astrónomo Jes Jørgensen, é saber "qual a complexidade que estas moléculas podem atingir antes de serem incorporadas em novos planetas".
As nuvens de gás e poeira, que formam sistemas planetários e desintegram-se para dar origem a novas estrelas, são extremamente frias (normalmente estão a cerca de dez graus acima).
O Observatório Europeu do Sul explica que muitos gases solidificam sob a forma de gelo sobre as partículas de poeira, onde depois se juntam para formar moléculas mais complexas.
"Quando uma estrela se forma no meio de uma nuvem de gás e poeira em rotação, aquece as regiões internas da nuvem para cerca de uma temperatura ambiente, evaporando as moléculas quimicamente complexas e formando gases que emitem uma radiação característica em ondas rádio", esclarece o OES, adiantando que são estas ondas que "podem ser mapeadas com a ajuda de potentes radiotelescópios como o ALMA".
A construção do ALMA ficará completa no próximo ano, quando 66 antenas de alta precisão estiverem totalmente operacionais.

Silva Pereira: há “muitos interesses” políticos e económicos na privatização da RTP - Media - PUBLICO.PT

Silva Pereira: há “muitos interesses” políticos e económicos na privatização da RTP - Media - PUBLICO.PT

O ex-ministro socialista Pedro Silva Pereira afirmou que “existem muitos interesses em grupos de comunicação social e em grupos económicos, e alguns deles com ligações políticas”, para a privatização da RTP.

Pedro Silva Pereira estranha a forma como o Governo está a conduzir o processo de privatização da RTP e lança a suspeita de que existem interesses políticos e económicos nesta intenção do Executivo de coligação PSD/CDS-PP.

“Em todos os modelos há sempre uma variável que permanece: é a de que deve haver um novo operador privado de televisão. Seja beneficiando de um canal que lhe seja licenciado, seja por via da concessão do canal público sobrevivente. E esta constância deve ser questionada”, disse o antigo governante, na noite desta terça-feira, em entrevista à SIC Notícias.

“O doutor António Borges, aliás, quando anunciou este cenário, disse que a existência de um novo operador privado de televisão correspondia a um objectivo do Governo. Mas objectivo porquê? A que propósito é que deve haver um desígnio de haver necessariamente mais um operador privado de televisão?”, questionou também Silva Pereira.

“Agora sei que existem muitos interesses em grupos de comunicação social e em grupos económicos, e alguns deles com ligações políticas, que têm interesse em ter um canal de televisão”, referiu ainda o ex-ministro da Presidência.

Plenário de trabalhadores

Os trabalhadores da estação pública de televisão reúnem-se nesta quarta-feira em plenário, onde a questão central será o futuro da RTP.

António Borges, consultor do Governo, considerou na semana passada, em entrevista à TVI, que a possibilidade de concessionar a RTP1 a investidores privados era um cenário “muito atraente”, assegurando, contudo, que nada estava ainda decidido sobre o futuro da empresa.

A RTP2 irá “muito provavelmente” fechar, independentemente do cenário a adoptar para o futuro da empresa, em razão do seu avultado custo, para reduzidas audiências, prosseguiu o consultor do Executivo, na mesma entrevista.

Na segunda-feira, a administração da RTP disse que manifestou em “tempo oportuno” junto do Governo a sua discordância perante o cenário de uma concessão da empresa a um privado, como anunciado na semana passada.

“O Conselho de Administração da RTP considera descabido do ponto de vista institucional a divulgação pública de opiniões favoráveis a um dos cenários ainda em análise, sentindo-se por isso obrigado a divulgar publicamente que manifestou, em tempo oportuno, a sua discordância relativamente a este cenário”, aponta o órgão presidido por Guilherme Costa em nota divulgada à imprensa.

Posteriormente, diversos constitucionalistas têm vindo a questionar a eventual inconstitucionalidade da medida preconizada por António Borges.


Novos gestores do IGCP podem ganhar até 500 mil euros por ano - Economia - PUBLICO.PT

Novos gestores do IGCP podem ganhar até 500 mil euros por ano - Economia - PUBLICO.PT

Meio milhão de euros será o limite salarial anual da nova administração do IGCP – a agência nacional para o crédito público – transformada agora em empresa pública.

Foi este o montante total ganho pelos três antigos membros do conselho directivo do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP) em 2011. De acordo com a lei e apesar do regime de excepção que foi concedido a esta entidade, agora presidida por João Moreira Rato, os salários da nova administração não podem ser superiores àquele valor.

Tal como o PÚBLICO avançou ontem, a conversão do IGCP em empresa pública, decidida pelo Governo em Junho, teve impactos no regime remuneratório desta entidade. Enquanto instituto, estaria obrigada a pagar, no máximo, um vencimento igual ao do primeiro-ministro (ou seja, 6850 euros por mês). No entanto, uma vez transformada em empresa, foi englobada num grupo restrito de empresas com direito a excepção.

Os trabalhadores mais empenhados não estão no escritório - Dinheiro Vivo

Os trabalhadores mais empenhados não estão no escritório - Dinheiro Vivo

Porque é que os trabalhadores remotos são mais (sim, mais) empenhados?Se ainda precisa de razões para perceber que o trabalho remoto tem mais vantagens do que desvantagens, a todos os níveis e para todas as partes, depois de ler este texto deixará de precisar. O ditado “Longe da vista, longe do coração” nunca teve um lado tão positivo.
Quem é que se envolve mais e é mais empenhado no seu trabalho e classifica melhor os seus líderes?
A. As pessoas que trabalham na empresa.
B. As pessoas que trabalham remotamente.
Se escolheu A, poderá ficar tão surpreendido como a empresa de investimentos com que trabalhei recentemente, que concluiu ao analisar os resultados de um processo de feedback de 360 graus que a resposta era, na realidade, B.
Os membros da equipa que não estavam no mesmo local que os seus chefes estavam mais envolvidos e empenhados — e classificavam melhor o mesmo chefe — do que os membros da equipa que estavam sentados perto do chefe. Embora as diferenças não fossem enormes (algumas décimas em ambas as categorias), eram suficientes para provocar algumas especulações interessantes em relação ao porquê disto poder estar a acontecer.
Contudo, fazia todo o sentido para mim. Aqui ficam as razões:
A proximidade favorece a complacência. Trabalhei com chefes que estão no mesmo espaço que aqueles que gerem mas passam semanas sem terem qualquer contacto direto significativo com eles. Na verdade, poderão usar o e-mail como a sua fonte principal de comunicação quando estão a menos de 15 metros de distância. Ainda é pior se estão em diferentes partes de um edifício — ou noutro piso. Isto não é mesmo que dizer que estes chefes são, de alguma forma, preguiçosos — só que devido à possibilidade de comunicar ser tão fácil, isto é muitas vezes encarado como um dado adquirido.
A ausência faz com que as pessoas se esforcem mais para comunicar. Quando geri uma equipa de profissionais em nove locais diferentes, fiz questão de contactar deliberadamente cada um deles por telefone pelo menos uma vez por semana, e muitas vezes com mais frequência. Não sou eu que sou uma carta fora do baralho aqui. A maioria dos chefes com quem trabalho faz um esforço adicional para se manterem em comunicação com aqueles com quem não se cruzam habitualmente. Conseguem perceber que tirar apenas alguns minutos para falar sobre o que se está a passar nos seus mundos respetivos antes de tratar das tarefas em mão faz a diferença em manter a ligação com um colega. Além disso, devido ao facto de terem de fazer um esforço para estabelecer o contato, estes chefes podem estar muito mais concentrados na sua atenção a cada pessoa e tendem a estar mais conscientes da maneira como expressam a sua autoridade.
Os chefes de equipas virtuais fazem um melhor uso das ferramentas. Como os chefes de equipas distantes têm de usar videoconferência, mensagens instantâneas, e-mail, voicemail, e sim, o telefone, para estabelecer contato, tornam-se proficientes em múltiplas formas de comunicação, uma vantagem na liderança que os seus pares tradicionais podem muito bem desenvolver mas não de forma automática.
Os chefes de equipas distantes maximizam o tempo que as suas equipas passam em conjunto. Depois de terem que fazer tanto esforço para reunir a equipa, estes chefes querem naturalmente fazer o melhor uso do seu tempo precioso. Eles tratam de filtrar o maior número de distrações possível para se poderem focar no trabalho a ser realizado em conjunto. Também passam normalmente mais do que um dia de trabalho comum em conjunto, socializando em almoços, jantares e atividades planeados. Este nível de atenção concentrada é difícil de replicar no dia-a-dia. Já ouvi de alguns funcionários, que trabalham perto dos seus chefes em equipas em que outros membros trabalham noutro sítio, que a maioria do tempo que passam com o seu chefe é quando os outros aparecem para este tipo de reuniões.
Nada disto equivale a dizer que trabalhar remotamente é melhor do que ir à empresa. Ou que as equipas virtuais são melhores do que as tradicionais. Pelo contrário, estou a sugerir que se encontram exatamente na mesma posição no que diz respeito a isto: alguém que trabalha no mesmo espaço que o seu chefe precisa de tanta comunicação eficaz como alguém localizado num espaço diferente. É que, ironicamente, os primeiros têm menos probabilidades de a obter.