sexta-feira, 22 de julho de 2016

Temperatura média do planeta voltou a bater recordes em Junho - PUBLICO.pt

Pelo 14.º mês consecutivo, em Junho a temperatura ultrapassou a média do século XX.

A temperatura média do planeta atingiu em Junho, um novo recorde dos últimos 137 anos, período desde o qual existem registos globais. Segundo a NOOA – sigla da Administração Nacional para os Oceanos e a Atmosfera, dos Estados Unidos da América, a temperatura média foi, no mês passado, 0,9 graus Celsius superior à medida ao longo do século XX, prolongando para 14 o número de meses consecutivos em que o recorde de temperatura global é batido.

Com este registo, Junho de 2016 ultrapassa o mesmo mês de 2015, que detinha o recorde de temperatura para este período do ano. Numa nota divulgada no seu site esta sexta-feira, esta agência norte-americana acrescenta que, no total seis meses deste ano, a temperatura média global está 1,05 ° C acima da média do século XX. “Esta é a mais alta temperatura para este período”, assinala a NOOA, referindo que ultrapassa em 0,2 ° C o recorde anterior de um primeiro semestre, que tinha sido registado em 2015.

Na mesma nota, a NOOA refere que a temperatura média da superfície oceânica foi também, em Junho, a mais alta do ano, e que este é 34.º mês de Junho consecutivo em que as temperaturas registadas ultrapassam a média do século XX. Numa escala menor, a agência dá conta de que este foi o segundo mês de Junho mais quente em África, desde 1910, e que a extensão de gelo no Ártico esteve 11,4% abaixo da média verificada no período 1981-2010, no que é o pior resultado desde o início das medições, em 1979. No outro pólo, a área gelada no Antárctico diminuiu 64 mil quilómetros quadrados quando comparado com a média do mesmo período, segundo esta fonte.

Em Portugal, o Instituto do Mar e da Atmosfera já tinha anunciado que este tinha sido o quinto mês de Junho mais quente desde 1931, com temperatura média do ar de quase 22 graus Celsius, “muito superior” ao normal. 

"Limpeza sexual". Ele é pago para tirar a virgindade a crianças - DN.pt

Chama-se Hiena e é uma espécie de entidade e autoridade nas zonas rurais do Malaui.

A sua função é realizar "limpezas sexuais", que na prática quer dizer tirar a virgindade a meninas, a pedido dos pais e sendo pago para isso, como manda a tradição no sul deste país.

As raparigas, após a primeira menstruação, devem ter relações sexuais com o Hiena durante três dias para marcar a passagem da infância para a idade adulta, como conta a BBC. Antes de dormirem com o Hiena, as meninas devem aprender como podem ser boas mulheres e como dar prazer a um homem.

"Algumas das meninas têm 12 ou 13 anos, mas eu prefiro as mais velhas", explicou Aniva, um Hiena de cerca de 40 anos que diz ter dormido com mais de 100 meninas. "Todas estas raparigas têm prazer ao ter-me como a 'hiena' delas. Na verdade elas ficam orgulhosas e contam às outras pessoas que este homem é um homem a sério, ele sabe como agradar a uma mulher".

Aniva conta que tem cinco filhos mas admite que pode ter mais espalhados por aí, pois o ritual não permite o uso de preservativo.

Segundo as crenças da zona, caso uma menina recuse dormir com o Hiena, os seus familiares sofrem alguma desgraça ou ficam gravemente doentes. Alguns contam ainda que a rejeição da rapariga pode trazer azar para a aldeia inteira.

A "limpeza sexual", feita para evitar doenças e proteger as famílias da zona pode ser, no entanto, a condenação destas aldeias do Malaui. Aniva confessou à BBC que é HIV positivo e que não conta aos pais das crianças, que pagam entre 4 a 6 euros para ele fazer o ritual.

"Não havia nada que poderia ter feito", contou Maria, uma das jovens que dormiu com o Hiena, ao repórter da BBC.
Aniva, contraditoriamente, afirma que nunca vai deixar que a sua filha seja submetida a este ritual. "A minha filha, não. Não posso permitir isto".

A "limpeza sexual" do Hiena não é só para as meninas. Quando uma mulher fica viúva, por exemplo, deve dormir com o Hiena ainda antes de enterrar o marido, e caso uma mulher tenha um aborto ou seja infértil deve fazer o mesmo tratamento.

Esta tradição está mais associada às áreas remotas e rurais e é criticada tanto pelo governo de Malaui, que lançou uma campanha contra esta "prática cultural prejudicial", como pela igreja e pelas organizações não-governamentais do país.

Aniva, por sua vez, diz que vai deixar de ser Hiena em breve e que a prática deve acabar.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Saiba onde vão estar os radares móveis - JN.PT

Conheça as vias onde vão ser instaladas as 50 cabinas que vão receber os 30 radares móveis do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO), até janeiro próximo.

Autoestradas

Quatro na A1 - Lisboa/Porto
Quatro na A5 - Lisboa a Cascais
Uma na A8 - Lisboa/Leiria, via Caldas da Rainha
Duas na A2 - Lisboa a Albufeira
Duas na A3 - Porto/Valença via Braga
Uma na A4 - Porto/Quintanilha
Uma na A41 - Porto/Matosinhos
Uma na A7 - Póvoa de Varzim/Vila Pouca de Aguiar
Duas na A24 - Coimbra/Vila Verde da Raia
Três na A25 - Aveiro/Vilar Formoso
Duas na A28 -- Porto/Valença, via Viana do Castelo
Três na A29 - Angeja, no concelho de Albergaria-a-Velha/Vila Nova de Gaia.

Itinerários Principais

IP 3
 - Vila Verde da Raia/Figueira da Foz
IP7 - Lisboa/Caia

Itinerários complementares

IC 17 - Algés/Sacavém
IC 19 - Lisboa/Sintra
IC 20 - Almada/Costa de Caparica
Estradas Nacionais
Duas na N.º 1 - Lisboa ao Porto
Uma cada uma das estradas nacionais 04, 06, 10 e 223, além de duas cabinas na EN 06-3.

Estrada regional

Três na 125

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Pequenas plantas testemunham que Lisboa ficou mais respirável nos últimos 30 anos - PUBLICO.PT

Estudo feito a partir de biomonitores, que vivem nas árvores, revela que a qualidade do ar na área metropolitana de Lisboa melhorou. Monsanto é o "pulmão" da cidade, já a Avenida da Liberdade é a zona mais poluída.
Os biomonitores permitiram avaliar a qualidade do ar em Lisboa. DR

qualidade do ar da área metropolitana de Lisboa melhorou nos últimos 30 anos. É o estudo do cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais e do Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC) em colaboração a Faculdade de Ciências e do Instituto Superior Técnico, da Universidade de Lisboa, divulgado esta segunda-feira, que o diz. Em primeiro lugar está Monsanto, como o “pulmão” da cidade. A Avenida da Liberdade é apontada como a "zona mais problemática". Como se chegou a esta conclusão? Pela utilização de biomonitores, como os líquenes e os briófitos, que dão resposta às modificações no meio ambiente e acumulam as substâncias poluentes.
"A qualidade do ar melhorou em Lisboa devido às regras ambientais e à preocupação ambiental que foi aumentando nestes últimos 30 anos”, afirma Palmira Carvalho, investigadora em líquenes, uma associação entre fungos e algas que muitas vezes são os responsáveis pela cor alaranjada dos telhados. Já os briófitos, também incluídos no estudo, são pequenas plantas que não têm um estrutura que transporte água e nutrientes, como os musgos.
De acordo com Palmira Carvalho, citada em comunicado, o local onde se verificou maior diversidade florística, sendo possível atribuir-lhe a designação de “pulmão” da cidade, foi Monsanto, seguido das áreas suburbanas da Península de Setúbal. A Avenida da Liberdade foi a zona onde se verificou o menor número de espécies. Ao todo, foram encontrados 163 líquenes e 48 briófitos na área metropolitana de Lisboa. Em comunicado de imprensa, é salientado que algumas espécies consideradas raras na região foram encontradas no centro da cidade.
A investigadora e coordenadora do estudo, Cecília Sérgio, afirma que esta é a prova que o metabolismo dos líquenes e briófitos podem contribuir para a avaliação da qualidade do ar. O estudo demonstra que os valores de gases poluentes, como o dióxido de enxofre, se alteraram e são muitas vezes inferiores ao regulamentado. A conclusão é que antes eram “valores altíssimos, no entanto agora são bastante mais baixos”, revela a investigadora.
Mas há outros motivos para esta diminuição. Há uns anos, o Seixal e o Barreiro tinham indústrias com um peso substancial na poluição do ar. “Neste momento todas as restrições e regulamentação ambiental modificaram a qualidade do ar para melhor ou bastante boa”, esclarece Cecilia Sérgio. Contudo, a investigadora aponta que também foram encontrados no local outro tipo de poluentes, como poeiras, que se instalaram em árvores e permitiram a permanência dos biomonitores. “Foram também detectadas muitas espécies que apareceram de novo, no entanto, isso nem sempre quer dizer que corresponde a muito boa qualidade do ar”, afirmou, salientando que estas alterações podem ocorrer pelo aumento de “compostos azotados ou outros factores ecológicos”.
Por isso, “será importante refazer este estudo com a mesma metodologia num futuro próximo para avaliar possíveis alterações”, alerta a Palmira Carvalho, destacando a emergência de se avaliar se novas políticas ambientais, como as relativas ao tráfego, foram eficazes ou não.
O estudo foi publicado na revista científica Ecological Indicators e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Os resultados foram recolhidos entre 1980-1981 e entre 2010-2011.