segunda-feira, 27 de maio de 2013

A Nebulosa do Anel registada com o maior detalhe de sempre - JN

A Nebulosa do Anel registada com o maior detalhe de sempre - JN

O "Hubble" conseguiu a fotografia mais detalhada e com mais qualidade de sempre da Nebulosa do Anel. A fotografia mostra detalhes nunca vistos da nebulosa e permite um melhor estudo sobre a morte do Sol.
A Nebulosa do Anel, também conhecida como Messier 57, é uma das mais míticas criações do nosso Universo. A nebulosa está localizada na constelação de Lira, a cerca de dois mil anos luz da Terra.
A imagem combina registos feitos em luz visível pelo telescópio espacial "Hubble", da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA), com dados infravermelhos do Grande Telescópio Binocular, instalado no Arizona, nos Estados Unidos, que permitiram aos cientistas construir um modelo em 3D que mostra a verdadeira forma da nebulosa.
 
foto NASA
A Nebulosa do Anel registada com o maior detalhe de sempre
 
A nebulosa apresenta uma forma oval, quando antes se considerava que fosse redonda em azul brilhante. O brilho é causado pela presença de hélio.
No centro da nebulosa encontra-se uma estrela anã branca - a evolução final de uma estrela como o Sol, por exemplo - que deverá morrer dentro de 10 mil anos. A nova imagem registada pelo "Hubble" revela detalhes nunca vistos antes e vai permitir um melhor estudo sobre a morte do Sol que deverá acontecer dentro de seis mil milhões de anos.
As novas observações do "Hubble" revelam detalhes de um gás brilhante que se foi formando em volta da estrela anã. Este astro pareceu-se, em tempos, com o Sol mas ao longo de milhares de milhões de anos foi queimando o seu combustível de hidrogénio e perdeu as camadas externas de gás. Nos próximos 10 mil anos, a estrela anã branca deverá ficar cada mais fraca até se fundir com o meio interestelar.
C. Robert O' Dell, comparou a nebulosa a um donut. "Não é como um bagel, mas como um donut de geleia, pois está cheia de matéria no meio". O investigador da Universidade Vanderbilt em Nashville, no Tennessee lidera uma equipa, que envolve instituições como as universidades do Arizona, do Kentucky e Autónoma do México, que utiliza o Hubble para melhor estudar essa área do Universo.
A nebulosa que é alvo de várias investigações por parte de astrónomos amadores, mede cerca de um ano-luz de diâmetro e expande-se a uma velocidade de 69 mil km/h. As cores, facilmente detetáveis na imagem, indicam diferentes temperaturas de gás, sendo o azul a temperatura mais quente e o vermelho o mais frio.
Esta nova descoberta, além de significar um avanço na ciência, funciona ainda como um meio de conseguir informações sobre a morte do Sol que acontecerá daqui a seis mil milhões de anos.
A Nebulosa do Anel, ou Messier 57 foi descoberta em 1779 pelo astrónomo Antoine Darquier de Pellepoix, tendo sido a segunda nebulosa a ser descoberta. Poucos dias depois, Charles Messier também redescobriu o objeto espacial. Ambos os astrónomos "tropeçaram" na nebulosa quando seguiam a trajetória de um cometa através da Constelação de Lira, onde se situa a nebulosa.

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