quarta-feira, 29 de maio de 2013

Recessão portuguesa em 2013 será mais profunda que o previsto - JN

Recessão portuguesa em 2013 será mais profunda que o previsto - JN

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) espera que a economia portuguesa tenha uma recessão mais profunda este ano, de 2,7% do PIB, e que cresça menos em 2014 que o esperado pelo Governo e pela 'troika'.
 
foto DIANA QUINTELA/GLOBAL IMAGENS
Recessão portuguesa em 2013 será mais profunda que o previsto
Vítor Gaspar, ministro das Finanças, e Jeoren Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo
 
De acordo com o relatório 'Economic Outlook' hoje divulgado (com as perspetivas globais da instituição, publicado duas vezes por ano), a organização espera que a recessão seja maior em 0,4 pontos percentuais face à última estimativa do Governo e da 'troika' (composta pelo Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) que previam um recuo de 2,3%.
A organização espera também que a economia cresça menos que o esperado em 2014, mesmo após a queda mais profunda este ano, também aqui menos 0,4 pontos percentuais que na estimativa da 'troika' e do Governo. A OCDE espera um crescimento marginal na ordem dos 0,2%, enquanto o Governo, no Documento de Estratégia Orçamental apresentado no mês passado, previa um crescimento de 0,6%.
Para esta queda deverão contribuir as perspetivas mais negativas da organização para a procura interna, onde a OCDE espera uma contração de 5,1% este ano (contra 4,1% da previsão do Governo) e de -1,5% em 2014 (contra -0,1% esperados pelo Governo).
A organização espera também um quadro muito mais negativo para o investimento, esperando uma contração de 10,6% este ano (contra 7,6% esperados pelo Governo) e de 0,7% em 2014 (Governo espera -0,1%).
Este cenário mais pessimista surge apesar de a OCDE esperar um crescimento das exportações mais expressivo que o esperado pelo Governo, mais 0,6 pontos percentuais este ano para 1,4% e igual valor em 2014, para 5,1%.
Já as expectativas quanto à taxa de desemprego são praticamente iguais ao que o Governo espera desde o final do mês passado, atingindo os 18,2% este ano e 18,6% no próximo ano, mais 0,1 pontos percentuais que na projeção do executivo.

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