sexta-feira, 31 de maio de 2013

Razia na gestão da Caixa Geral de Depósitos - Economia - Sol

Razia na gestão da Caixa Geral de Depósitos - Economia - Sol

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) tenta hoje pôr termo a um período conturbado na gestão do banco, com uma renovação quase total da equipa de administradores. A assembleia geral do banco vai aprovar os novos nomes e apenas o presidente-executivo, José de Matos, e o administrador Nuno Fernandes Thomaz devem escapar à ‘chicotada psicológica’.
Embora a presidência executiva se mantenha, haverá um novo chairman, em substituição de Faria de Oliveira. O novo presidente do Conselho de Administração é Álvaro Nascimento, até agora director da Faculdade de Economia e Gestão da Católica do Porto.
O gestor é apontado como próximo do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, também originário daquela cidade nortenha. Já desempenhava funções de administrador não executivo do banco.
Nuno Fernandes Thomaz, por seu turno, deverá ser promovido. O gestor próximo do CDS-PP ocupava até agora o cargo de administrador do banco e vai subir a vice-presidente.
A nova Comissão Executiva será ainda integrada por José João Rodrigues, ex-administrador do BCP, e Maria João Carioca, da SIBS, segundo avançava ontem o Público.
A equipa tem ainda quadros do Banco de Portugal da confiança de Vítor Gaspar. A directora do Departamento de Estudos Económico do Banco de Portugal, Ana Cristina Leal, é um desses casos: deverá ser hoje nomeada administradora do grupo.
Vaga de renúncias
As novas caras da CGD são conhecidas depois de um período turbulento no banco, com críticas à gestão, a braços com problemas em operações internacionais, como Espanha e Brasil, e de exposição ao crédito mal parado.
O primeiro sinal de mal-estar surgiu no final do ano passado, com a resignação de António Nogueira Leite como administrador do grupo. Mas nos últimos dias os pedidos de demissão sucederam-se. Faria de Oliveira confirmou esta semana que havia pedido para sair, e o mesmo terá sucedido com Pedro Rebelo de Sousa – que terá até manifestado essa intenção há mais de um mês.
Os administradores Rodolfo Lavrador e Norberto Rosa também deverão estar de saída da Caixa. A nova equipa de gestão do grupo foi dada como um tema em discussão no Conselho de Ministros de ontem, mas o ministro Marques Guedes garantiu que não. “A CGD é uma sociedade anónima e essa decisão cabe à assembleia geral do banco”.

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