A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) vai lançar novos leilões de eletricidade proveniente do excesso de produção renovável, como as eólicas ou a cogeração.
O objetivo é que esta eletricidade que é produzida e não é consumida seja comprada por comercializadores do mercado livre que não tenham produção elétrica própria para que depois a possam vender aos consumidores.
Uma vez que se trata de um leilão, os preços serão mais baixos do que comprando essa energia no mercado spot (como se fosse num supermercado de eletricidade) e como tal isso pode depois refletir-se nos preços que os consumidores finais pagam.
Os leilões decorrerão em 2013 e 2014 e terão um volume global de energia elétrica que corresponde a 13% do consumo nacional e será o suficiente para abastecer 1,9 milhões de consumidores residenciais, diz a ERSE em comunicado.
Em 2012, o primeiro ano de implementação dos leilões, a energia à venda foi comprada por dez agentes do mercado, permitindo poupar cerca de 17 milhões de euros ao consumidor, explica ainda a ERSE.
O regulador divulgou ainda hoje, no âmbito das celebrações do Dia Mundial da Energia, que recebeu 234 candidaturas ao Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Elétrica (PPEC), de 72 entidades candidatas que ascendem a um valor global de financiamento de 31,5 milhões de euros.
Estas medidas são para aplicar em empresas durante este ano e em 2014, mas têm ainda de ser aprovadas pela ERSE e pela Direcção Geral de Energia (DGE), sendo que, segundo o comunicado da ERSE, só serão escolhidas as candidaturas que tiverem o melhor custo-benefício.
No Plano de Eficiência de 2011 e 2012 os benefícios conseguidos ascenem a 115 milhões de euros, superando os custos que a ERSE não divulga no comunicado.
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