segunda-feira, 27 de maio de 2013

Um dos maiores roubos de sempre: como eles "limparam" 45 milhões em dois dias - Dinheiro Vivo

Um dos maiores roubos de sempre: como eles "limparam" 45 milhões em dois dias - Dinheiro Vivo


O método é conhecido nos meandros do ciber-crime como "Operações Ilimitadas" e está agora associado a um dos maiores roubos de sempre através da internet: em dois ataques, um grupo internacional  de hackers conseguiu roubar 45 milhões de dólares (34,7 milhões de euros), através da manipulação de cartões de crédito e levantamentos feitos em milhares de caixas ATM.

Num dos ataques, em apenas dez horas, a organização conseguiu roubar 40 milhões de dólares (30,9 milhões de euros) através de levantamentos em 24 países, num total de 36 mil transações. "Em vez de armas e máscaras, os ciber-criminosos utilizaram computadores e a internet", disse a procuradora de Nova Iorque, Loretta Lynch.
Veja aqui a infografia do esquema utilizado pelos ladrões. 
Os dois roubos "de precisão cirúrgica", um em Dezembro e outro dois meses mais tarde, envolveram pessoas de mais de vinte países. A 19 de Fevereiro, a organização conseguiu fazer quase três mil levantamentos, num total de 2,4 milhões de dólares (1,8 milhões de euros). 
Os piratas informáticos recorreram a sofisticados meios de manipulação financeira, conseguindo aumentar o saldo disponível e limites ao levantamento de cartões de débito pré-pagos, emitidos pelo Bank of Muscat e pelo Banco Nacional de Ras Al Khaimah PSC (RAKBANK), dos Emirados Árabes Unidos. 
De acordo com as investigações, os autores do crime distribuíam depois cartões de débito falsificados para "cashers" em todo o mundo, permitindo-lhes desviar milhões de dólares de caixas ATM em apenas horas. 
Ao todo, o grupo realizou 40.500 levantamentos em 27 países e a investigação foi agora alargada ao Japão, Canadá, Alemanha, Roménia, Emirados Árabes Unidos, República Dominicana, México, Itália, Espanha, Bélgica, França, Reino Unido, Estónia, entre outros. 
A polícia deteve sete homens, agora acusados pelo departamento de Justiça norte-americano de pertencerem à célula de Nova Iorque. O cabecilha da rede terá sido assassinado em Abril, na República Dominicana, mas as autoridades admitem a existência de outros envolvidos fora dos EUA. 
Até porque, segundo os investigadores, o método utilizado implica a participação de várias dezenas de hackers, alguns dos quais altamente especializados em furar sistemas bancários. "Basta-lhes encontrar uma pequena vulnerabilidade para causar milhões de dólares de prejuízo", disse Mark Rasch, procurador federal especializado em ciber-crime. 

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