terça-feira, 14 de maio de 2013

Aumento de 50% nos pedidos de reforma na função pública - Economia - DN

Aumento de 50% nos pedidos de reforma na função pública - Economia - DN

Quase 50 mil funcionários públicos pediram reforma no ano passado, o que representa um aumento de mais de 50% face ao ano anterior, segundo o Relatório e Contas da Caixa Geral de Aposentações.
A maioria dos pedidos -- que totalizaram 47.797 -- foi apresentada nos últimos três meses de 2012, refletindo a vontade de evitar o aumento da idade de reforma e os cortes nos montantes das pensões.
De acordo com o documento, o "afluxo excecional de pedidos, ocorrido no final de 2012, foi desencadeado pelo conhecimento prévio do agravamento das condições de passagem à aposentação a partir de 2013 (...), sendo que os pedidos entrados em 2012 têm garantidas as condições de aposentação vigentes no ano".
Apesar deste número de pedidos de reforma, a CGA atribuiu, no ano passado, 20.734 novas pensões, o que significa menos 12,2% do que em 2011.
No entanto, refere o relatório, a diminuição seria de 8,6% se não fossem contabilizadas as 938 pensões de pessoal da PT Comunicações oriundo da Companhia Marconi, que transitaram para a CGA em 2011.
Destas quase 21 mil novas pensões atribuídas, o maior aumento relativo foi registado nas Forças Armadas, onde o crescimento de novos reformados foi de 80,4%.
Em termos absolutos, o número de pensões atribuídas neste setor aumentou de 831 em 2011 para 1.499 no ano passado.
Em contrapartida, a Administração central e as Empresas Públicas registaram decréscimos do número de reformas atribuídas pela CGA, tendo no primeiro caso sido contabilizada uma queda de 25,7% e, no segundo, de 32,9%.
Nos últimos cinco anos, o número de pensões atribuídas ascende a 113.611, o que corresponde a um quarto do total de reformados da CGA.
Das 20.734 pensões atribuídas no ano passado, 36,3% foram antecipadas e tiveram uma penalização média de 12,2%.
De acordo com o mesmo documento, no final do ano passado, 70% das pensões pagas pela CGA tinham valores inferiores a 1.000 euros e 27,3% estavam entre os 1.000 e os 2.000 euros.

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