sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Suspeito de ser o 'estripador de Lisboa' acusado de homicídio - EXPRESSO

Alegado 'estripador de Lisboa' acusado de homicídio de jovem em Aveiro. Ministério Público pede julgamento de júri.

 José Guedes, o homem que assumiu publicamente ser o 'estripador de Lisboa' e depois negou tudo, foi acusado de homicídio qualificado de uma jovem em Esgueira, Aveiro, em janeiro de 2000.

De acordo com o despacho de acusação, José Guedes abordou a rapariga, entre os dias 13 e 16 de janeiro, com a intenção de manter relações sexuais pagas e  conduziu-a até uma casa em construção. Aí, golpeou-a várias vezes na cabeça e apertou-lhe o pescoço até a matar, abandonando depois o corpo no local, despido da cintura para baixo e com os braços abertos. Como se a rapariga estivesse crucificada.

José Guedes não foi o primeiro suspeito do caso, tendo a PJ detido um outro homem, que acabou por ser libertado devido a exames feitos ao seu ADN, que não correspondia com o encontrado no local. O processo, refere o Ministério Público, foi arquivado em março de 2002 e nunca mais foi consultado.

No entanto, quando foi entrevistado pelo jornal "Sol", em dezembro do ano passado, José Guedes tinha conhecimento de vários pormenores nunca divulgados sobre o crime.

Além da acusação de homicídio qualificado, José Guedes irá também responder, em tribunal de júri defende o MP, por um crime de fogo posto, por ter incendiado a casa de um vizinho em 2006, depois de um jogo de futebol em que a seleção portuguesa perdeu com a França.
Personalidade antissocial

Durante a investigação, além de um conjunto de facas arrumado no móvel da sala, a polícia apreendeu vários documentos a José Guedes - que é descrito como sofrendo de perturbação de personalidade antissocial e tendo ideias homicidas, sendo capaz de planear e executar de forma fria atos violentos contra terceiros. O arguido, segundo a acusação, manifesta uma animosidade especial contra prostitutas.

Sobre os três homicídios atribuídos ao 'estripador de Lisboa', no início dos anos 90, o Ministério Público optou por deixar tudo em aberto. Os crimes já prescreveram, o que impossibilita a sua investigação no âmbito deste processo. No entanto, o procurador que assina a acusação confirma que o diário de José Guedes tem várias referências coincidentes com os factos que constam dos processos. Ou seja, mantem-se a dúvida sobre se Guedes é o estripador.
Poliana Pinto Ribeiro, advogada de José Guedes, disse ao Expresso que vai começar a trabalhar. "Temos de analisar as provas para contrariar o que consta da acusação. O arguido sempre negou os factos perante as autoridades judiciais. Ele não se remeteu ao silêncio", referiu. 

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