segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Poupança. Escolha os produtos com melhor remuneração | iOnline

Poupança. Escolha os produtos com melhor remuneração | iOnline

Nas vésperas de comemorar o Dia Mundial da Poupança, 31 de Outubro, o i faz uma ronda pelos principais produtos de investimento e respectivas remunerações para que possa escolher a melhor oferta. Apesar da crise e dos rendimentos mensais serem cada vez mais curtos, Susana Albuquerque, secretária-geral e coordenadora dos programas de educação financeira da ASFAC, admite ao i que, “na esmagadora maioria dos casos ainda existe margem para poupar, mas isso exige uma alteração de hábitos ou mesmo de estilo de vida”. Para o melhor ajudar nesta tarefa, a responsável aconselha os potenciais investidores a definirem um montante para a poupança e a incluirem esse valor no seu plano mensal de gastos. Investir nos produtos sem riscos é apontada como a melhor aposta para que haja uma garantia de que o dinheiro está de facto a ser rentabilizado. Depois de ter a base da sua poupança neste tipo de produtos então Susana Albuquerque aconselha a investir 10%, e não mais do que isto, em produtos com maior risco, como obrigações ou acções de grandes empresas.

3% Taxa média praticada pelos bancos - Depósitos a prazo
Menos adeptos Continua a ser um dos instrumentos de poupança preferidos pelos portugueses, mas tem vindo a perder adeptos. O rendimento mensal mais curto dos consumidores, a forte concorrência de outros produtos de poupança e as reduções de remuneração praticadas pelos bancos explicam esta tendência de queda. De acordo com os últimos dados do Banco de Portugal, os depósitos das famílias caíram para 131 397 milhões de euros em Agosto, depois de dois meses consecutivos a subir. Mas os bancos continuam a apostar nesta oferta. Por um lado, conseguem atrair capitais e, por outro, fidelizar os clientes. A Deco considera que estes “são o melhor destino a dar às poupanças para precaver imprevistos e a simplicidade das contas à ordem é o seu trunfo”, mas alerta “as diferenças nos juros são substanciais de banco para banco, é preciso escolher bem”.
2,4% Taxa anual nominal líquida das séries B e C para Outubro - Certificados de Aforro
Mais atractivos O novo prémio de permanência melhorou a atractividade deste produto, mas mesmo assim não convence os investidores. Só em Setembro foram resgatados 90 milhões de euros deste instrumento de poupança e foram subscritos apenas 52 milhões de euros, o que resulta numa saída líquida de 38 milhões de euros. Recorde-se que os Certificados  da série B
foram “encerrados” em 2008 (ou seja deixaram de receber novas entradas de dinheiro), mas quem os manteve estava com uma taxa de juro ilíquida a rondar os 2,2808%. Este “bónus” de 1% vai vigorar até Dezembro de 2016 e, a este
valor, acresce ainda a taxa de juro que é calculada em função da Euribor.  A Deco lembra que “a taxa-base está num valor tão baixo que, mesmo com o prémio, o rendimento deste produto do Estado fica aquém dos melhores depósitos a prazo”.
2,3% Remuneração média dos seguros PPR de capital garantido - Plano Poupança Reforma
Mau negócio Para a Deco investir em Planos Poupança Reforma (PPR) é um mau negócio. “Estão menos interessantes do ponto de vista fiscal, rendem abaixo de muitos depósitos a prazo e cobram comissões superiores às dos fundos mistos”, admite a associação, acrescentando ainda que, hoje em dia, os PPR não são mais do que fundos mistos com menor liquidez e comissões elevadas, que penalizam a rentabilidade.
No ano passado, os seguros PPR de capital garantido renderam, em média, 2,3%
líquidos. Já os seguros sem capital garantido perderam 2,7%. A associação aconselha, para quem já tem um PPR, que deixe de fazer novas entregas e transfira o capital para um plano mais rentável e com menos custos ou, em alternativa, resgate o saldo do PPR para pagar as prestações da casa, algo que será possível dentro de pouco tempo.
4,7% Taxa anual líquida oferecida pela REN - Obrigações de empresas
Maior procura Depois da euforia dos depósitos a prazo, agora é a vez das emissões obrigacionistas portuguesas invadirem o mercado de investimentos. Geralmente é necessário investir mil euros, mas os juros podem atingir os 6%, enquanto os prazos variam entre os três e os quatro anos. A fórmula é simples: os particulares conseguem taxas de juro mais interessantes do que na maioria dos produtos de poupança e as empresas garantem uma alternativa de financiamento. Mas é preciso contar com riscos. Em casos extremos, se a empresa falir, os investidores perdem o dinheiro. Além disso, só deve investir se não precisar do dinheiro antes das emissões atingirem a maturidade. “É um erro crasso pensar que se trata de uma alternativa aos depósitos. O risco é mais elevado, há custos de transacção e a mobilização antecipada pode revelar-se um desastre”, diz a Deco.
18% Rendimento anual líquido oferecido em Julho para quem adquiriu Obrigações do Tesouro (OT) em Novembro
Remuneração caiu Há um ano, as rentabilidades eram superiores a 10% quando a desconfiança dos investidores face a Portugal atingiu o seu máximo. Agora os rendimentos são mais modestos mas, mesmo assim, a Deco continua a considerar “uma boa opção de médio e de longo prazo se forem mantidas até à data de vencimento, acrescentando ainda que este produto “é um caminho incontornável para quem queira rentabilizar as suas poupanças”. A explicação é simples: os investidores recuperaram parte da confiança em Portugal e a maior procura de OT levou ao aumento das cotações e à diminuição das rentabilidades. Mas conte sempre com um nível de risco: “embora consideremos improvável, a hipótese do Estado entrar em incumprimento financeiro não é nula”. O investimento em OT não deve ultrapassar os 20% das poupanças.
1320,1€ Valor em euros por 1 onça troy (onça troy=31,103481 grama), segundo os dados do Banco de Portugal (BdP) a 26 de Outubro - Ouro
Resposta à crise É uma referência durante as épocas de crise, principalmente quando se vive instabilidade no sector financeiro e na dívida pública. Mas nem tudo é simples: “o brilho do ouro poderá eclipsar-se porque não há garantia de rendimento futuro”. É necessário respeitar regras, como ter cuidado com o local onde a aquisição for feita e o preço do ouro . Como investir? Pode apostar em barras (com pesos entre
2,50 gramas e 12,50 quilos). Em Portugal, o peso do ouro expressa-se em euros por grama e as cotações derivam de Londres, onde o preço é fixado em dólares por onça (31,1 gramas). Pode também optar por investir em moedas. A libra esterlina e os reis portugueses são as mais populares. Para investir indirectamente pode apostar nos fundos de investimento: exchange -traded funds (ETF) e warrants são as opções preferidas dos portugueses.
12,7% Valorização das acções da Proteste Investe de Janeiro até Setembro - Bolsa
~Mais arriscado  O investimento directo na bolsa ainda assusta muitos portugueses. Pode representar um negócio, mas o risco é sempre elevado. O investidor pode fazer a compra individualmente quando escolhe directamente as acções que deseja ou através de fundos de acções, ao adquirir unidades de participação de um destes instrumentos. Os especialistas aconselham os interessados a fazer este investimento a prazo (pelo menos a cinco anos) para ultrapassar as flutuações do mercado. Não se esqueça da regra do “dividir para reinar”: ao escolher títulos de diferentes países e sectores, consegue reduzir as flutuações do investimento. Tenha em
conta o intermediário financeiro, uma opção acertada pode significar uma poupança de muitos euros. Para isso, recorra aos vários simuladores que existem. 

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