quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Saiba onde os ministros aplicam as suas poupanças - ECONÓMICO

Fundos de investimentos e PPR entre as soluções preferidas pelos membros do Governo.
Há planos de poupança reforma, carteiras de acções e fundos de investimento. Entre os governantes há quem tenha no imobiliário a garantia de uma reforma confortável. Afinal como guardam e onde investem os governantes as suas poupanças? Planos de Poupança Reforma, fundos de investimento e carteiras com acções estão entre os métodos favoritos para quem entrou no Governo, mesmo sabendo que iria perder dinheiro.
Paulo Macedo trocou a vice-presidência do Millennium bcp pelo regresso à Administração Pública. Já tinha sido director-geral de Impostos, agora foi o desafio para ser ministro da Saúde que o fez deixar o sector privado. Esse, segundo a declaração de rendimentos que entregou no Tribunal Constitucional, rendera-lhe 819.899,96 euros, um recorde entre os seus parceiros de Governo. Mas Paulo Macedo não é conhecido por tomar decisões irreflectidas e à entrada para o Executivo já tinha as finanças pessoais bem organizadas: 180 mil euros num fundo de pensões, 213 mil em fundos de investimento, perto de cem mil euros em acções do BCP e cerca de 50 mil em PPR. A provar que para Macedo a poupança não é de agora os 550 contos guardados em Certificados de Aforro.
Também Miguel Relvas tem nos fundos de investimento e nas acções o porto de abrigo. Além de 105 mil euros em acções do BCP, Brisa e EDP, o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares tem pouco mais de 124 mil euros aplicados em fundos. Uma solução que não convence o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que prefere os depósitos a prazo - espalhados entre a Caixa Geral de Depósitos, o BBVA e o Santander - e os títulos da EDP e da Cimpor. Mas há um departamento em que Gaspar está à frente dos seus colegas de Governo: os automóveis. O responsável pelas Finanças tem dois Mercedes (B A200) e um BMW (530d), um frota capaz de embaraçar Paulo Portas, que registou um Volkswagen Touareg, Miguel Macedo, que tem um BMW série 3 e um Jaguar XF, e até o próprio primeiro-ministro que em seu nome, além de dois apartamentos em Massamá - um T2 e um T4 -, apenas registou a posse de um Opel Corsa. Mulher de família e mãe de três, Assunção Cristas tem registadas duas carrinhas: uma Volvo V70 e uma Ford Galaxy.
Mas nem só o mundo das aplicações financeiras serve de abrigo aos membros do Governo. Paula Teixeira da Cruz, ministra da Justiça, tem cinco imóveis - Lapa e Campo Grande em Lisboa, Albufeira, Porto e ainda um prédio rústico em Avis - além de uma verba superior a 610 mil euros depositada no BCP e de cerca de 290 mil no Deutsche Bank. O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar Branco, lidera tendo em seu nome 14 registos de imóveis entre Braga, Porto e Guimarães, na maioria obtidos através de herança. Mas na sua declaração outro ponto salta à vista: entre 2008 e 2010, Aguiar Branco esteve ligado a 24 empresas.
Os activos dos governantes
Passos Coelho
Em seu nome, o primeiro-ministro apenas declarou dois apartamentos em Massamá e um Opel Corsa. Tem dois empréstimos a rondar os 260 mil euros.
Paulo Portas
A conta solidária do líder do Partido Popular ronda os 160 mil euros. No ano anterior à entrada no Governo, Portas declarou 51 mil euros de rendimentos.
Vítor Gaspar
Dois Mercedes e um BMW, completam a frota do ministro das Finanças que tem títulos da EDP e da Cimpor e depósitos a prazo a rondar os 655 mil euros.
Miguel Relvas
Fundos de investimento e acções do BCP, da Brisa e da EDP fazem o pé de meia de Miguel Relvas. Na frota, um Mercedes CLS 320.
José Pedro Aguiar Branco
Fruto de heranças, Aguiar Branco declarou 14 registos de imobiliário na declaração ao Tribunal Constitucional. Entre 2008 e 2010, o ministro esteve ligado a 24 empresas.
Paula Teixeira da Cruz
Tem cinco imóveis, na Lapa e Campo Grande, em Albufeira, Porto e ainda um prédio rústico em Avis. Tem ainda mais de 900 mil euros depositados em bancos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário