domingo, 21 de outubro de 2012

Passos Coelho: "Orçamento pode ser melhorado" - EXPRESSO

O primeiro-ministro defendeu que tem uma "responsabilidade muito grande", pelo que não vai "alimentar polémicas" sobre a coesão do Governo e sublinhou que o Orçamento pode ser "melhorado"


O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou ontem após o Conselho Nacional do PSD, que não vai alimentar nenhuma ideia relacionada com  afalta de coesão do Governo ou e de comprometimento com as metas definidas.
"Não vou alimentar nenhuma polémica sobre a coesão do Governo. Sou primeiro-ministro, tenho uma responsabilidade muito grande em conduzir a política do Governo numa altura crítica da vida do país e portanto não posso nem alimentar especulações, nem fazer comentários", disse Passos Coelho.
"Não vou também de alguma maneira manter viva na comunicação social ou contribuir para manter viva na comunicação social qualquer ideia relacionada  com falta de coesão do Governo ou falta de comprometimento com as metas que temos traçadas", acrescentou.
Sobre o Orçamento do Estado (OE) para 2013, o primeiro-ministro declarou que foi resultado do trabalho de todo o Executivo e que corresponde às exigências da troika.
"O Orçamento que o Governo apresentou não foi uma parte do Governo, foi todo o Governo que apresentou à Assembleia da República, e que corresponde àquilo que nós negociámos com os nossos credores no 5º exame regular", disse Passos, sublinhando que a margem de manobra para alterações no OE é reduzida, ainda que possa ser melhorado.

Margem pequena para alterações

"Desse ponto de vista reitero a margem para poder introduzir alterações nestas questões que são essenciais e que decorrem do compromisso que tivemos com a troika é muito pequeno. Isso não significa que o Orçamento não posa ser melhorado no Parlamento, como sempre sucede todos os anos", explicou.
Passos Coelho defendeu ainda que a aprovação do OE é essencial para que Portugal possa receber os desembolsos necessários pagar os salários e as pensões, para o país poder regressar aos mercados financeiros e  "poder ambicionar uma retoma da economia, do investimento  e do emprego".
Questionado sobre as palavras do parceiro de coligação relativamente ao Orçamento e à coesão do Governo, o primeiro ministro garantiu que o problema não estará no lado do Executivo.
"Não será seguramente do lado do Governo que virá o contributo negativo para a aprovação do Orçamento de Estado, essa é a minha perceção. O Governo está comprometido com aquilo que negociou com a troika", afirmou perentório. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário