sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Seguro diz que vem aí "bomba atómica fiscal", Passos desafia PS a assumir que defende segundo resgate | iOnline

Seguro diz que vem aí "bomba atómica fiscal", Passos desafia PS a assumir que defende segundo resgate | iOnline

O secretário-geral do PS acusou hoje o Governo de propor "uma bomba atómica fiscal" no próximo Orçamento e o primeiro-ministro respondeu que os socialistas, no fundo, querem um segundo resgate e o prolongamento da ´troika' em Portugal.
A questão do próximo Orçamento do Estado para 2013 foi levantada por António José Seguro na parte final do seu debate direto com Pedro Passos Coelho, depois de o líder do executivo ter acusado o secretário-geral do PS de ter memória curta.
António José Seguro contrapôs: "Quem tem memória curta é o senhor primeiro-ministro que prometeu facilidades para ganhar as eleições. Mas o país ficou hoje a saber que vem aí uma bomba atómica fiscal".
Segundo o secretário-geral do PS, os contribuintes portugueses vão pagar mais de 2,5 mil milhões de euros "para tapar os erros da incompetência" do Governo na execução orçamental em 2011.
"Esse nível de impostos que é proposto por um primeiro-ministro que não conhece o seu país", sustentou o líder dos socialistas.
Perante este ataque de António José Seguro, o primeiro-ministro: "Andamos há um ano e três meses atrás de um prejuízo superior a um ponto e meio de desvio orçamental que o Governo a que o senhor pertenceu deixou ao país".
"Diz o senhor deputado [António José Seguro] que vem aí a bomba atómica fiscal e que os portugueses ainda vão ter de pagar o desvio deixado pelo Governo do seu partido. É verdade. O Governo entender que era indispensável fechar esse desvio dentro do país, sem pedir mais dinheiro, sem ter um segundo programa [de assistência financeira]", contrapôs Pedro Passos Coelho, que depois deixou um desafio à bancada socialista.
O primeiro-ministro pediu então a António José Seguro "para ter a coragem de assumir que, de facto, o PS propõe um segundo resgate e que a ´troika' esteja mais tempo em Portugal".
António José Seguro negou: "Essas são as suas palavras e porventura a sua posição, mas não a posição do PS".
"Já reparei que o senhor primeiro-ministro não gosta de falar nos resultados da sua política, porque falhou na receita que está a aplicar em Portugal. Ficará na História como o primeiro-ministro de um Governo que conseguiu mais um ano de ajustamento, mas ao mesmo tempo exigirá mais um ano de austeridade", acrescentou.

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