domingo, 7 de outubro de 2012

David Cameron ameaça vetar orçamento da UE - Economia - PUBLICO.PT

David Cameron ameaça vetar orçamento da UE - Economia - PUBLICO.PT

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, ameaçou neste domingo vetar o orçamento plurianual da União Europeia (UE) para 2014-2020, criticando as tentativas “escandalosas” para aumentar os gastos europeus.

“Se for preciso dizer que não a um acordo que não é bom para o Reino Unido, eu vou dizer não”, disse Cameron em entrevista publicada neste domingo no The Sunday Telegraph, numa altura em que decorre em Birmingham o congresso do Partido Conservador.

O governante diz que não é possível aumentar os gastos comunitários, e reiterou a ideia de um orçamento para a zona euro e um outro para os restantes Estados-membros da UE que não integrem a moeda única.

Os 27 têm vindo a discutir nos últimos meses o orçamento plurianual da UE para 2014-2020. A primeira reunião, no final de Agosto, em Nicósia, Chipre, revelou grandes divergências entre os Estados-membros.

O objectivo, de acordo com fonte da presidência rotativa da UE, este semestre a cargo de Chipre, é “fechar” um acordo até ao final do ano, designadamente na cimeira extraordinária de líderes europeus agendada para 22 e 23 de Novembro.

Os presidentes da Comissão Europeia, do Conselho, do Parlamento Europeu e da presidência rotativa da UE garantiram já que vão desenvolver todos os esforços possíveis para que o orçamento comunitário para o período 2014-2020 seja acordado ainda este ano.

Durão Barroso, Herman van Rompuy, Martin Schulz e o Presidente cipriota, Demetris Christofias, divulgaram uma declaração conjunta, na qual defendem a necessidade de o futuro orçamento europeu “traduzir os objectivos gerais da UE em investimento concreto para o crescimento e emprego”.

A 3 de Setembro, Van Rompuy convocou para 22 e 23 de Novembro uma cimeira extraordinária de líderes europeus, dedicada exclusivamente às negociações sobre o orçamento plurianual 2014-2020.

Em Junho de 2011, a Comissão Europeia apresentou uma proposta de 1083 mil milhões de euros de despesas para o período 2014-2020, o que corresponde a 1,11% do Produto Interno Bruto europeu e um aumento de 5% em relação ao período 2007-2013, contestado por países como o Reino Unido e a Alemanha.

Na altura, o presidente da Comissão, José Manuel Durão Barroso, sustentou que Portugal ficaria “nitidamente a ganhar” se os 27 aprovassem a proposta apresentada de enquadramento do orçamento da UE a partir de 2014, tendo também o Governo português considerado a proposta inicial de Bruxelas “positiva” e uma “boa base” para as negociações.

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