O governo deverá recuar nas medidas anunciadas referentes ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e manter a taxa de salvaguarda, avança a SIC. Estas medidas foram debatidas durante o Conselho de Ministros da passada quarta-feira.
Vítor Gaspar tinha anunciado o fim da cláusula de salvaguarda. Esta cláusula impede que o valor do IMI suba mais de 75 euros em 2013.
Segundo avança a SIC, "é certo que a cláusula não caia", o que impede que o valor do IMI suba vertiginosamente.
Marcelo Rebelo de Sousa, disse ontem que o governo opta pelo “mal menor”, se atenuar o IMI e mantiver a penalização da função pública.
“O governo ponderou duas coisas, o efeito explosivo do IMI e, do outro lado, o efeito, que já se tornou crónico, da função pública a pagar as favas. Deve ter pensado que, apesar de tudo, há mais proprietários e famílias de proprietários do que propriamente funcionários. E os funcionários já estão habituados a sofrer. Portanto, entre dois males, deixa cair aquele que é o mal menor”, afirmou.
Já esta quinta-feira, o líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, afirmou da parte do Governo, "há sinais muito contraditórios” quanto ao IMI.
"Boas novidades não poderão ser dadas aos portugueses, dado os erros que já se cometeram e que vão agora ter de ser pagos. [A duração dessa reunião do Conselho de Ministros] pode ser um sinal de grandes alterações, que esperamos que não signifiquem o agravamento dos sacrifícios, ou pode ser um sinal de impasse, embora eu não saiba o que lá aconteceu", disse Carlos Zorrinho.
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