segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Saiba se compensa subscrever um seguro de saúde | iOnline - Notícias de Portugal, Mundo, Economia, Desporto, Boa Vida, Opinião e muito mais.

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O custo das apólices, as franquias e os períodos de carência continuam a ser vistos como os principais entraves

Evitar as longas filas de espera do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e ter acesso às mais variadas especialidades a preços reduzidos são as principais razões que levam os portugueses a subscrever um seguro de saúde. Daí o mercado ter crescido no último ano acima dos 2,5%. Mas nem tudo são vantagens, já que implica pagar uma mensalidade e, na maior parte dos casos, uma franquia anual.
"Se fizermos bem as contas, acaba por sair caro ao fim do ano. Todos os meses tenho de pagar a apólice e a este valor temos de somar a franquia anual mais o preço das consultas. A não ser que esteja a fazer um tratamento prolongado, sai mais barato pagar pontualmente uma consulta privada", é a opinião de Isabel Ribeiro.
Apesar de reconhecer estas desvantagens, a economista não está a pensar em desistir, sobretudo por razões psicológicas. "Sinto-me bem só por saber que tenho um seguro à mão e posso recorrer a ele a qualquer momento." Este é um dos motivos que acabam por convencer os consumidores, apesar de estarem a ser confrontados com orçamentos familiares cada vez mais asfixiados.
Por isso mesmo, as empresas reconhecem que apesar da actual conjuntura económica, as preocupações com a saúde continuam a ser prioritárias. "Os clientes percepcionam o seguro de saúde como uma mais-valia significativa na sua qualidade de vida. É uma protecção extra em caso de risco de saúde, pelo que estão dispostos a manter este benefício em complementaridade com o Serviço Nacional de Saúde", garante ao i a directora de marketing da Multicare, Rita Sambado.
A responsável lembra ainda que as desvantagens observadas nos seguros de saúde tradicionais estão ultrapassadas através das soluções mais recentes, conhecidas por cartões de acesso às redes. "Esta modalidade apresenta características muito diferenciadoras - não têm períodos de carência, idade limite de subscrição nem idade limite de permanência. Estes produtos, com preços mais acessíveis que os planos de saúde, permitem o acesso à rede de cuidados de saúde a preços convencionados, que têm, em média, uma redução de cerca de 30% em relação aos preços privados."
A verdade é que a oferta é cada vez maior e temos vindo a assistir nos últimos meses à entrada de novos produtos no mercado. A concorrência obriga as empresas a apresentarem seguros com preços mais atractivos e, como tal, mais competitivos.
OFERTA A OK! Teleseguros entrou agora neste mercado e oferece um seguro de saúde a partir dos 6,45 euros por mês, tendo em conta o desconto de lançamento que está em vigor até ao final do ano. Além disso, oferece descontos crescentes em função do número de pessoas do agregado familiar que integram a apólice de seguro. Este começa em 10%, no caso de duas pessoas seguradas, podendo chegar aos 20% para agregados familiares com quatro ou mais beneficiários.
"A oferta na área da saúde integra o seguro OK! Saúde, adaptável às necessidades de cada cliente, tendo por base quatro planos: Simple, Simple+, Plus e Exclusive. Estes incluem do internamento hospital, com capitais de 20 mil a 100 mil euros, a estomatologia ou terapêuticas não convencionais, como a acupunctura ou a homeopatia", revela o administrador delegado da seguradora, Carlos Leitão.
Já a Multicare revela que disponibiliza soluções que se podem adaptar às diferentes necessidades dos seus clientes e dos seus potenciais clientes, daí "o cliente poder escolher, consoante a sua disponibilidade financeira e os seus objectivos de protecção e conforto, entre um plano de saúde convencional, dependendo o preço neste caso de factores como a idade do cliente e o tipo de coberturas e capitais escolhido, diz Rita Sambado. Segundo as contas da responsável, desde o início do ano foram ganhos 20 mil clientes (diferença entre novos contratos e anulações).

Critérios a ter em conta
Identificar necessidades
Antes de escolher o seguro de saúde deve analisar muito bem a oferta e identificar quanto gasta por ano e qual o orçamento que tem disponível anualmente só para esta área. Outro critério a ter em conta é se tem filhos ou, no caso de ser mulher, se está a pensar engravidar.

Forma de pagamento
O valor do seguro poderá ser pago mensal, trimestral, semestral ou mesmo anualmente. A forma de pagamento é estipulada na altura da subscrição da apólice. Analise as diferenças de preço entre as modalidades e escolha a que mais lhe convém.

Descontos
A maioria das seguradoras costuma aplicar um desconto pela inclusão do agregado familiar no seguro, diminuindo o montante do prémio. A desvantagem é que o seguro terá de ser igual para todos, o que nem sempre é o ideal uma vez que há necessidades diferentes, mesmo por causa da idade. Subscrever o seguro numa seguradora onde já tenha outros produtos pode fazê-lo beneficiar de um desconto.

Coberturas
Os seguros de saúde dispõem de várias opções de cobertura: das mais simples às mais completas.

Período de carência
Já existem no mercado algumas opções sem período de carência, mas geralmente quando existe é de 90 dias. Isto significa que, até ter decorrido esse período, o seguro não pode ser utilizado. No entanto, por exemplo, para o parto, o período pode ir até um ano e meio.

Idade
A maioria das companhias de seguros não aceita novas adesões para quem tem mais de 55 anos e não renova o seguro quando se chega aos 65. Informe-se sobre as condições de cada apólice.
Escolha o melhor seguro
Seguro reembolso
Se a sua intenção é escolher os médicos, os hospitais e as clínicas onde é assistido, opte por um seguro de reembolso. O mesmo é válido para quem mora longe dos grandes centros urbanos, onde o número de prestadores de serviços associados à rede de cuidados da seguradora é mais limitado. Primeiro o consumidor paga tudo do seu bolso, mas mais tarde pode reaver uma boa parte se apresentar à companhia os recibos ou facturas.

Seguro de assistência
Se mora na cidade ou nos arredores, opte por um seguro de assistência. Caso recorra aos profissionais e às instituições da rede de cuidados médicos da companhia, esta paga quase a totalidade das despesas abrangidas pelo seguro, até ao limite de capital contratado. Se tiver de ir a outras zonas do país, fica limitado na escolha dos médicos ou pode correr o risco de não encontrar nenhum da companhia.

Seguro misto
Estes são mais flexíveis, pois permitem optar pela rede de cuidados médicos da seguradora ou por serviços fora da rede. É o segurado que decide o que mais lhe convém em cada momento.

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