quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Merkel: Grécia nunca devia ter entrado no euro - Internacional - Sol

Merkel: Grécia nunca devia ter entrado no euro - Internacional - Sol

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou numa acção de campanha para as legislativas alemãs que a Grécia nunca deveria ter entrado na zona euro e responsabilizou o seu antecessor social-democrata Gerhard Schröder por esse erro.
Quando falta menos de um mês para as eleições legislativas de 22 de Setembro, Angela Merkel endureceu o seu discurso eleitoral e culpou os principais rivais políticos, o Partido Social-Democrata (SPD) e Os Verdes, de terem consentido, em 2001, a adesão da Grécia ao euro, contribuindo assim para fragilizar a estabilidade da moeda única e para os actuais problemas que assolam a Europa.
"A crise surgiu ao longo de vários anos, devido a erros na fundação do Euro - por exemplo, a Grécia nunca deveria ter sido admitida na zona euro", afirmou Merkel, num comício eleitoral na noite de terça-feira na cidade de Rendsburg, no Estado federado de Schleswig-Holstein (norte), e que foi transmitido pelo canal noticioso alemão NTV.
A chefe do governo alemão, que procura um terceiro mandato, culpou mais especificamente os governos de coligação entre o SPD e Os Verdes -- liderados pelo seu antecessor social-democrata Gerhard Schröder entre 1998 e 2005 -- não só pela admissão de Atenas, em 2011, mas também por terem "fragilizado o Pacto de Estabilidade".
Duas decisões que se "revelaram totalmente erradas e que são um ponto de partida que nos levaram as actuais dificuldades", vincou Merkel, que já no sábado tinha lançado um duro ataque contra o SPD acerca do mesmo assunto.
A crise na zona euro e a gestão que Berlim tem feito dessa mesma crise estão a revelar-se temas importantes na campanha eleitoral, apesar de não serem considerados fracturantes.
Uma sondagem divulgada na semana passada dava, pela primeira vez, uma clara vantagem (quatro pontos percentuais) à coligação liderada por Angela Merkel.
Há meses que a União Democrata-Cristã (CDU), o partido da chanceler Angela Merkel, e a sua congénere da Baviera, a União Social-Cristã (CSU), lideram as sondagens. Mas essas mesmas projecções não davam, nem uma maioria absoluta à actual coligação do Governo liderada por Merkel, nem para uma potencial aliança à esquerda entre o Partido Social-Democrata (SPD) e Os Verdes.
A coligação liderada pela chanceler alemã integra também o Partido Liberal (FDP). Os liberais têm vindo a descer nas intenções de voto já há algum tempo e, segundo vários analistas, até correm perigo de não chegar aos 5% necessários para obter representação no Parlamento alemão.
De acordo com a sondagem realizada pelo instituto Forsa, que a revista "Stern" publicou na semana passada, a coligação CDU/CSU (41%) e os liberais do FDP (6%) obteria 47% dos votos.
Enquanto a possível coligação entre o SPD (22%), Os Verdes (13%) e o partido de esquerda Die Linke (8%) receberia apenas 43%, um resultado que não seria suficiente para bater os 47% da coligação de Merkel.
Analistas políticos continuam a afirmar que o resultado mais provável passa pela formação de uma grande coligação entre a CDU/CSU e o SPD, ou uma aliança, inédita a nível federal mas já experimentada em governos regionais, entre a CDU/CSU e Os Verdes.

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