quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Fukushima verte 300 toneladas por dia de água radioactiva no Pacífico | iOnline - Notícias de Portugal, Mundo, Economia, Desporto, Boa Vida, Opinião e muito mais.

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Tepco diz que número não é certo e ergueu barreiras nos porões dos reactores para combater desastre

Depois de o governo nipónico admitir que a situação na central nuclear de Fukushima, seriamente atingida por um sismo e consequente tsunami em 2011, pede respostas “urgentes”, fontes do Ministério da Indústria revelaram agora que a central está a verter cerca de 300 toneladas de água radioactiva por dia para o oceano Pacífico.
“Achamos que o volume de água que está a ser despejado no Pacífico é de cerca de 300 toneladas por dia. Não sabemos se toda a água está contaminada ou não, mas é possível”, disse um dirigente do Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Yushi Yoneyama, citado pela Reuters.
Só recentemente é que a Tepco, operadora desta e de outras centrais nucleares nipónicas, admitiu que o oceano está a ser contaminado através de fugas de água subterrâneas. No domingo, a empresa divulgou as primeiras estimativas, que apontam para o derrame de 20 a 40 triliões de becquerels (unidade que mede a actividade radioactiva) de um isótopo de hidrogénio radioactivo desde o incidente, em Maio de 2011.

Ontem, fonte da Tepco garantiu à Reuters que os números não são certos. “Neste momento não conseguimos afirmar com clareza quanta água subterrânea está a fluir para o oceano”, disse Noriyuki Imaizumi, porta-voz da empresa. Desde que a central de Fukushima foi afectada pelo tsunami de 2011 que a Tepco tem estado sujeita a duras críticas pela má gestão da crise e pelo secretismo sobre as operações de limpeza e segurança que decorrem naquela zona, cerca de 100 quilómetros a norte de Tóquio.

A maior preocupação neste momento, alega a empresa, é a acumulação de água contaminada no subsolo dos edifícios dos reactores, na sua maioria inacessíveis devido ao alto nível de radiação. Por esse motivo, a empresa construiu barreiras subterrâneas nos porões e, desde o início da semana, começou a bombar e a armazenar essa água nos mais de mil tanques contentores que foram instalados na central – que, segundo vários especialistas de um painel independente, já está a atingir o limite das suas capacidades.

Atingida pelo sismo e pelo tsunami de 11 Março de 2011 no Japão, a central de Fukushima ficou sem os sistemas de arrefecimento dos seus reactores e foi alvo de uma série de explosões, de fusão de combustível nuclear e de libertação de material radioactivo. O desastre nuclear, o pior incidente desde o de Chernobyl, em 1986, tem estado a ser combatido diariamente por mais de 3 mil trabalhadores, numa operação que se prevê que venha a levar entre 30 e 40 anos a concluir.

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