terça-feira, 20 de agosto de 2013

França. Hollande quer lançar "terceira revolução industrial" até 2025 - Dinheiro Vivo

França. Hollande quer lançar "terceira revolução industrial" até 2025 - Dinheiro Vivo

França deverá regressar ao pleno emprego até 2025 através de mais crescimento. Esta é a linha condutora do guião para a próxima década apresentado pelo executivo gaulês na rentrée política após as férias.
Com um desemprego elevado, 10,6%, a proposta pretende implementar uma "terceira revolução industrial" no país que passa pela introdução de fábricas de alta tecnologia e o desenvolvimento de um veículo com um gestão de combustível ultra-eficiente até 2017, anunciou o ministro da Indústria, Arnaud Montebourg, citado pela France Presse.
Os bons indicadores económicos – crescimento do PIB intertrimestral em 0,5% e interanual em 0,3% no segundo trimestre – deram alento ao governo de François Hollande para rever os seus planos para a economia. O plano irá ser apresentado em maior detalhe até ao final do mês.
O executivo socialista pretende assim implementar o programa “Fábrica do Futuro” que irá “permitir às nossas indústrias adaptarem-se aos melhores padrões e a capacidade de definir um modelo francês de produção, que depois da Ford e da Toyota, faça frente aos modelos desenvolvidos na Alemanha (Siemens) ou na China (Foxconn)”, disse Arnaud Montebourg.
Para a próxima década existem três grandes desafios a serem superados por França: A preservação da “soberania política, diplomática e militar”, da “excelência da sua indústria, dos seus serviços, do seu sistema de proteção social ou ambienta, e da “unidade” sobre as pensões, o emprego, a luta contra as desigualdades ou o comunitarismo, afirmou François Hollande citado pela AFP.
Esta estratégia passa, assim, por cinco objetivos: “Utilizar plenamente a nossa vantagem demográfica”, “vencer a batalha da globalização”, “fazer uma boa transição energética e ecológica”, “fazer do nosso território um instrumento de desenvolvimento” e “incluir todos os cidadão na República”, explicou o presidente francês.
Pierre Moscovici, ministro da Economia e Finanças, considera que a meta de regresso ao pleno emprego em 2025 é “realista” e que então o hexágono deverá “recuperar plenamente a sua soberania orçamental”, fazendo recuar o peso da dívida sobre o PIB dos 90% atuais para os 60%. No entanto, o responsável também foi bastante claro quando referiu que no espaço de uma década a economia francesa deverá ser ultrapassada por novos atores globais como a Índia ou o Brasil.
Durante o encontro no Eliseu, o palácio presidencial, foram abordados vários temas como a segurança, justiça, ou o alojamento.

O ministro do Interior, Manuel Valls, anunciou mesmo a criação das “forças de ordem 3.0”, grandes utilizadoras de novas tecnologias, e “próximas da população”. 

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