segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Gibraltar e ilhas Malvinas. Espanha e Argentina juntam forças contra a Grã-Bretanha | iOnline - Notícias de Portugal, Mundo, Economia, Desporto, Boa Vida, Opinião e muito mais.

Gibraltar e ilhas Malvinas. Espanha e Argentina juntam forças contra a Grã-Bretanha | iOnline - Notícias de Portugal, Mundo, Economia, Desporto, Boa Vida, Opinião e muito mais.

O ministro de Negócios Estrangeiros espanhol vai a Buenos Aires com Gibraltar e Malvinas no sapatinho

Os restos do Império Britânico não agradam ao governo de Madrid. Os últimos desentendimentos a propósito da colónia britânica de Gibraltar em território espanhol foram a gota de água que fez transbordar o copo do país vizinho.
No princípio de Setembro, o ministro dos Negócios Estrangeiros Espanhol, José Manuel Margallo, vai deslocar-se a Buenos Aires, para assistir à decisão do Comité Olímpico Internacional para organização dos Jogos de 2020, para os qual Espanha é candidata.
A agenda do ministro com o seu homólogo argentino não se limitará ao conflito sobre a expropriação das acções do grupo Espanhol Repsol na companhia petrolífera argentina YFP, segundo o diário "El País", o ministro espanhol tem como missão sondar os argentinos para a possibilidade de Espanha e Argentina fazerem uma frente comum na ONU em vista à descolonização dos territórios das Malvinas e de Gibraltar.
Até agora os governos de Madrid têm evitado ligar as duas disputas territoriais, até porque o Reino Unido é parceiro de Espanha na União Europeia e na NATO. E ainda pesa na memória colectiva a guerra em 1982 entre argentinos e britânicos por causa das Malvinas.
Mas devido ao crescendo de tensão por causa do rochedo de Gibraltar, o governo espanhol está inclinado a coligar-se, nos organismos internacionais, com os argentinos, aproveitando Buenos Aires ser membro do Conselho de Segurança da ONU no biénio de 2013-2014. De qualquer forma, a inclusão destas questões na agenda da ONU não faz o governo de Rajoy ignorar que a Grã-Bretanha é membro do clube das potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial e por isso tem direito de veto no Conselho de Segurança da ONU.
Assim, o governo espanhol estuda também a hipótese de incluir a questão na Assembleia-Geral da ONU, onde uma resolução a condenar a ocupação de Gibraltar pelos britânicos e reconhecendo o direito "à integridade territorial" de Espanha já foi aprovada no final dos anos 70, na sequência de outra, datada de 1 de Outubro de 1969, que pedia "o fim da ocupação colonial de Gibraltar". Isto apesar de nenhuma das resoluções da assembleia magna das Nações Unidas ter tido qualquer consequência prática.
A outra alternativa que, segundo o "El País" está a ser analisada pelo executivo de Madrid é recorrer ao Tribunal Internacional de Haia para denunciar a manutenção destas colónias britânicas.
A agressividade do governo espanhol numa situação que se arrasta há muitos anos pode ser explicada com a necessidade de desviar as atenções da crise económica e dos escândalos internos que minam a legitimidade do executivo de Rajoy.

Nenhum comentário:

Postar um comentário