A economia nacional cresceu 1,1% no segundo trimestre em comparação com o trimestre anterior, superando a recessão de dez trimestres consecutivos. O crescimento do PIB superou todas as previsões que apontavam para uma subida máxima de 0,6%.
De acordo com a estimativa rápida do INE (Instituto Nacional de Estatística), este resultado fica a dever-se à redução menos acentuada do investimento, com destaque para o setor da construção, e às exportações que voltaram a acelerar na primeira metade do ano.
O comércio internacional aumentou 3% no acumulado dos primeiros seis meses deste ano, comparativamente a igual período do ano passado. Se a contabilidade for realizada trimestralmente, a variação homóloga é duas vezes superior: 6,3%. Para os números entra a contribuição do turismo, que é calculado como exportação.
Com esta variação positiva, a economia portuguesa saiu finalmente da recessão técnica que a afectava há dois anos e meio - para se deixar uma recessão técnica basta que o PIB cresça por um trimestre. De facto, o último momento de crescimento da economia nacional verificou-se no segundo trimestre de 2010 quando em comparação com três meses imediatamente antes.
No entanto, em termos homólogos continua a assistir-se a uma perda de riqueza, tendo o PIB recuado 2%. No primeiro trimestre o recuo tinha sido maior: 4,1%, o valor mais baixo desde o fundo recessivo do primeiro trimestre de 2009.
As boas notícias também não garantem um fim de ano em crescimento. As previsões do governo e da troika apontam para uma queda de 2,3% da economia e, só no ano que vem se antecipa um regresso tímido ao crescimento.
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