sexta-feira, 3 de maio de 2013

Últimos trabalhadores sul-coreanos abandonaram complexo de Kaesong - Internacional - Sol

Últimos trabalhadores sul-coreanos abandonaram complexo de Kaesong - Internacional - Sol

Os últimos trabalhadores sul-coreanos que permaneciam no complexo industrial de Kaesong, na Coreia do Norte, abandonaram hoje as instalações devido ao aumento das tensões militares entre os dois países.
Na semana passada, Seul ordenou a todos os sul-coreanos para abandonarem Kaesong, após Pyongyang ter impedido o acesso de trabalhadores do sul ao complexo de Kaesong e rejeitou o apelo de empresários sul-coreanos para negociações sobre o futuro do complexo.
Cerca de 53 mil norte-coreanos trabalhavam para as mais de 120 fábricas sul-coreanas do complexo.
Segundo o Ministério da Unificação de Seul, a maioria dos trabalhadores sul-coreanos deixaram o complexo na terça-feira passada e os últimos sete regressaram hoje após vários dias de negociações com o Norte sobre questões, nomeadamente, salários atrasados para os trabalhadores norte-coreanos.
“Todos os factos vão comprovar que as forças marionetas (Coreia do Sul) estão a trabalhar arduamente para transformar [Kaesong] num teatro de confronto e numa fonte de guerra contra o Norte, e não numa zona de reconciliação e de unidade”, informou a agência oficial de notícias KCNA, da Coreia do Norte.
Anteriormente, o complexo estava praticamente imune às tensões nas relações transfronteiriças.
Estabelecido em 2004, o complexo, que fica a 10 quilómetros da fronteira, no território da Coreia do Norte, era um símbolo raro de cooperação transfronteiriça, mas agora é uma zona de tensão na península coreana.
O projecto foi concebido através da “Política da luz do sol” de conciliação entre-Coreias, iniciado no fim de 1990 pela presidente sul-coreana Kim Dae-Jung.
As tensões entre as duas Coreias têm vindo a aumentar, desde que a ONU impôs sanções à Coreia do Norte devido à realização de um teste nuclear em Fevereiro e das ameaças contra a Coreia do Sul e Washington.

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