quarta-feira, 17 de outubro de 2012

REN admite sair de Cahora Bassa em 2013 | iOnline

REN admite sair de Cahora Bassa em 2013 | iOnline

A REN admite sair da hidroelétrica de Cahora Bassa já em 2013, participação que será trocada pela entrada em novos projetos em Moçambique, disse o presidente da empresa, Rui Cartaxo.
“É possível” fazer a troca ainda em 2013, disse o presidente da gestora das redes energéticas aos jornalistas, em Nova Iorque, à margem do ‘Dia de Portugal’ em Wall Street.
A REN concluiu em julho a compra de 7,5 por cento da Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB) por 38 milhões de euros, participação que admitiu,desde logo, vender para entrar em novos projetos em Moçambique.
Portugal tinha até este ano 15 por cento da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, tendo sido vendida essa parcela em partes iguais à Eletricidade de Moçambique (EDM) e à portuguesa REN.
No comunicado enviado em abril ao mercado, a REN afirmou que pretendia participar no projeto de infraestruturas de transporte de eletricidade em Moçambique pelo que podia vir a adquirir “participações em sociedades detidas, direta ou indiretamente pela EDM”, o que poderia implicar a alienação à EDM “por parte da REN da sua participação de 7,5 por cento no capital social da HCB”.
A atividade da REN em Moçambique vai passar por fornecer infraestruturas de energia em Moçambique e exportação para África do Sul.
Quanto ao financiamento de 800 milhões de euros com o China Development Bank, um dos compromissos assumidos pela empresa chinesa State Grid aquando da aquisição de 25% do capital da gestora das redes energéticas nacionais, Rui Cartaxo repetiu que 400 milhões são para refinanciamento da dívida financeira da REN.
Os restantes 400 milhões, adiantou, serão destinados a investir em Portugal: “Serão utilizados em projetos de eletricidade e gás natural, todos em Portugal”.
Do pacote de financiamento negociado de 1.000 milhões, a REN fica ainda com 200 milhões de euros para novos projetos a identificar.
O presidente da REN disse ainda que a empresa não está a pensar voltar a emitir obrigações destinadas ao público em geral para breve. “No curto-prazo não. Temos os problemas de refinanciamento resolvidos”, afirmou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário