sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Economist: Portugal tem "mais dor" e "menos resultados" - Dinheiro Vivo

Economist: Portugal tem "mais dor" e "menos resultados" - Dinheiro Vivo

Portugal tem "mais dor" e "menos resultados", escreve hoje o britânico Economist, num artigo dedicado à análise da austeridade no país.O artigo, com o título "More pain, less gain" ("Mais dor, menos resultados"), começa com um trocadilho. Numa referência aos "dias felizes" em que Portugal mudou a marca Algarve para "Allgarve", "na esperança de atrair turistas de língua inglesa", o Economist escreve que agora é a própria marca do país que justifica uma mudança de nome, de "Portugal" para "Poortugal" - um jogo de palavras com "Portugal" e "poor" ("pobre", em inglês).
O diário destaca os "protestos furiosos e os editoriais sonantes" que resultaram do anúncio da proposta do Orçamento do Estado, referindo que nunca antes protestantes, economistas e políticos estiveram tão unidos nas críticas ao documento.
"Brutal", "crime contra a classe média" e "bomba atómica fiscal" são as frases fortes das críticas recuperadas pelo Economist.
O diário sublinha que "poucos são aqueles que concordam com a afirmação de Gaspar de que 'este é o único orçamento possível'" e que pô-lo em causa significa ficar sujeito a uma "'ditadura da dívida' com Portugal condenado a depender dos seus credores oficiais indefinidamente".
O Economist
O diário aborda ainda as declarações do Presidente da República, Cavaco Silva, que "escreveu que é errado perseguir as metas do défice 'a qualquer custo'", assim como as tensões no seio da coligação, ao sublinhar que os partidos terão de avançar com Orçamento que "Gaspar insiste que 'não tem margem de manobra'".
O diário destaca, por último, o facto de Bruxelas e Berlim olharem para Portugal como "um bom aluno" na zona euro, ao contrário do que acontece com a Grécia, e que isso poderá ajudar Espanha "se e quando" avançar com um pedido de resgate

Nenhum comentário:

Postar um comentário