sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A parte do discurso que Passos Coelho não leu - EXPRESSO

Primeiro-ministro omitiu, no debate quinzenal, parágrafo sobre os sacrifícios do Orçamento do Estado.

Pedro Passos Coelho abriu esta manhã o debate quinzenal lendo uma intervenção escrita - o que não é habitual no primeiro-ministro neste tipo de debates -, mas deixou a última parte do discurso por ler. Precisamente a única secção do discurso em que o chefe do Governo falava do Orçamento do Estado, que foi ontem informalmente divulgado à comunicação social.
Passos leu apenas a parte do discurso sobre os desafios da Europa, pois o debate desta manhã é de preparação do próximo Conselho Europeu.
Na sua pergunta ao PM, toda focada na questão do aumento de impostos, Jerónimo de Sousa chamou a atenção para essa omissão. O Expresso transcreve a parte do discurso que Passos não leu, mas que foi distribuída aos jornalistas.
"Mas o que temos de fazer exige no momento atual custos e sacrifícios que também não podemos minimizar. O esforço que o Orçamento do Estado para 2013 implicará para todos os portugueses, principalmente para os que têm mais meios para lhe corresponder e para o próprio Estado, é a nossa resposta para salvaguardar a presença europeia, as instituições do Estado social e as condições de recuperação da economia nacional. As opções são extremamente limitadas e os nossos graus de liberdade são reduzidos. Nessa medida, explorámos todas as combinações e alternativas, procurando as que, cumprindo as nossas metas, fossem também menos pesadas no presente e mais eficientes no futuro. Ninguém nos pode acusar de não ter ponderado nem tentado as diferentes possibilidades. Era esse o nosso dever para com os portugueses e era essa a nossa obrigação diante dos sacrifícios e da determinação de que todos os dias dão provas."

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