terça-feira, 16 de outubro de 2012

OE2013. Todos os impostos sobem. Já nem vale a pena comprar tabaco de enrolar - Dinheiro Vivo

OE2013. Todos os impostos sobem. Já nem vale a pena comprar tabaco de enrolar - Dinheiro Vivo

Nem o tabaco de enrolar escapa. No Orçamento para 2013, o imposto sobre os cigarros e cigarrilhas aumenta de 15% para 25%. Tudo para o governo encaixar 1,38 mil milhões de euros em imposto - o que são más notícias para os revendedores. João Belo, presidente da Associação Nacional dos Grossistas de Tabaco, nem quer ouvir falar em mais impostos num sector que, diz, vê as vendas esfumarem-se anualmente 12%. E com estas novas medidas, que afetam sobretudo o tabaco de enrolar - praticamente o único onde se verificou um aumento do consumo -, receia que a queda se intensifique. "Uma onça de 20 g ou 40 g vai custar praticamente o mesmo que um maço de cigarros. A expectativa é que as pessoas deixem de fumar o tabaco de enrolar e transitem para o fabricado", diz. "O nosso receio é que o consumo não se transfira na sua totalidade para os cigarros", acrescenta. Agora que a diferença de preços entre estes e o tabaco de enrolar deixa de ser relevante, "quem quiser comprar tabaco à onça continua e acabamos com esta história dos cigarros de contrabando e da venda de cigarros a avulso", defende Helena Manuela, presidente da Associação Portuguesa de Armazenistas.

Carros com mais cavalos pagam mais imposto

Do mal o menos. É a reação da Mercedes ao aumento de 10% do Imposto Único de Circulação (IUC) para os veículos de alta cilindrada. André Silveira, diretor de marketing e comunicação, considera que este "terá um menor impacto na retração das vendas face a um potencial aumento do Imposto sobre Veículos (ISV), uma vez que este é pago no momento da compra e sobe o preço de venda dos automóveis". "Este aumento de 10% pode representar uma subida de cerca de 20 a 50 euros por ano, para um motor de 1500 a 3500 cc", diz.
"Neste momento qualquer agravamento fiscal no sector é prejudicial e terá impacto nas vendas", diz João Trincheiras, gestor de comunicação institucional da BMW Portugal. Com o sector a cair cerca de 40% este ano - em cima de quedas de mais de 30% no ano passado - "não pode ser mais castigado". "Deviam ser tomadas medidas no sentido oposto, como a reintrodução do apoio ao abate ou a remoção dos incentivos à importação de usados", diz. As receitas do ISV caem 1,4%, para 380,1 milhões de euros; no IUC o ganho é nulo, mantendo-se nos 198,6 milhões.

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