quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Governo trava nova capacidade de energia renovável | iOnline

Governo trava nova capacidade de energia renovável | iOnline

A revisão do Plano Nacional para as Energias Renováveis reduz de forma substancial o crescimento da capacidade de produção previsto para 2020. Na prática, o plano prevê o desenvolvimento da capacidade já comprometida e licenciada, revelou o director-geral da energia e geologia, Pedro Cabral na Conferência da APREN (Associação dos Produtores de Energia Renovável) que se está a realizar em Viana do Castelo.
A atribuição de potência adicional fica assim sujeita às condições de mercado e sem subsidiação das tarifas eléctricas. A aposta, explicou o director-geral de energia, Pedro Cabral, assenta essencialmente no desenvolvimento das tecnologias maduras mais económicas, como a eólica, tendo ainda como preocupação a redução do défice tarifário. Para as tecnologias menos maduras, o plano prevê que deixem de ser financiadas pelas tarifas a passem a ser apoiadas por outros mecanismos como o fundo português de carbono.
A energia fotovoltaica é a que sofre do maior corte na expansão prevista que é superior a 60% face às metas iniciais para 2020. Mesmo nas eólicas, o crescimento de potência fica 23% abaixo do plano de Sócrates. Apesar deste travão, o director-geral assegura que a capacidade licenciada e em construção em Portugal dará condições para cumprir e até ultrapassar as metas fixadas para o país, chegando aos 35% de energia primária produzida de fontes renováveis em 2020. As novas metas reflectem o reajustamento em baixa do quadro macroeconómico, mas trata-se de um “mínimo olímpico” e não um tecto ou restrição.
“O céu é o limite”, dentro de critérios de racionalidade económica e haverá espaço para mais projectos desde que estes se desenvolvam em condições de mercado.

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