quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Fim da crise política? Portas garante que viabiliza o Orçamento | iOnline

Fim da crise política? Portas garante que viabiliza o Orçamento | iOnline

Paulo Portas envia comunicado a garantir que o CDS votará o Orçamento do Estado para 2013 de modo a evitar uma crise política. Se CDS se abstiver não põe em risco a aprovação do documento.

O líder do CDS e ministro dos Negócios Estrangeiros enviou um comunicado às redacções onde garante o empenho do CDS para evitar uma crise política. No comunicado, Portas só se refere ao papel do partido no governo para garantir que vai estar empenhado "em coerência com o esforço feito dentro do governo, e em articulação no quadro da maioria, o grupo parlamentar do CDS contribuirá para melhorar aspectos do Orçamento do Estado até à conclusão do respectivo processo". Mas ressalva o peso do partido: "O CDS tem o peso que os portugueses lhe deram".
Paulo Portas enviou o comunicado depois de ter prolongado nos últimos dias o tabu sobre a continuidade na coligação. O comunicado também não fala disso. Não faz referência específica ao estado do partido na coligação de governo e refere apenas a palavra "governo" para deixar a garantia de que tal como foi feito um "esforço no governo", o CDS, na Assembleia da República, irá tentar alterar o documento.
No início da carta, Portas começa por garantir que o partido "votará o Orçamento do Estado considerando que Portugal não pode ter uma crise política que agravaria, ainda mais, a situação económica e social extremamente sensível que o nosso país atravessa". Uma declaração de Portas que não o vincula a um voto a favor do documento, podendo optar pela abstenção uma vez que se os deputados centristas se abstiverem na votação, não colocam em causa a maioria no parlamento porque os votos contra da oposição seriam menos do que os votos a favor do PSD. A seguir, reforça o compromisso sem referir novamente o sentido do voto: "O CDS sabe ainda que a inexistência de um Orçamento constituiria, em si mesmo, incumprimento dos compromissos estabelecidos com os nossos credores. Face a este quadro de referência o CDS deve colocar acima de tudo o seu dever de responsabilidade perante o país."
Na argumentação de Paulo Portas, o líder do CDS lembra não só a difícil situação portuguesa e para isso serve de âncora o financiamento a aprovar pela troika na próxima semana e a comparação indirecta com a Grécia. E tendo em conta a "situação de emergência nacional", Portas deixa o apelo final: "Todos têm um contributo a dar para assegurar a estabilidade política, o consenso nacional e a coesão social em Portugal".

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