quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Estratégia do PSD passa por encostar Portas a novo resgate | iOnline

Estratégia do PSD passa por encostar Portas a novo resgate | iOnline

O filme não é novo. Já foi usado quando o líder do CDS recusou a proposta da TSU e abriu a primeira crise grave na coligação.

Setembro de 2012, há precisamente um mês. “A estratégia definida nos bastidores do PSD, depois da declaração de Paulo Portas no fim-de-semana sobre a TSU, é que não deixa fugir o CDS à responsabilidade política pelas decisões do próximo Orçamento do Estado, acenando com o caos que uma ruptura na coligação traria ao país e com um eventual segundo resgate que a instabilidade política provocaria, conta ao i fonte social-democrata.” Esta notícia, publicada a 17 de Setembro, não motivou desmentidos oficiais nem pedidos de direito de resposta.
Na mesma altura, Luís Filipe Menezes, presidente da Câmara de Gaia e apoiante sem reservas de Pedro Passos Coelho e do governo, lembrou que a crise política depois de um rompimento da coligação de governo levaria a eleições e “teríamos um segundo resgate, austeridade mais cinco ou seis anos e entrávamos numa situação pior do que a Grécia”. As declarações de Menezes, que davam o guião para a estratégia do PSD em relação ao seu parceiro de coligação, não mereceram qualquer desmentido ou veemente comunicado de demarcação das declarações do autarca.
Na edição de ontem, o i noticiou que as sérias reservas de Paulo Portas e do CDS ao Orçamento do Estado para 2013 levaram o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho a lembrar ao líder do CDS e seu ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros que seria responsável por um segundo resgate caso o governo não resistisse a mais uma crise na coligação.
A notícia começou por ser desmentida pelo gabinete do primeiro-ministro e depois pelo gabinete do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros. O i reafirma a veracidade da informação e relembra que, curiosamente, ninguém se lembrou ainda de negar o que foi noticiado sobre o ambiente tenso e gelado do Conselho de Ministros de segunda-feira, em que Passos Coelho e Vítor Gaspar impuseram sem direito a qualquer objecção o Orçamento que o ministro das Finanças entregou nessa tarde no parlamento. Uma reunião em que o único diálogo, tenso mas educado, aconteceu entre Portas e Gaspar sobre as novas posições do FMI sobre a austeridade.

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