segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Africanos pedem fundos para a segunda maior floresta tropical do mundo - PÚBLICO


Os dez países da Bacia do Congo que partilham a segunda maior floresta tropical do mundo pedem dois mil milhões de dólares (cerca de 1500 milhões de euros) para a protecção das florestas e contra os gases com efeito de estufa.
A Bacia do Congo conta com dez países: Angola, Congo, República Democrática do Congo, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, Guiné Equatorial, Gabão, Ruanda e Chade. No total, estes países têm uma superfície florestal de 220 milhões de hectares.

Reunidos neste domingo em Brazzaville, capital do Congo, na 13ª reunião do comité dos Fundos de Parceria para o Carbono Florestal, endereçaram este pedido de financiamento aos Estados Unidos, Canadá, União Europeia e a instituições como o Banco Mundial e a União Mundial para a Conservação da Natureza (UICN), disse o ministro congolês da Economia florestal, Henri Djombo.

Os 150 participantes lembram que não esperaram pelos fundos previstos pelo REDD – sigla pelo qual é conhecido o sistema de incentivo de redução de emissões de dióxido de carbono (CO2) associadas à desflorestação e à degradação das florestas – e avançaram com iniciativas próprias que "conseguiram reduzir e limitar a desflorestação, a degradação florestal, as emissões de gases com efeito de estufa e aumentar a capacidade de sequestro de carbono e o armazenamento de carbono florestal”, afirmou o ministro Henri Djombo.

Agora esperam “os recursos financeiros consequentes para apoiar os esforços de gestão sustentável dos ecossistemas florestais (...) e lutar contra a pobreza”, acrescentou o mesmo governante.

Mas o Banco Mundial tem opinião diferente. Para o director de operações da instituição no Congo, Eustache Ouayoro, os países daquela região devem contar com os próprios recursos porque “o desenvolvimento diz respeito, antes de mais, às próprias populações”. “Todos os países têm recursos. Os financiamentos do exterior devem ser um complemento”, insistiu.

Actualmente, a Bacia do Congo regista uma taxa de desflorestação inferior a 0,2%, ou seja, uma das mais baixas da cintura tropical, segundo o Banco Mundial.

Apenas a Noruega e a Grã-Bretanha disponibilizaram 150.000 dólares (cerca de 115.000 euros) que estão no Banco Africano do Desenvolvimento, de acordo com a comissão das florestas da África Central (Comifac).

Na mesma cidade de Brazzaville vai realizar-se, a 26 e 27 deste mês, a 9.ª reunião do programa REDD.

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