domingo, 18 de novembro de 2012

Bancos devem apoiar negócios sustentáveis em termos ambientais e sociais, diz especialista | iOnline

Bancos devem apoiar negócios sustentáveis em termos ambientais e sociais, diz especialista | iOnline

Os bancos devem apostar no financiamento de projetos sustentáveis em termos ambientais e sociais que criem riqueza a médio ou longo prazo, contribuindo assim para o desenvolvimento da economia verde, defendeu hoje um especialista.
O professor universitário e especialista em ambiente Viriato Soromenho Marques falava à agência Lusa a propósito da apresentação do livro "A Banca em Portugal e a Economia Verde", de Sofia Santos, marcado para terça-feira.
Soromenho Marques, que apresenta a obra, salientou que "houve responsabilidade da banca e dos banqueiros [na atual crise] porque não foram prudentes e foram demasiado gananciosos, correram riscos porque sabiam que seriam amparados pelos poderes públicos se corresse mal, puseram o lucro à frente de qualquer outra consideração".
Para o investigador, "há investimentos que são feitos com consciência clara de que vão causar dano ambiental e social porque têm margens imediatas de lucro".
No entanto, não deixou de realçar que "a principal responsabilidade não é da banca mas sim de quem regulou o setor financeiro e das políticas dos Estados".
O especialista em ambiente deu o exemplo da criação dos bancos universais, enquanto desapareciam as instituições especializadas por áreas.
Para o futuro, Soromenho Marques defende que "a banca deve fazer empréstimos que sejam sustentáveis, deve ser capaz de apoiar negócios que, não dando lucro máximo agora, são todavia capazes de gerar riqueza no médio e longo prazo".
"Há muito trabalho a fazer. Devemos caminhar para o modelo de uma banca mais especializada, de bancos mais pequenos, mais próximos dos investidores e que tenham mais transparência na sua gestão", propôs.
O livro de Sofia Santos, professora no ISCTE Business School, analisa o papel da banca nas estratégias futuras de desenvolvimento e a sua responsabilidade na atual crise, tal como o poder das instituições de crédito na promoção do bem-estar social e de uma nova economia sustentável.

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