quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Passos Coelho não descarta corte nas pensões inferiores a mil euros

Passos Coelho não descarta corte nas pensões inferiores a mil euros

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou, esta quarta-feira, que não há como não fazer cortes nas pensões, uma vez que 70 por cento das despesas do Estado corresponde a gastos com «salário e prestações sociais».

Em entrevista à TVI, quando questionado, duas vezes, se esses cortes iriam afetar as pensões inferiores a mil euros Passos Coelho não rejeitou essa ideia, sublinhando que 70 por cento da despesa primária do Estado é para «despesas com pessoal e prestações sociais».

«Entre 2000 e 2012, o peso das pensões passou de 9 por cento do PIB para cerca de 13,5 por cento. Cerca de 30 por cento deste aumento resulta de fatores de demografia e 70 por cento resulta de outros fatores» como decisões políticas «porque decidimos dar mais», disse Passos Coelho.

«Temos de mexer nas pensões, nas despesas de saúde, de educação e outras e não podemos deixar de olhar para as despesas de soberania», afirmou Passos Coelho lembrando que tal já está previsto reforma nas Forças Armadas, medidas imprescindíveis para atingir um corte nas despesas do Estado de quatro mil milhões de euros, que sublinhou ser «para ficar».

«A reforma do Estado deve estar para além de qualquer Governo e o debate dever ser o mais alargado possível», defendeu Passos Coelho, afirmando que um partido com aspirações a estar no poder teria «responsabilidade e um interesse muito grande em associar-se a esta discussão», lamentando que o PS se tenha recusado a debater os cortes no Estado social.

Nenhum comentário:

Postar um comentário