sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Timochenko acusa presidente de a filmar até no WC - Globo - DN

Timochenko acusa presidente de a filmar até no WC - Globo - DN

Timochenko acusa presidente de a filmar até no WC
Ex-primeira-ministra da Ucrânia acusa presidente Ianoukovitch de a mandar filmar todos os dias no hospital onde se encontra em tratamento, inclusivamente na casa de banho.
Figura da oposição na Ucrânia e ex-primeira-ministra em 2005 e entre 2007 e 2010, Julia Timochenko, que cumpre uma pena de sete anos de prisão por alegado abuso de poder durante o seu mandato, acusou esta sexta-feira o presidente Viktor Ianoukovitch de a mandar filmar "até na casa de banho" do hospital onde se encontra a ser tratada a uma hérnia discal e exige o regresso à prisão.
"Exijo o meu regresso à prisão", escreveu Timochenko numa carta aberta ao presidente Viktor Ianoukovitch, que acusa de ter ordenado "pessoalmente" a vigilância diária. A carta foi lida à imprensa pelo seu advogado, o deputado Segui Vlassenko.
"Eu renuncio ao tratamento no hospital", continua Julia Timochenko na sua carta, adiantando que foram instaladas várias câmaras ocultas no seu quarto do hospital, na zona onde se despe antes dos procedimentos médicos e mesmo na cabine do duche e restante casa de banho, numa clara violação da sua privacidade.
A carta de Timochenko surge após a publicação na Internet de um vídeo onde se pode ver uma mulher semelhante a Timochenko, a caminhar com um andarilho e a fazer exercícios de musculação, mulher essa que a própria ex-primeiro ucraniana já confirmou ser ela própria.

Os serviços prisionais limitaram-se a declarar em comunicado que são efectuados vídeos de vigilância nos quartos dos detidos conforme manda a lei, mas não são gravados, pelo que está em curso uma investigação para apurar como é que o vídeo citado foi parar à Internet. Detida em agosto de 2011, Júlia Timochenko foi condenada em outubro num julgamento vivamente criticado pela União Europeia e pelos Estados Unidos da América, que o consideraram uma forma de perseguição política. A própria ex-primeira ministra também classificou a atuação dos tribunais ucranianos e respectiva condenação como uma vingança pessoal do atual presidente Viktor Ianoukovitch, seu adversário político desde 2005.

Nenhum comentário:

Postar um comentário