sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Quercus: "Falta de ambição" na redução de emissões leva a "enorme crise" climática | iOnline

Quercus: "Falta de ambição" na redução de emissões leva a "enorme crise" climática | iOnline

A falta de ambição à escala mundial para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa está a levar a um aquecimento entre 3,5º e 6,0º Celsius e a uma "enorme crise climática", alertou hoje a Quercus.
Num comunicado a propósito da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP18), que se inicia hoje em Doha, no Qatar, a associação ambientalista defende que terão de ser avançadas decisões para "inverter o sentido dos acontecimentos que se adivinham".
Os acordos de Durban, alcançados em 2011, abriram novamente a possibilidade de reverter, pelo menos em parte, os piores cenários de aquecimento global e "voltar a colocar o mundo num caminho de emissões reduzidas", refere a Quercus.
Para os ambientalistas, "o nível de ambição a curto prazo tem de ser mais elevado e tem de ser acordado um calendário de negociações para conseguir um regime climático global justo, ambicioso e vinculativo, num acordo que terá de estar finalizado até 2015 para entrar em vigor até 2020".
Entre os temas em discussão em Doha está o compromisso para a continuação em vigor do Protocolo de Quioto, num segundo período que se poderá estender até 2017 ou 2020, com um objetivo de redução de emissões de gases de efeito de estufa entre os 25% e 45% para os países desenvolvidos.
O registo pelos países em desenvolvimento das suas ações de mitigação e as reduções voluntárias também estarão em discussão, tal como o acordo para um pico global de emissões a ser alcançado em 2015.
Assim, "os países desenvolvidos precisam de reduzir as suas emissões de forma mais rápida e providenciar apoio aos países em desenvolvimento para estes poderem tomar mais medidas de mitigação", explica a Quercus.
Na União Europeia, "é possível e urgente" aumentar o nível de ambição de redução de emissões para pelo menos 30% entre 1990 e 2020. No ano passado, já se tinha atingido 17,5% de redução, próximo do objetivo de 2020 (20%).
Em Portugal, números da Agência Europeia de Ambiente, citados pela Quercus, apontam para um aumento de 16,5% de emissões no ano passado em relação a 1990, mais de 10% abaixo do permitido pelo Protocolo de Quioto.

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