O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, defendeu neste sábado a eleição directa do presidente da Comissão Europeia como um “passo decisivo” para uma maior identificação dos cidadãos com a Europa.
Em discurso proferido em Hanôver, Schauble declarou-se convencido de que a participação dos cidadãos nos sufrágios para os órgãos de decisão europeus seria maior se o lugar máximo do executivo comunitário estivesse também na agenda eleitoral.
Para o governante alemão, umas eleições presidenciais para a Comissão contribuiriam para criar uma opinião pública comunitária, indispensável para o sentimento de pertença na Europa.
“A aceitação de decisões por uma maioria requer um sentimento de pertença”, sublinhou Schauble.
A Comissão Europeia é actualmente presidida por José Manuel Durão Barroso.
O antigo primeiro-ministro português cumpriu um primeiro mandato de cinco anos entre 2004 e 2009, encontrando-se agora sensivelmente a meio do segundo mandato, para o qual foi reeleito até 2014.
A comissária Viviane Reding defendeu recentemente um terceiro mandato (inédito) de Durão Barroso à frente da Comissão Europeia, considerando que a Europa necessita de continuidade e estabilidade.
Numa entrevista publicada no EurActiv, Reding, vice-presidente do executivo comunitário e responsável pela pasta da Justiça, questionada sobre se chegou a altura de a Comissão ter uma mulher a presidente, e se se imagina nesse papel, respondeu que o seu desejo pessoal é que Durão Barroso cumpra um terceiro mandato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário