Ouro é a grande aposta de Atenas
D.R.
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"É muito claro que a Grécia acordou para o potencial que a sua indústria mineira oferece e que é mais do apropriada para a criação de postos de trabalho", afirmou Jeremy Wrathall, chairman da Glory Resources, citado pela Bloomberg.
A confirmar-se, a Grécia poderá ultrapassar e destronar a Finlândia como o maior produtor europeu da matéria-prima nos próximos quatro anos, depois de as autoridades terem negado o acesso a minas durante mais do que uma década.
Recorde-se que a Finlândia, que no ano passado produziu 220 mil onças, ocupa atualmente o 40º lugar entre os maiores produtores do mundo. Já a Grécia chegou a ser a maior produtora europeia de bauxite e o maior fornecedor mundial de perlite em 2010, mas a aprovação de projetos mineiros está confinado ao ouro.
A Eldorado estima que as suas três minas produzam cerca de 345 mil onças em 2016, enquanto que as previsões da Glory apontam para uma produção de 80 mil onças por ano.
"Penso que a Grécia tem potencial para se tornar num dos maiores produtores de ouro. Não deixa de ser bizarro que a Grécia esteja virtualmente por explorar devido à situação política que prevalecia antes da crise. As técnicas modernas de exploração nunca foram usadas na Grécia", acrescentou Wrathall.
Os projetos acabam por agradar a gregos e troianos. Para as empresas representa um crescimento de receitas - no caso da Eldorado as previsões apontam para mais de 500 milhões de dólares por ano - e para o país helénico a criação de postos de trabalho - a Eldorado tem planos para ter 1500 trabalhadores quando as operações estiverem na máxima força e a Glory Resources aponta para 200 funcionários - e de riqueza não só através do consumo como pelas taxas e impostos pagos pelas empresas.
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