Primeiro-ministro disse que é “natural” que todos os cenários estejam em cima da mesa.
Abril de 1974 foi o mês da liberdade. Abril de 2011, o mês da chegada da troika. Abril de 2013 será, no mínimo, o mês mais mais difícil para o governo de Passos Coelho. E pode mesmo ser “explosivo”, como apelidou Marques Mendes. Começa hoje aquele mês que pode ser de calvário para o governo, que vai conhecendo pequenas explosões que podem fazer mossa no ânimo e na margem do governo e outras maiores e (im)previsíveis que o podem levar à desistência. Todos os cenários estão em cima da mesa, admitiu Passos Coelho.
Esta semana começa com a discussão e votação da moção de censura do PS na Assembleia da República na quarta-feira. Infrutífera no que ao resultado pretendido diz respeito (queda do governo), mas não deixará de ser inconveniente por se tratar de mais um teste político e de desgaste para Passos Coelho.
Mas a explosão maior (dependendo de quantos tiros forem certeiros) pode sair a qualquer altura, quando for conhecido o acórdão do Tribunal Constitucional (TC) sobre as normas do Orçamento do Estado para este ano. A decisão está para breve e é a que mais preocupa o executivo. Passos Coelho não esconde a preocupação e até pressionou o TC, mesmo que indirectamente, dizendo que estes serão responsáveis pela suas decisões e pelo impacto que estas vierem a ter no país. Mas mais do que isso, o primeiro-ministro não desmentiu que tivesse colocado a hipótese de se demitir do executivo caso o TC chumbe as normas do Orçamento dizendo apenas que não quer criar instabilidade, mas ao mesmo tempo lembrando que “é natural que os partidos possam avaliar várias possibilidades”.
A semana de Passos só acaba quando no domingo se estrear, em horário nobre, como comentador, José Sócrates. Depois de contas acertadas com o passado, Sócrates vai, como ele próprio avisou, fazer a oposição à “narrativa” do actual governo. E tudo na semana em que o governo quer preparar a mudança de ciclo ao negociar o alargamento das maturidades do empréstimo no dia 15, na reunião do Eurogrupo.
A dita mudança, que tanto Passos como Paulo Portas querem impor a meio do mês, coincide com a reunião do Conselho Nacional do CDS, marcada pelos centristas na última Comissão Política Nacional onde vários dirigentes pediram uma remodelação urgente no executivo, principalmente nas áreas da coordenação política e da economia. E a remodelação não estará longe dos planos do governo e pode também ela acontecer este mês como marca da viragem de ciclo.
O mês não acaba sem novo teste da troika. A oitava avaliação começa no final do mês e com ela chegam três momentos decisivos: a execução orçamental do primeiro trimestre, a apresentação das medidas de corte na despesa pública de quatro mil milhões de euros e o programa político de reforma do Estado. Tudo calendarizado até ao final do mês.
No plano político-partidário, este é também o mês de clarificação interna no PS. No dia 13 o partido reelege António José Seguro como líder e duas semanas depois reúne-se em congresso nacional. Um momento que servirá sobretudo a Seguro para ter palco para uma maior radicalização do discurso.
O mau mês de Passos Coelho e do governo não termina no entanto sem que antes ouça as palavras do Presidente da República nas cerimónias do 25 de Abril. As palavras do Presidente já causaram mossas graves em anos anteriores e este discurso pode servir de tomada de posição de Cavaco Silva numa altura sensível.
Abril de 1974 foi o mês da liberdade. Abril de 2011, o mês da chegada da troika. Abril de 2013 será, no mínimo, o mês mais mais difícil para o governo de Passos Coelho. E pode mesmo ser “explosivo”, como apelidou Marques Mendes. Começa hoje aquele mês que pode ser de calvário para o governo, que vai conhecendo pequenas explosões que podem fazer mossa no ânimo e na margem do governo e outras maiores e (im)previsíveis que o podem levar à desistência. Todos os cenários estão em cima da mesa, admitiu Passos Coelho.
Esta semana começa com a discussão e votação da moção de censura do PS na Assembleia da República na quarta-feira. Infrutífera no que ao resultado pretendido diz respeito (queda do governo), mas não deixará de ser inconveniente por se tratar de mais um teste político e de desgaste para Passos Coelho.
Mas a explosão maior (dependendo de quantos tiros forem certeiros) pode sair a qualquer altura, quando for conhecido o acórdão do Tribunal Constitucional (TC) sobre as normas do Orçamento do Estado para este ano. A decisão está para breve e é a que mais preocupa o executivo. Passos Coelho não esconde a preocupação e até pressionou o TC, mesmo que indirectamente, dizendo que estes serão responsáveis pela suas decisões e pelo impacto que estas vierem a ter no país. Mas mais do que isso, o primeiro-ministro não desmentiu que tivesse colocado a hipótese de se demitir do executivo caso o TC chumbe as normas do Orçamento dizendo apenas que não quer criar instabilidade, mas ao mesmo tempo lembrando que “é natural que os partidos possam avaliar várias possibilidades”.
A semana de Passos só acaba quando no domingo se estrear, em horário nobre, como comentador, José Sócrates. Depois de contas acertadas com o passado, Sócrates vai, como ele próprio avisou, fazer a oposição à “narrativa” do actual governo. E tudo na semana em que o governo quer preparar a mudança de ciclo ao negociar o alargamento das maturidades do empréstimo no dia 15, na reunião do Eurogrupo.
A dita mudança, que tanto Passos como Paulo Portas querem impor a meio do mês, coincide com a reunião do Conselho Nacional do CDS, marcada pelos centristas na última Comissão Política Nacional onde vários dirigentes pediram uma remodelação urgente no executivo, principalmente nas áreas da coordenação política e da economia. E a remodelação não estará longe dos planos do governo e pode também ela acontecer este mês como marca da viragem de ciclo.
O mês não acaba sem novo teste da troika. A oitava avaliação começa no final do mês e com ela chegam três momentos decisivos: a execução orçamental do primeiro trimestre, a apresentação das medidas de corte na despesa pública de quatro mil milhões de euros e o programa político de reforma do Estado. Tudo calendarizado até ao final do mês.
No plano político-partidário, este é também o mês de clarificação interna no PS. No dia 13 o partido reelege António José Seguro como líder e duas semanas depois reúne-se em congresso nacional. Um momento que servirá sobretudo a Seguro para ter palco para uma maior radicalização do discurso.
O mau mês de Passos Coelho e do governo não termina no entanto sem que antes ouça as palavras do Presidente da República nas cerimónias do 25 de Abril. As palavras do Presidente já causaram mossas graves em anos anteriores e este discurso pode servir de tomada de posição de Cavaco Silva numa altura sensível.
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