O aumento da idade da reforma é uma das propostas que está em cima da mesa para compensar o chumbo do Tribunal Constitucional (TC). A subida 65 anos para os 67 é uma das medidas presentes na lista de cortes estruturais da despesa e será apresentada na próxima semana na reunião com a troika, avança a TSF.
As reacçõs já se fizeram sentir. O antigo ministro do Trabalho, Vieira da Silva, considera má a opção do executivo, avisando que irá aumentar o desemprego. O antigo ministro socialista lembra também que o aumento da idade da reforma não fazia parte do acordo inicial firmado com as entidades internacionais. Vieira da Silva mantém que "este é um caminho que não se justifica".
Uma opinião partilhada por João Proença. O líder sindical revelou estar preocupado com o futuro do diálogo social, afirmando que “não há uma proposta do governo", acusando-o de querer "aumentar a taxa de desemprego" com o aumento da idade de reforma. "Isto é sinal de ruptura social”, disse João Proença no final da reunião com Cavaco Silva.
O líder da UGT lembrou que já em Novembro do ano passado tinha avisado o governo que mexer no regime contributivo da segurança social (reformas) sem negociar pode ser uma área de ruptura.
A medida também não tem o aval do presidente da CIP, António Saraiva, que defende que se tal acontecer será um obstáculo à entrada dos jovens no mercado de trabalho.
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