sexta-feira, 5 de abril de 2013

Coreias. Norte “ratifica” ataque e satélite detecta actividade nuclear | iOnline

Coreias. Norte “ratifica” ataque e satélite detecta actividade nuclear | iOnline

Tensão entre Coreia do Norte e EUA e Coreia do Sul continua a subir. Sul-coreanos que trabalham em Kaesong voltam a ser impedidos de entrar.

No que toca às recentes tensões acrescidas na península coreana, o dia de ontem começou com notícias a darem conta de que o exército do regime norte-correano, liderado por Kim Jong-un, já “ratificou” um ataque militar “sem misericórdia” a território norte-americano.
A ratificação - alegadamente assinada na quarta-feira e ontem tornada pública - é tida como o último passo para a concretização das ameaças feitas aos Estados Unidos pela Coreia do Norte, depois de os EUA terem usado bombardeiros B-2, furtivos, em exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul.
O anúncio foi feito por um porta-voz do Exército do Povo da Coreia num comunicado publicado pela agência estatal norte-coreana KCNA. “A operação sem misericórdia das forças armadas revolucionárias foi finalmente examinada e ratificada”, cita a agência. “O mo- mento da explosão está a aproximar-se rapidamente, [mas] ninguém pode dizer se ou quando irá estalar uma guerra na Coreia”, acrescenta o exército em comunicado - sublinhando que qualquer ameaça relacionada com o programa nuclear norte-coreano terá como resposta “um ataque nuclear diversificado, com recurso a tecnologia de ponta”.
A aprovação de ataques nucleares por Kim Jong-un, não só ao território norte-americano como a bases militares dos EUA no Pacífico e na Coreia do Sul, surgiu em resposta aos exercícios que Chuck Hagel, secretário de Defesa dos EUA, disse serem uma “medida preventiva” perante semanas de “retórica bélica” da Coreia do Norte. Antes de os B-2 sobrevoarem a Coreia do Sul, o Conselho de Segurança da ONU já tinha aprovado mais sanções ao regime norte-coreano na sequência de um ensaio nuclear feito em Fevereiro.
Horas depois de o comunicado ser divulgado, as notícias sobre a península multiplicavam-se, entre elas uma a dar conta de movimento detectado num reactor nuclear da Coreia do Norte por um satélite. As imagens captadas foram difundidas pelo Instituto EUA-Coreia da Universidade de Johns Hopkins na sua página web, parecendo confirmar o reinício da actividade nuclear no reactor desactivado desde 2007.
Também ontem, e pelo segundo dia consecutivo, a Coreia do Norte impediu trabalhadores sul-coreanos de irem trabalhar para o complexo industrial intercoreano de Kaesong, situado no seu território, e ameaçou retirar os seus 53 mil trabalhadores e encerrar um projecto simbólico da aproximação entre os dois países. Segundo a AFP, 40 veículos com trabalhadores que esperavam autorização para atravessar a fronteira e irem para as suas empresas voltaram para trás depois de serem informados, por altifalante, de que a passagem estava encerrada.
O ministério sul-coreano da Reunificação avançou que seriam 526 os sul-coreanos que ontem queriam chegar a Kaesong para trabalhar. “Se as marionetas sul--coreanas e os media conservadores continuarem a denegrir--nos, ordenaremos a todos os nossos operários que se retirem de Kaesong”, declarou o Comité do Norte para a reunificação pacífica da Coreia.

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