segunda-feira, 8 de abril de 2013

Como dar a volta ao chumbo do TC. Economistas querem renegociação com a troika | iOnline

Como dar a volta ao chumbo do TC. Economistas querem renegociação com a troika | iOnline

Nogueira Leite defende “forte acção” diplomática em Bruxelas. Luís Nazaré diz que a troika terá que “ter juízo”.

Se para uns o chumbo do Tribunal Constitucional a quatro artigos do Orçamento deste ano é um sinal inequívoco para a exigência de mudanças no programa da troika, para outros, os cortes nas prestações sociais, educação e saúde ainda deixam ao governo alguma margem de manobra para minorar o impacto dos 1,1 mil milhões de euros que vai custar a restituição dos subsídios de férias aos funcionários púbicos e aos pensionistas e os cortes de cinco e 6% no subsídio de desemprego e de doença. Entre os economistas contactados pelo i, Octávio Teixeira (PCP), Mariana Mortágua (Bloco de Esquerda) e João Galamba (PS) consideram esgotada a margem de manobra do executivo para se manter à frente do país e pedem a sua substituição urgente. Para Octávio Teixeira, não há outra solução que não passe pela saída do euro.
Mas até à direita está nitidamente a aumentar o descrédito neste programa de ajustamento e a crescer a convicção de que o país não vai conseguir evitar um segundo resgate. Às verbas que terão de ser encontradas para cumprir o que o Tribunal Constitucional agora decretou, o Estado tem ainda de somar o pagamento em Setembro de mais seis mil milhões de euros de um empréstimo obrigacionista.
Numa altura em que os 5,6 mil milhões de euros de redução da despesa - aqueles que finalmente vão abrir caminho à redução estrutural dos gastos públicos - devem estar planeados para serem apresentados na próxima avaliação da troika. E todos sabem que um segundo resgate significa ainda mais austeridade. Estão neste grupo João Duque, António Nogueira Leite e Fernando Medina, entre outros.
Ganha também peso a corrente dos que pedem mais robustez ao governo na defesa da manutenção do actual nível de austeridade ou um aliviar do cinto para milhares de portugueses. Que pode ser feito através do aumento do prazo de maturidade do empréstimo aos nossos credores.
O argumento, dizem, passará por mostrar à troika que Portugal até tem cumprido tudo o que se lhe pediu mas que se não resultar, falha totalmente a receita imposta aos estados-membros do Sul da Europa.

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