quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Teodora Cardoso: “Este ano foi o IVA, em 2013 o risco está no IRS” - Dinheiro Vivo

Teodora Cardoso: “Este ano foi o IVA, em 2013 o risco está no IRS” - Dinheiro Vivo


Teodora Cardoso deixou o lugar de administradora do Banco de Portugal para assumir em regime de exclusividade a presidência do Conselho das Finanças Públicas, instituição que existia desde 2011, mas apenas foi ativada em 2011. Nesta entrevista ao Dinheiro Vivo, concedida à margem da apresentação da conferência e oficina “Para uma reforma abrangente da organização e gestão do sector público”, que decorrerá no final de janeiro de 2013, a economista alerta que o Orçamento do Estado do próximo ano é de muito alto risco que não se podem excluir novos aumentos de impostos ou cortes na despesa para responder aos deslizes.
Os riscos para o Orçamento de 2013 são ameaçadores?
O próprio Orçamento do Estado enumera riscos, enumera um conjunto bastante alargado deles. Eu diria que os riscos são muito importantes, mas alguns não dependem de todo de nós porque têm a ver com o enquadramento internacional. Mas esse é um risco poderoso.
Está a pensar em Espanha?
Sim. Desses riscos externos é, provavelmente, o mais significativo para nós. Se as coisas piorarem é óbvio que terá um impacto grande sobre nós. E a Itália também teria até porque tem impacto em Espanha.
E riscos internos?
Há um conjunto de riscos internos cujo impacto nas contas é direto. Este ano vimos que o problema foi no IVA, no próximo ano penso que essa questão estará no IRS. Quando há uma mudança muito forte na estrutura dos impostos e nas taxas numa situação económica difícil, é muito difícil prever o nível de receitas que efetivamente vão acontecer em função dessa mudança.

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