terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Gaspar elege prestações sociais como o "problema político mais importante" - PUBLICO.PT

Ministro das Finanças afirma que o problema da "adequação das prestações sociais" é o "problema político mais importante".

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, afirmou nesta terça-feira que o problema da “adequação das prestações do Estado para aquilo a que a sociedade portuguesa está disposta a pagar” é o “problema político mais urgente”.
"Não é possível financiar as prestações sociais  que a sociedade não está disposta a pagar”, disse o governante, aludindo às declarações deste fim-de-semana de Pedro Passos Coelho, que alegou que existem pensionistas a receber mais do que aquilo que haviam contribuido. Vítor Gaspar falava na Assembleia da República, na comissão parlamentar para o acompanhamento do programa de assistência financeira.
Em relação à possibilidade de extensão a Portugal da reformulação do resgate grego, o ministro afirmou que Portugal pouparia apenas dez milhões de euros em 2013 e 20 milhões de euros nos anos seguintes, caso houvesse um corte nas garantias dos credores internacionais. Nesse sentido, afirmou Vítor Gaspar nesta terça-feira, “a ligeira melhoria das condições de financiamento do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira é uma questão menor” e que “Portugal não é a Grécia”.
Vítor Gaspar referia-se apenas às comissões do empréstimo para os credores internacionais por entender que esta é a única métrica mensurável. Porém, nos termos da reformulação do resgate grego, para além do corte nas comissões do empréstimo, foram ainda decididas extensões nos prazos para a redução de dívida e prorrogações no pagamento de juros.
O ministro das Finanças afirmou, contudo, que o princípio de igualdade entre os Estados do euro é  "fundamental"  e que as condições que são oferecidas a um Estado-membro devem estar disponíveis aos outros países.
Referindo-se a uma melhoria nas condições de financiamento de Portugal, o mesmo responsável sublinhou ainda os desenvolvimentos nas questões da união bancária europeia e no Mecanismo Europeu de Estabilidade, o programa de compra ilimitada de dívida anunciado pelo presidente do Banco Central Europeu, em Setembro.
Vítor Gaspar não se referiu à possibilidade de Portugal poder beneficiar das condições do novo programa de assistência financeira anunciado pelo BCE, algo que ainda nãp é claro e que levou o primeiro-ministro e os representantes da troika a apelarem a uma clarificação das condições de acesso ao mecanismo.

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