terça-feira, 18 de dezembro de 2012

As 10 ideias de Angela Merkel para o futuro da Europa - Dinheiro Vivo

As 10 ideias de Angela Merkel para o futuro da Europa - Dinheiro Vivo

A Europa vai ter de “trabalhar de forma muito dura” para manter o Estado Social e para permanecer competitiva a nível global, avisou a chanceler alemã Angela Merkel.Em entrevista ao Financial Times, a líder germânica considera que a Europa tem que gastar mais dinheiro em educação, pesquisa e investigação, e menos em gastos sociais, para continuar a ser um actor principal na economia global, tendo lançado várias propostas sobre o futuro da União Europeia e quais os desafios que o bloco político e económico enfrenta.
As 10 ideias principais de Angela Merkel para o futuro da Europa
Globalização – Para a Europa sobreviver ao desafio da globalização deverá gastar mais em pesquisa e investigação, e em educação. A chanceler também destaca que é preciso reformar os sistema fiscais da região assim o mercado de trabalho para restaurar a competitividade.
Despesa – Angela Merkel avisou que a Europa precisa de começar a gastar menos dinheiro. “Se a Europa hoje conta com apenas 7% da população mundial, produz 25% do PIB global e tem de financiar 50% da despesa social global, então é óbvio que tem de trabalhar muito para manter a sua prosperidade e nível de vida”, afirmou. “Todos nós temos que parar de gastar mais do que ganhamos todos os anos”.
Gastos sociais – A Alemanha enfrenta um grande desafio demográfico, afirmou Merkel, devido ao envelhecimento da sua população. E se um país devote todo o seu orçamento a despesas sociais e nada para investigação, está a criar más condições para as suas empresas, na tentativa destas tornarem-se competitivas globalmente.
Tecto para limitar os gastos
– Durante a entrevista a chanceler lançou algumas pistas sobre uma ideia inovadora: Criar um tecto máximo para as despesas sociais, de forma a poder comparar a competitividade entre os diferentes países.
Orçamento europeu
– Paris e Berlim divergiram recentemente em Bruxelas sobre o orçamento plurianual europeu para o período entre 2014-2020. Hollande pretende um orçamento mais generoso para promover o crescimento económico nos países mais atingidos pela crise.
Por seu turno, Merkel pretende que os fundos de coesão sejam mais modestos, “limitados no tempo e aos projectos”, não totalizando mais de 10 mil milhões – 15 mil milhões de euros.
Eixo franco-alemão – Angela Merkel rejeitou qualquer desentendimento com o seu homólogo gaulês, François Hollande. “Apesar de representarmos países diferentes e termos uma cor política diferente, encontramos sempre soluções em conjunto”, disse.
BRICS – A chanceler considera que os europeus não podem descansar sobre os seus louros, e devem continua a trabalhar para melhorar o bloco político e económico num momento em que várias economias competitivas surgem a nível global.
“Considero preocupante que muitas pessoas na Europa assumem simplesmente, como nos Estados Unidos, que a Europa providencia a única referência para o mundo, que a Europa é tradicionalmente forte e que o mundo olha para nós”, explicou.
“ Outros modelos emergiram com o tempo: China, India, Japão, Brasil, a que se vão juntar outros países que estão a trabalhar muito e a serem inovadores”, acrescentou.
Grande coligação – A chancele rejeitar diferenças entre a Alemanha e a França, e considera que a sua relação com Hollande é como a “grande coligação” entre o seu partido União Democrática Cristã, de centro direita, e o partido Social Democrata, de centro esquerda, que governou o país entre 2005-2009.
Experiência de vida – Angela Merkel afirmou que a sua experiência como cidadão que viveu num estado comunista, a República Democrática Alemã (RDA), tinha moldado o seu pensamento político.
“Testemunhamos na RDA e em todo o sistema socialista que uma economia que já não era competitiva estava a negar a prosperidade às pessoas e a levar a uma maior instabilidade”, disse.

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