sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

ARS Norte recorre a escola privada para formar dirigentes | iOnline

ARS Norte recorre a escola privada para formar dirigentes | iOnline

Nove dos novos directores executivos dos Agrupamentos de Centros de Saúde da ARS do Norte terão recebido nos últimos 15 dias formação para dirigentes na Escola de Direcção e Negócios (AESE). A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Médicos do Norte, que questiona o recurso a entidades privadas para, em tempo de contenção, “municiar de currículo pessoas seleccionadas para cargos para os quais não estão preparadas.”
As nomeações na ARS Norte foram criticadas, porque a maioria dos nomes não cumpre critérios na lei, como a competência em coordenação e gestão na área da saúde e formação, sendo que oito em 12 dirigentes têm ligações ao PSD e CDS. A polémica ressurge agora. Fonte oficial da ARS Norte confirmou ao i que, no plano de formação na ARS, está incluída a comparticipação na inscrição no Programa de Alta Direcção de Instituições de Saúde (PADIS) da AESE, não esclarecendo quantos dirigentes estão envolvidos e qual a comparticipação. O curso custa 7300 euros mais IVA, o que, segundo o sindicato, pode significar uma despesa até 65 mil euros. A 12 de Setembro, Vítor Gaspar proibia estas sem autorização. Tutela e ARS não responderam se a disposição foi seguida.
O sindicato denunciou que um dos formadores foi o secretário de Estado Leal da Costa e acusa-o de conflito de interesses. Fonte oficial diz que Leal da Costa foi convidado no âmbito das suas funções e sem pagamento.
A formação de dirigentes dos ACES no privado, sem ser a título pessoal, é uma novidade, disseram ao i fontes do sector. Nos últimos anos, por iniciativa da Missão para os Cuidados de Saúde Primários, teve lugar um plano de formação nacional em parceria com o Instituto Nacional de Administração.

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