quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

El País: 'Governo põe Portugal à venda' - Internacional - Sol

El País: 'Governo põe Portugal à venda' - Internacional - Sol

O El País publicou esta semana uma reportagem sobre o último ano em Portugal. «Um ano de ajustes e privatizações» que termina com uma «avalanche de privatizações de empresas emblemáticas: desde a companhia aérea TAP à televisão pública RTP, passando pela ANA – aeroportos». Para o correspondente do diário espanhol em Lisboa, o Governo está a pôr «Portugal à venda».
Tudo começou em Abril de 2011, quando o governo de então, dirigido por José Sócrates, pediu um resgate de 78 mil milhões de euros para evitar a bancarrota, escreve o jornalista Antonio Jiménez Barca. Desde aí, Portugal comprometeu-se com a 'troika' – BCE, UE e FMI – a privatizar as «jóias empresariais estatais» e é agora, nestes últimos dias do ano, que tudo se acelera.
Esta quinta-feira, lembra o diário espanhol, o governo decidirá em Conselho de Ministros o futuro da TAP. Isto é, se vende ou não a companhia aérea ao milionário colombiano-brasileiro Germán Efromovich («que tem contactos com o poderoso ministro dos Assuntos Parlamentares, o polémico Miguel Relvas») pela quantia proposta de 350 milhões de euros: para alguns, «uma esmola».
«Endividada, envelhecida e incapaz de se recapitalizar à base de injecções estatais devido às regras da União Europeia, a TAP encontra-se num aparente beco sem saída», continua o jornalista, lembrando que Efromovich é o único candidato com uma proposta em cima da mesa, depois de várias companhias internacionais terem recuado no interesse que haviam manifestado inicialmente.
O artigo prossegue com uma análise das restantes privatizações ou concessões mais polémicas que deverão ser decididas até ao fim do ano: os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, que o Estado deverá vender por menos de 10 milhões de euros; a ANA – aeroportos de Portugal, cujo futuro será decidido no Conselho de Ministros do próximo dia 27 e cujo negócio o El Pais vê como «bom»; e, claro, a RTP, a «operação mais delicada».
Enquanto isto, os portugueses, «sobrecarregados por cortes nos serviços públicos e subidas de impostos equivalentes a um mês de salário, assistem, estupefactos e deprimidos, a esta cerimónia de desalojamento que começou há um ano, quando a EDP passou paras as mãos da gigante chinesa da Three Gorges».
O artigo termina com uma breve cronologia intitulada 'Um ano de ajustes e privatizações', que percorre os principais acontecimentos e medidas de austeridade anunciadas desde o dia 30 de Novembro de 2011, até aos dias de hoje, um ano depois.

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