sexta-feira, 28 de junho de 2013

Défice de 10,6% no primeiro trimestre - ECONOMICO.PT

O défice público português aumentou no primeiro trimestre até 10,6% do PIB, revelou hoje o INE.
Esse valor compara com os 7,9% registados nos três primeiros meses do ano passado e surge a poucas semanas de se iniciar a oitava avaliação regular da ‘troika', durante a qual o Governo vai pedir uma nova flexibilização das metas do défice.
Vítor Gaspar já tinha admitido esta semana, no Parlamento, que o défice do primeiro trimestre pudesse ficar acima dos 10% do PIB, mas disse-se na mesma ocasião tranquilo perante a última síntese de execução orçamental que, para a óptica do programa de ajustamento, mostrou uma melhoria no saldo das contas públicas até Maio.
Segundo argumentou o ministro das Finanças, o défice em contabilidade nacional nos três primeiros meses do ano rondaria os 8,7% do PIB não fosse o INE reclassificar 700 milhões de euros que o Estado injectou no Banif, operação sem reflexos no défice relevante para o programa de ajustamento.
O relatório hoje divulgado pelo INE dá ainda conta de que as necessidades de financiamento das Administrações Públicas aumentaram para 7,1% do PIB nos doze meses terminados em Março, "comportamento que reflectiu sobretudo os aumentos das prestações sociais", ou seja, à pressão do desemprego recorde.
De acordo com o mesmo documento, a capacidade de financiamento da economia nacional aumentou, devido em grande parte ao excedente comercial, e a taxa de poupança das famílias subiu para 12,9% nos primeiros três meses do ano, dois pontos que foram destacados na primeira reacção oficial do Governo, feita no Ministério das Finanças por Luís Morais Sarmento à hora exacta em que o relatório foi tornado público.
Portugal comprometeu-se com a ‘troika' a emagrecer o défice até 5,5% do PIB este ano.

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