quarta-feira, 26 de junho de 2013

Bruxelas: cortes no Estado têm de ser mais que 4,8 mil milhões - Dinheiro Vivo

Bruxelas: cortes no Estado têm de ser mais que 4,8 mil milhões - Dinheiro Vivo

O programa de cortes nas funções do Estado terá de ser maior que os 4,8 mil milhões de euros anunciados pelo primeiro-ministro no início de maio, diz a Comissão Europeia, no relatório da sétima avaliação ao programa de ajustamento português, hoje divulgado.
Pedro Passos Coelho anunciou uma proposta de revisão para a despesa pública que assenta em cortes muito profundos na despesa com salários e pensões, acompanhados de uma vaga de rescisões e despedimentos na função pública, e numa redução acentuada nas despesas com Educação e Segurança Social.
Mas para Bruxelas aquele pacote de cortes de 4,8 mil milhões até ao final de 2015 não chega.
"com a revisão das metas para o défice, parte do esforço orçamental necessário para atingir uma posição orçamental equilibrada foi adiado para 2015".
"Assim, a consolidação com base na despesa terá de continuar no período após o programa. Para 2015, o pacote adoptado pelo Governo a 2 de maio, avaliado em medidas adicionais de 0,3% do PIB para esse ano [cerca de 473 milhões de euros], antevê novas reduções na folha salarial do sector público e cortes de despesa transversais aos ministérios e programas", lê-se no relatório.

Dito de outra forma, o programa da troika acabará oficialmente no final de junho de 2014, mas Bruxelas já está a indicar que terá de haver cortes depois disso e por tempo indefinido.

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