quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Portugal recebe mais 2,5 mil milhões da troika - Dinheiro Vivo

Portugal recebe mais 2,5 mil milhões da troika - Dinheiro Vivo

Portugal deverá receber esta quinta-feira à noite mais um desembolso do empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia (UE), no valor de 2,5 mil milhões de euros no âmbito da sexta avaliação ao programa de ajustamento. Será a tranche mais reduzida que o país recebeu desde que iniciou o plano de ajustamento em maio.
O sim preliminar já tinha sido dado em novembro pelas instituições, mas só esta quinta-feira é que o FMI formalizou ao mais alto nível a sua aprovação na reunião do conselho executivo, libertando o dinheiro. A parte do FMI será libertada "imediatamente", referiu a instituição de Washington. A Comissão Europeia no seu relatório sobre o sexto exame confirma que o "período aproximado" para o desembolso é janeiro de 2013.

De acordo com o Fundo, "o conselho executivo irá concluir hoje a consulta do Artigo IV de 2012 e a sexta revisão", o que permitirá libertar finalmente os 2,5 mil milhões de euros referidos por Vítor Gaspar em novembro. O OK do FMI "deverá ocorrer ao final da tarde (hora de Washington)", ou seja, já noite em Portugal.
Dos 2,5 mil milhões, 900 milhões virão do FMI e 1,6 mil milhões da UE. Com este desembolso, Portugal já recebeu 63,9 mil milhões de euros (80,4%) do pacote global da troika que, oficialmente (diz Bruxelas), engordou de 78 para 79,5 mil milhões de euros por causa de flutuações cambiais (parte do FMI) e da alteração de condições no fundo da zona euro (FEEF).
Com aquela ação, o FMI permite a publicação, nesta sexta-feira, dos memorandos de entendimento atualizados relativos à sexta avaliação, o seu próprio relatório sobre o exame a Portugal (a Comissão Europeia já divulgou o seu em dezembro) e o importante estudo Artigo IV referente a 2012 que reiterará a sua visão e do Governo sobre as reformas necessárias nos próximos anos.
Os memorandos resultam do trabalho trimestral da missão especial a Portugal, liderada por Abebe Selassie, para controlar a aplicação das medidas associadas ao empréstimo. Já o Artigo IV é um diagnóstico anual mais profundo que emerge das "visitas dos economistas do FMI ao país membro para recolher informação e ter discussões com quadros do Governo e do banco central, e muitas vezes com investidores privados e representantes dos trabalhadores, membros do Parlamento e organizações da sociedade civil".
O estudo Artigo IV estará focado nos "ajustamentos de políticas económicas ou financeiras" que o FMI considere estarem em falta ou ser necessário melhorar em Portugal. Alguns dos vectores em análise serão a questão dos cortes significativos na despesa pública que o Governo pretende aplicar, o regresso aos mercados de dívida e o crédito (ou a falta dele) à economia e às empresas mais pequenas.

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