Digamos que está à procura de emprego e recebeu uma boa oferta. Quais são as probabilidades de realmente ser pago?Normalmente, as hipóteses são boas – a maioria das empresas têm o dinheiro necessário para pagar aos empregados. Mas se a proposta vier de uma start-up, é natural que tenha mais cuidado. E esta não é a única situação em que é aconselhável ter cuidado. Talvez o seu potencial empregador tenha crescido muito rapidamente. Ou talvez tenha passado por um período difícil e só agora começa a levantar-se. Em ambos os casos, pode ver-se sem dinheiro para pagar salários.
Como saber se a empresa que quer contratá-lo pode pagar-lhe? Há um rácio financeiro simples que é um excelente indicador. Eis como calculá-lo.
Em primeiro lugar, arranje uma cópia do balanço da empresa. Se for uma cotada, basta ir ao site e clicar nos dados financeiros mais recentes. Se não for esse o caso, peça o balanço oferecendo-se para assinar um acordo de não divulgação mas explicando que realmente precisa de o ver. Muitas empresas recusarão e tirarão a oferta da mesa, mas isso, só por si, pode ser suficiente para você não querer trabalhar ali – afinal, o que têm a esconder?
Quando conseguir o balanço, calcule aquilo a que os contabilistas chamam rácio corrente. Procure os ativos e divida-os pelo passivo. Os ativos representam o dinheiro que a empresa tem, mais aquilo que os clientes devem, o inventário e qualquer outro elemento capaz de ser convertido em dinheiro nos 12 meses seguintes. O passivo indica as obrigações que a companhia tem, o que terá de pagar no mesmo período.
O ideal é que o rácio corrente esteja acima de 1. Se estiver abaixo de 1,2 é tempo de se retirar – tem um grande sinal de perigo à frente. Quer dizer que há grandes probabilidades de a empresa estar com falta de liquidez, especialmente se o rácio tem vindo a cair – o seu futuro empregador pode não conseguir, em breve, pagar os salários. O melhor, nesse caso, é pedir à empresa que lhe explique o que está a acontecer antes de aceitar o emprego.
Acreditamos que este tipo de conversa deve fazer parte de qualquer discussão de contratação. Mas é claro que pode ser uma batalha difícil. Um e nós, o Joe, é sócio de uma pequena fábrica chamada Setpoint. Se ele está por ali quando a empresa está a entrevistar um candidato, ele oferece-se sempre para mostrar os dados financeiros da Setpoint. Até hoje, nenhum quis vê-los. Suspeitamos que seja porque ninguém saberia, realmente, o que procurar.
Mas agora você sabe: o rácio corrente. Um pouco de informação financeira vai de certeza ajudá-lo a construir um melhor futuro. Além disso, quem sabe? Pode até impressionar suficientemente a pessoa que está a entrevistá-lo para se tornar no candidato preferido.
Karen Berman and Joe Knight//Havard Business Review
Karen Berman é fundadora e co-proprietária do Business Literacy Institute com Joe Knight. Joe é ainda CFO da Setpoint, que constrói robôs, motores e sistemas automáticos para parques de diversões
Como saber se a empresa que quer contratá-lo pode pagar-lhe? Há um rácio financeiro simples que é um excelente indicador. Eis como calculá-lo.
Em primeiro lugar, arranje uma cópia do balanço da empresa. Se for uma cotada, basta ir ao site e clicar nos dados financeiros mais recentes. Se não for esse o caso, peça o balanço oferecendo-se para assinar um acordo de não divulgação mas explicando que realmente precisa de o ver. Muitas empresas recusarão e tirarão a oferta da mesa, mas isso, só por si, pode ser suficiente para você não querer trabalhar ali – afinal, o que têm a esconder?
Quando conseguir o balanço, calcule aquilo a que os contabilistas chamam rácio corrente. Procure os ativos e divida-os pelo passivo. Os ativos representam o dinheiro que a empresa tem, mais aquilo que os clientes devem, o inventário e qualquer outro elemento capaz de ser convertido em dinheiro nos 12 meses seguintes. O passivo indica as obrigações que a companhia tem, o que terá de pagar no mesmo período.
O ideal é que o rácio corrente esteja acima de 1. Se estiver abaixo de 1,2 é tempo de se retirar – tem um grande sinal de perigo à frente. Quer dizer que há grandes probabilidades de a empresa estar com falta de liquidez, especialmente se o rácio tem vindo a cair – o seu futuro empregador pode não conseguir, em breve, pagar os salários. O melhor, nesse caso, é pedir à empresa que lhe explique o que está a acontecer antes de aceitar o emprego.
Acreditamos que este tipo de conversa deve fazer parte de qualquer discussão de contratação. Mas é claro que pode ser uma batalha difícil. Um e nós, o Joe, é sócio de uma pequena fábrica chamada Setpoint. Se ele está por ali quando a empresa está a entrevistar um candidato, ele oferece-se sempre para mostrar os dados financeiros da Setpoint. Até hoje, nenhum quis vê-los. Suspeitamos que seja porque ninguém saberia, realmente, o que procurar.
Mas agora você sabe: o rácio corrente. Um pouco de informação financeira vai de certeza ajudá-lo a construir um melhor futuro. Além disso, quem sabe? Pode até impressionar suficientemente a pessoa que está a entrevistá-lo para se tornar no candidato preferido.
Karen Berman and Joe Knight//Havard Business Review
Karen Berman é fundadora e co-proprietária do Business Literacy Institute com Joe Knight. Joe é ainda CFO da Setpoint, que constrói robôs, motores e sistemas automáticos para parques de diversões
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